Estudo morfológico do funículo espermático em ovinos da raça Corriedale (Ovis aries, L. 1758)

Autores

  • Roberto Carvalhal Universidade Estadual Paulista, Faculdade de Odontologia, Departamento de Apoio, Produção e Saúde Animal, São Paulo, SP
  • Vicente Borelli Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia, São Paulo, SP
  • Maria Angelica Miglino Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Cirurgia, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-95962000000500002

Palavras-chave:

Morfologia animal, Arterias, Veias, Ovinos, Carneiro Corr iedale

Resumo

Estudamos em 40 ovinos adultos da raça Corriedale os aspectos histológicos do funículo espermático. Observamos que este se acha envolvido por uma cápsula de tecido conjuntivo fibroelástico denso, de espessura variável, pregueada em alguns pontos, e revestida por mesotélio que circunda todo o conjunto vásculo-nervoso, e projeta-se para formar o mesoducto deferente. Em posição subcapsular, verifica-se uma camada de tecido conjuntivo fibroelástico frouxo, de espessura variável, que circunda parcialmente o funículo espermático, isolando nas regiões deferencial e abdeferencial conjuntos vásculo-nervosos, responsáveis pela nutrição do epidídimo. Na região do mesoducto deferente, o tecido subcapsular acompanhado de tecido adiposo constitui a camada interna deste meso, formando a sua adventícia e abrigando vasos e nervos deferenciais. Na região abdeferencial, pequenos acúmulos de tecido adiposo são vistos de permeio aos vasos e nervos desta região. Entre as artérias, veias e nervos testiculares, bem como entre os vasos das regiões deferencial e abdeferencial, observa-se o tecido conjuntivo denso, intervascular, rico em fibras elásticas, que constitui as adventícias contínuas destes vasos. O arranjo vascular mostra que o segmento da artéria testicular, contido no funículo espermático, apresenta trajeto sinuoso. Estando envolvido pelo plexo venoso pampiniforme, formado por veias testiculares desprovidas de válvulas de calibres variados, apresentando amplas comunicações entre si. As veias responsáveis pela drenagem do epidídimo e ducto deferente estão localizadas em posição subcapsular deferencial e abdeferencial e mostram-se providas de válvulas. O trato das artérias testiculares no funículo espermático apresenta como comprimento médio, máximo e mínimo, respectivamente, 150,4 cm, 198,0 cm e 73,3 cm, à direita, e 149,6 cm, 189,2 cm e 90,0 cm, à esquerda, não existindo diferenças estatisticamente significantes ao nível de 5%, quando comparamos a média do segmento da artéria testicular contida no funículo espermático direito em relação ao esquerdo.

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Publicado

2000-01-01

Edição

Seção

CIÊNCIAS BÁSICAS

Como Citar

1.
Carvalhal R, Borelli V, Miglino MA. Estudo morfológico do funículo espermático em ovinos da raça Corriedale (Ovis aries, L. 1758). Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de janeiro de 2000 [citado 16º de julho de 2024];37(5):348-54. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/5783