Estudo imunológico e genético de 10 isolados do vírus da raiva de morcegos do Rio de Janeiro, Sudeste do Brasil

Autores

  • Carla da Silva Mota Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, São Paulo, SP
  • Fumio Honma Ito Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, São Paulo, SP
  • Marlon Vicente Silva Instituto Municipal de Medicina Veterinária Jorge Vaitsman, Laboratório de Diagnóstico da Raiva, Rio de Janeiro, RJ
  • Go Sato College of Bioresource Sciences, Department of Preventive Veterinary Medicine and Animal Health, Veterinary Research Center, Tóquio
  • Yuki Kobayashi College of Bioresource Sciences, Department of Preventive Veterinary Medicine and Animal Health, Veterinary Research Center, Tóquio
  • Takuya Itou College of Bioresource Sciences, Department of Preventive Veterinary Medicine and Animal Health, Veterinary Research Center, Tóquio
  • Takeo Sakai College of Bioresource Sciences, Department of Preventive Veterinary Medicine and Animal Health, Veterinary Research Center, Tóquio

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.2010.26851

Palavras-chave:

Vírus da raiva, Vacina antirrábica, Potência de vacinas, Morcegos, Filogenia

Resumo

O presente trabalho visou estudar dez isolados de vírus da raiva de morcegos hematófagos e não-hematófagos do Estado do Rio de Janeiro em suas características genéticas quanto aos genes N e G. Além disso, estudou-se a resposta de camundongos vacinados com a vacina antirrábica produzida pela replicação da amostra Pitman-Moore em cultivo celular, frente ao desafio com estes isolados virais, utilizando-se um ensaio imunológico baseado no teste de potência NIH. A vacina antirrábica utilizada na imunização dos camundongos ofereceu proteção em mais de 80% dos camundongos vacinados com a diluição 1:5 da vacina, frente à maioria dos isolados. A análise filogenética do gene da proteína N apresentou um padrão de agregação dividido em variante de morcego hematófago e variante de morcego insetívoro, com todos os isolados de morcegos frugívoros Artibeus sp. tendo sido segregados com a variante característica de morcegos Desmodus rotundus. Foram observadas diferenças filogenéticas entre as variantes do vírus da raiva de morcego hematófago isoladas na Região Noroeste do Estado do Rio de Janeiro e aquelas isoladas nas Regiões Metropolitana e Sul do Estado. A substituição do resíduo ácido aspártico por ácido glutâmico na posição 118, encontradas na caracterização genética da proteína G dos isolados 704/97BR-DR e 151/98BR-DR, permite inferir que esta posição esteja relacionada à antigenicidade viral. Não foram observadas diferenças genéticas temporais entre os isolados estudados. A vacina antirrábica utilizada ofereceu proteção satisfatória contra a maioria dos isolados estudados.

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Publicado

2010-02-01

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Mota C da S, Ito FH, Silva MV, Sato G, Kobayashi Y, Itou T, et al. Estudo imunológico e genético de 10 isolados do vírus da raiva de morcegos do Rio de Janeiro, Sudeste do Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de fevereiro de 2010 [citado 26º de junho de 2024];47(1):74-85. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/26851