Implante de peritônio homólogo conservado após ceratectomia lamelar em cães

Autores

  • Jair de Almeida Garcia Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP
  • Paulo Sérgio de Moraes Barros Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP
  • José Luiz Laus Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho, Faculdade de Ciências Agrárias e Veterinárias, Jaboticabal, SP
  • Afonso Luiz Ferreira Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Ribeirão Preto, SP
  • Angelica Mendonça Vaz Safatle Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v33isupl.p290-294

Palavras-chave:

Córnea, Enxerto, Cães, Peritônio, Transplante de córnea.

Resumo

Estudou-se a viabilidade do uso do peritônio homólogo, conservado em glicerina, na reparação de lesões superficiais da córnea, após ceratectomia lamelar. Para tanto foram utilizados 7 cães, machos e fêmeas, pesando 10 kg em média. Realizou-se ceratectomia lamelar de 0,4 x 0,5 mm de lado e 1/3 da espessura da córnea, bilateralmente, e no
mesmo período anestésico, seguida de implante de peritônio homólogo e utilizando-se sutura interrompida aplicada em toda a extensão do enxerto. Os animais foram sacrificados e seus globos oculares enucleados, em intervalos de 24 horas, 7, 15, 30 e 60 dias de pós-operatório. Para observação dos resultados, procedeu-se às avaliações clínica e histológica. Blefarospasmo, quemose e opacidade de córnea foram sinais comuns aos períodos precoces de pósoperatório,
os quais foram desaparecendo até o 32a dia, quando o enxerto se encontrava em plena fase de desopacificação e o globo ocular isento de sinais de inflamação. Epitelização total do enxerto se fez presente aos
sete dias, seguida por reabsorção do mesmo, com ausência de infiltrado inflamatório aos 17 dias. Houve deposição de pigmento no estroma nos períodos tardros de avaliação. Não foi observado infiltrado inflamatório nem reação clínica que pudesse ser patognomônica de eliminação do enxerto. Diante das observações factuais de cada um dos tempos, admite-se o emprego do peritônio homólogo na reparação lamelar de lesões superficiais da córnea, constituindo-se, portanto, em mais uma opção de técnica de ceratoplastia no cão.

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Publicado

1996-12-03

Edição

Seção

PATOLOGIA ANIMAL

Como Citar

1.
Garcia J de A, Barros PS de M, Laus JL, Ferreira AL, Safatle AMV. Implante de peritônio homólogo conservado após ceratectomia lamelar em cães. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 3º de dezembro de 1996 [citado 17º de julho de 2024];33(supl.):290-4. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/50214