Estudo clínico da síndrome de imunodeficiência adquirida em gatos domésticos de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v34i3p152-155Palavras-chave:
Vírus da leucemia felina, Vírus de imunodeficiência felina, Vírus, Doenças transmissíveis, GatosResumo
Com a finalidade de estudar a magnitude da ocorrência do vírus da leucemia felina (VLF) e do vírus da imunodeficiência dos felinos (VIF) entre os felinos domésticos de São Paulo, 401 animais de ambos os sexos, idade e raças variadas, foram submetidos à pesquisa de anticorpos humorais (VIF) e de antígenos virais solúveis (VLF) através do teste imunoenzimático - ELISA (Feline Leukímia Virus Antígen / Feline Immunodeficiency Virus Antibory - CITE® - Agritech Systems Inc.). Desses, 123 eram felinos sadios e os demais 278 animais eram felinos doentes atendidos no Departamento de Clínica Médica/Hospital Veterinário da FMVZ/USP. Foram observados 8 (6,5%) reagentes ao VIF entre os felinos sadios e 39 (14%) entre os gatos doentes. Em relação ao VLF, 2 (1,6%) dos animais sadios e 30 (10,8%) entre os gatos doentes foram reagentes ao teste imunoenzimático e apenas um animal foi reagente a ambos os vírus. A infecção pelo VIF foi mais freqüente entre os machos, quando comparada às fêmeas, na proporção de 4:1, não tendo sido, no entretanto, observada diferença entre machos e fêmeas infectados em relação ao VLF. As infecções oportunistas, como a causada por Haemobartonella felis, foram as doenças associadas mais freqüentemente observadas tanto nos felinos VLF positivos quanto nos VIF positivos. Em relação aos tumores, a forma mediastinal do linfoma foi a mais freqüente entre os felinos VLF positivos. As demais condições mórbidas que se associaram à infecção pelos dois Retrovirus foram de natureza e freqüência variáveis. A idade média dos animais infectados pelo VIF foi de 4,4 + 3,0 anos e dos felinos infectados pelo VLF, de 2,4 + 1,7 anos. Todos os animais reagentes e sintomáticos não sobreviveram mais do que dois anos. Por outro lado, não houve nenhum óbito entre os animais assintomáticos infectados por qualquer um dos Retrovirus durante o mesmo período de observação, demonstrando que operíodo de pré-patência pós-infecção pode ser bastante longo.
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Publicado
1997-06-01
Edição
Seção
PATOLOGIA ANIMAL
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Como Citar
1.
Reche Jr. A, Hagiwara MK, Lucas SRR. Estudo clínico da síndrome de imunodeficiência adquirida em gatos domésticos de São Paulo. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de junho de 1997 [citado 21º de julho de 2024];34(3):152-5. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/50285