Evidências neuroquímicas e comportamentais do efeito ansiogênico da deltametrina em ratos

Autores

  • Esther Lopes Ricci Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
  • Vladimir Ferreira Jr Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP
  • Soraya Ferreira Habr Universidade Paulista, Instituto de Ciências da Saúde, Medicina Veterinária, São Paulo, SP
  • Daclé Juliani Macrini Universidade Paulista, Instituto de Ciências da Saúde, Medicina Veterinária, São Paulo, SP
  • Maria Martha Bernardi Universidade Paulista, Instituto de Ciências da Saúde, Medicina Veterinária, São Paulo, SP
  • Helenice de Souza Spinosa Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Patologia, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2318-3659.v50i1p33-42

Palavras-chave:

Deltametrina, Piretróide, Ansiedade, Comportamento, Neurotransmissores centrais

Resumo

Inseticidas piretróides são amplamente utilizados para controle de pragas, como na prevenção de pulgas em animais de estimação e sprays de plantas para a casa e na agricultura. Deltametrina (DTM) é um inseticida piretróide tipo II usado para controlar uma variedade de insetos na agricultura e ambientes domésticos. O presente estudo investigou os possíveis efeitos ansiogênicos de DTM (1, 3 e 10 mg/kg) em ratos, utilizando métodos comportamentais e neuroquímicos. Foi avaliada a atividade locomotora geral e comportamento no labirinto em cruz elevado e teste de campo aberto. Os níveis de neurotransmissores e metabólitos no estriado e hipocampo também foram mensurados. DTM (i) reduziu a locomoção e a frequência de levantar, (ii) aumentou da duração da imobilidade, (iii) reduziu o tempo de interação social, (iv) reduziu a percentagem de entradas e tempo gasto nos braços abertos do elevado labirinto em cruz, (v) reduziu o número de cruzamentos no centro do labirinto em cruz elevado, (vi) aumentou neurotransmissor serotonina e de seu metabólito estriatal, e (vii) não alterou a coordenação motora no rotarod, duração do grooming no teste de campo aberto, temperatura retal, ou níveis de neurotransmissores do hipocampo. Estes dados sugerem que DTM nas presentes doses e sob estas condições experimentais apresentaram um perfil semelhante ao de drogas ansiogénicas, não relacionados ao aumento da serotonina estriatal.

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Publicado

2013-02-22

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Ricci EL, Ferreira Jr V, Habr SF, Macrini DJ, Bernardi MM, Spinosa H de S. Evidências neuroquímicas e comportamentais do efeito ansiogênico da deltametrina em ratos. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 22º de fevereiro de 2013 [citado 24º de abril de 2025];50(1):33-42. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/55822