Influência de três tipos de vias de fornecimento de dietas pós-operatórias na cicatrização de esofagotomia cervical em cães

Autores

  • Heloísa Helena de Alcântara Barcellos Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária, Departamento de Medicina Animal, Porto Alegre, RS
  • Antônio de Pádua Ferreira da Silva Filho Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária, Departamento de Medicina Animal, Porto Alegre, RS
  • Carlos Afonso Beck Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Faculdade de Veterinária, Departamento de Medicina Animal, Porto Alegre, RS

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-95962000000500007

Palavras-chave:

Esofagostomia, Faringostomia, Gastrostomia, Período pós-operatório, Cicatrização

Resumo

Três vias de fornecimento de dietas pós-operatórias foram comparadas na cicatrização de esofagostomia cervical. Foram utilizados 15 cães, divididos em três grupos (GI, GII e GIII). No GI foi procedida à fluidoterapia durante 48 horas, alimento líquido durante mais 48 horas e pastoso por 72 horas (dieta tradicional), no GII o alimento foi fornecido por sonda faringogástrica, colocada por faringostomia, e no GIII por sonda gástrica, implantada por gastrostomia endoscópica percutânea. Para avaliar a cicatrização, foram realizados exame clínico diário e esofagoscopias semanais, durante seis semanas. À endoscopia perceberam-se algumas ocorrências indesejáveis que retardam a cicatrização da mucosa esofágica: edema entre os pontos na primeira endoscopia pós-operatória (GI) e ulcerações na mucosa esofágica pelo atrito da sonda faringogástrica sobre a cicatriz (GII). A alimentação por sonda gástrica resultou em menor tempo de cicatrização (1,40 ± 0,55 semanas, p < 0,01), em comparação aos alimentados por sonda faringogástrica (4,25 ± 1,50 semanas). No GIII as características clínicas da cicatrização foram de melhor qualidade, provavelmente devido à ausência de movimentos de deglutição e de atrito do bolo alimentar sobre a ferida cirúrgica. Com base nos resultados, recomenda-se o uso de nutrição enteral por sonda gástrica colocada por gastrostomia endoscópica percutânea, durante os primeiros sete dias de pós-operatório, e, na ausência de um endoscópio, a dieta tradicional, que resulta em cicatrização de melhor qualidade do que o uso de sonda por faringostomia.

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Publicado

2000-01-01

Edição

Seção

MEDICINA VETERINÁRIA

Como Citar

1.
Barcellos HH de A, Silva Filho A de PF da, Beck CA. Influência de três tipos de vias de fornecimento de dietas pós-operatórias na cicatrização de esofagotomia cervical em cães. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de janeiro de 2000 [citado 10º de maio de 2024];37(5):382-7. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/5788