Ocorrência de leucoencefalomalácia (LEME) em equídeos no estado de São Paulo, Brasil: achados anatomopatológicos

Autores

  • Cláudia Del Fava Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP
  • Maria do Carmo Custódio Souza Hunold Lara Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP
  • Eliana Monteforte Cassaro Villalobos Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP
  • Alessandra Figueiredo de Castro Nassar Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP
  • Aline Diniz Cabral Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP
  • Camila Souza Torelli Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP
  • Mariana Sequetin Cunha Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP
  • Elenice Maria Sequetin Cunha Instituto Biológico, Centro de Pesquisa e Desenvolvimento de Sanidade Animal, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2010.26812

Palavras-chave:

Leucoencefalomalácia, Equídeos, Diagnóstico diferencial, Macroscopia, Histopatologia

Resumo

O trabalho relata a ocorrência de leucoencefalomalácia em equídeos (LEME) com sintomatologia nervosa e com diagnóstico negativo para raiva, herpesvírus equino e encefalomielite equina durante o período de dois anos, no Estado de São Paulo, Brasil. Foram examinadas 67 amostras de sistema nervoso central e em 10,4% (cinco equinos, um pônei e um asinino) observaram-se lesões macroscópicas de LEME, confirmadas pela análise histopatológica. Os animais acometidos eram cinco machos e duas fêmeas, com idades que variavam de 11 meses a nove anos. Os sete casos ocorreram tanto no inverno como em outras estações do ano. As principais manifestações clínicas relatadas foram incoordenação, ataxia, paralisia dos membros posteriores, profunda depressão, levando ao óbito. Macroscopicamente, observaram-se congestão dos vasos meníngeos, áreas de malácia da substância branca, caracterizadas por coloração amarelada e/ou hemorrágica, com cavitação e amolecimento circundados por hiperemia. As lesões microscópicas observadas em todos os casos eram de necrose de liquefação da substância branca do cérebro, caracterizada por substância eosinofílica amorfa e homogênea, presença de edema axonal e perivascular, hemorragia e vacuolização do neurópilo adjacente e esferoides axonais. Em algumas áreas de malácia havia também células Gitter. Em apenas um animal observou-se manguito perivascular mononuclear. O presente trabalho confirma que o diagnóstico diferencial é importante na distinção da LEME com outras neuropatias encefálicas que acometem equídeos. A ocorrência da LEME relatada neste estudo demonstra que esta enfermidade é importante para a equideocultura do Estado de São Paulo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2010-12-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Fava CD, Lara M do CCSH, Villalobos EMC, Nassar AF de C, Cabral AD, Torelli CS, et al. Ocorrência de leucoencefalomalácia (LEME) em equídeos no estado de São Paulo, Brasil: achados anatomopatológicos. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de dezembro de 2010 [citado 17º de julho de 2024];47(6):488-94. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/26812