Dermatofitoses e leveduroses de cães e gatos. Aspectos diagnósticos

Autores

  • Maria Theresa Bonilha Dubugras Médico veterinário
  • Carlos Eduardo Larsson Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP
  • Ana Luiza Basso Penteado Ledon Médico veterinário
  • Walderez Gambale Universidade de São Paulo, Instituto de Ciências Biomédicas, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.bjvras.1992.51994

Palavras-chave:

Dermatomicose (cães), Dermatomicose (gatos), Microsporum, Tricophyton, Diagnóstico

Resumo

Para o diagnóstico das infecções fúngicas superficiais recorre-se aos aspectos clínicos, exame direto, e de cultivo micológico. Este último exige período mínimo de quatro semanas para a obtenção dos resultados. O exame com o uso de luz fluorescente (lâmpada de Wood) não é habitualmente utilizado como teste de triagem em medicina veterinária, no Brasil. Objetiva-se avaliar a praticabilidade, sensibilidade e especificidade do uso da luz de Wood, com fins diagnósticos, comparando-se os resultados obtidos, com cultivo micológico em ágares Sabouraud e Mycosel (DIFCO), de pelame colhido de animais suspeitos de estarem infectados por dermatófitos ou leveduras. No período de fevereiro de 1989 a abril de 1990 atenderam-se no Serviço de Dermatologia do VCM/HOVET, 282 animais (162 cães - 57,4% e 120 gatos - 42,6%), com e sem precisa definição racial, de ambos os sexos e de diferentes faixas etárias, que apresentavam lesões sugestivas de infecção fúngica. Após o exame dermatológico direto, procedeu-se a exposição das lesões à luz de Wood (250 nm), assinalando-se fluorescência em 70 (24,5%) casos. Após a semeadura e o cultivo do material colhido das lesões, quer das fluorescentes como daquelas que não fluoresceram, verificou-se crescimento em 109 casos, sendo que, em 103 houve crescimento de dermatófitos ou leveduras patogênicos. Somente nos casos de infecção pelo Microsporum canis houve evidente fluorescência. Houve coincidência entre os resultados obtidos pela inspeção indireta (luz de Wood) e aqueles obtidos no cultivo micológico em 64,5% dos casos. A eficiência relativa da luz de Wood comparada ao exame micológico foi, respectivamente, para cães e gatos: sensibilidade -39,1% e 73,8%; especificidade - 89,2% e 80,7%; concordância - 82% e 78%; valor preditivo positivo - 37,5% e 67,3% e valor preditivo negativo - 89,8% e 85,1%. Discutem-se, ainda, os aspectos epidemiológicos das dermatofitoses e leveduroses e as espécies fúngicas isoladas no material cultivado.

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Publicado

1992-12-02

Edição

Seção

PATOLOGIA ANIMAL

Como Citar

1.
Dubugras MTB, Larsson CE, Ledon ALBP, Gambale W. Dermatofitoses e leveduroses de cães e gatos. Aspectos diagnósticos. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 2º de dezembro de 1992 [citado 20º de maio de 2024];29(2):273-87. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/51994