Infecciosidade de rotavírus suíno em fezes

Autores

  • Ana Paula Dores Ramos Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Patologia Geral, Londrina, PR
  • Carla Cristina Stefanelli Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Patologia Geral, Londrina, PR
  • Rosa Elisa Carvalho Linhares Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Patologia Geral, Londrina, PR
  • Benito Guimarães de Brito Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Patologia Geral, Londrina, PR
  • Carlos Mitihiko Nozawa Universidade Estadual de Londrina, Departamento de Patologia Geral, Londrina, PR

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-95961998000200007

Palavras-chave:

Rotavírus, Infecções por Rotavírus, Diarréia, Suínos

Resumo

Os rotavírus constituem-se nos principais patógenos da diarréia em humanos e animais. Afetam os animais jovens em criações intensivas e causam grandes perdas econômicas. Este estudo avaliou a infecciosidade do rotavírus suíno mantido por 32 meses a aproximadamente 10ºC nas amostras originais de fezes. Trinta amostras de fezes de leitões de 1-4 semanas de idade, provenientes de granjas da região sudoeste do Paraná, foram selecionadas para o estudo. As amostras foram colhidas no período de março a outubro de 1991 e selecionadas ao acaso dentre as positivas para rotavírus pela eletroforese em gel de poliacrilamida (EGPA), à época da colheita. Estas foram retestadas por EGPA 32 meses após manutenção à temperatura de aproximadamente 10ºC. Onze das 30 amostras ainda foram positivas, mostrando a integridade das 11 bandas de RNA viral. Com o intuito de demonstrar a manutenção da infecciosidade viral, os homogenatos fecais clarificados, previamente tratados com tripsina, foram inoculados em culturas de células MA-104. Das 11 amostras, 5 demonstraram efeito citopático semelhante ao do rotavírus símio (SA-11), após em média 3 passagens cegas e confirmado pelo teste de imunofluorescência indireta, demonstrado pela fluorescência específica citoplasmática típicamente granular. A microscopia eletrônica das amostras fecais mostrou que a maioria das partículas virais apresentavam-se sem capsídio externo e outras encontravam-se em adiantado estado de degradação. Concluiu-se, portanto, que a infecciosidade do rotavírus suíno é mantida por longo período em amostras fecais em baixa temperatura. Este certamente é um aspecto importante para a manutenção do vírus viável em condição natural assim como para a transmissão da doença.

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Publicado

1998-01-01

Edição

Seção

MEDICINA VETERINÁRIA

Como Citar

1.
Ramos APD, Stefanelli CC, Linhares REC, Brito BG de, Nozawa CM. Infecciosidade de rotavírus suíno em fezes. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de janeiro de 1998 [citado 30º de junho de 2024];35(2):84-7. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/5718