Bixina, Norbixina e Quercetina e seus efeitos no metabolismo lipídico de coelhos

Autores

  • Leonardo Ramos Paes Lima Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Viçosa, MG
  • Tânia Toledo de Oliveira Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular, Viçosa, MG
  • Tanus Jorge Nagem Universidade Federal de Ouro Preto, Departamento de Química, Ouro Preto, MG
  • Aloisio da Silva Pinto Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Veterinária, Viçosa, MG
  • Paulo César Stringheta Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Tecnologia de Alimentos, Viçosa, MG
  • Adelson Luiz Araújo Tinoco Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Nutrição, Viçosa, MG
  • José Francisco da Silva Universidade Federal de Viçosa, Departamento de Zootecnia, Viçosa, MG

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1413-95962001000400010

Palavras-chave:

Urucum, Flavonóides, Carotenóides, Colesterol

Resumo

Os flavonóides apresentam diversas atividades biológicas (antioxidantes, antiinflamatórios, anticancerígenos, dentre outras) e estreitas correlações entre o consumo de alimentos ricos em flavonóides e doenças cardíacas. Pesquisas mostram que os flavonóides 7-glicosil-apigenina, 7-bissulfato-apigenina, 7-glicosil-luteolina, 7-bissulfato-luteolina e os corantes bixina e norbixina foram isolados e identificadas suas estruturas de sementes de urucum. O objetivo deste estudo foi testar, isoladamente bixina, norbixina e a quercetina, presentes no urucum e a associação da bixina com a quercetina, para verificar seus efeitos hipolipidêmicos em coelhos. A hiperlipidemia foi induzida misturando à ração colesterol 1% + ácido cólico 0,1%, durante 28 dias. As substâncias testadas foram fornecidas na dose de 0,01 mol/kg de peso corporal, por via oral, em cápsulas. Após 28 dias, as dosagens sorológicas foram efetuadas e os resultados expressos em mg/dL de colesterol, colesterol-HDL e triacilgliceróis. De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que a bixina apresentou o maior valor na redução do colesterol total embora não tenha sido significativo na manutenção dos níveis elevados de colesterol-HDL e a quercetina na redução dos triacilgliceróis. A bixina apresentou melhor eficácia em relação ao colesterol-HDL uma vez que a redução deste parâmetro foi menor (-11,43%) ao se comparar o grupo 3 com o grupo 2, sendo vantajoso, já que esta lipoproteína transporta o colesterol da circulação sangüínea para o fígado. Com relação à concentração de triacilgliceróis, a quercetina apresentou a maior percentagem de redução e a associação bixina + quercetina apresentou uma percentagem de --38,92%, que foi maior que a bixina isoladamente. Assim, estas substâncias apresentaram potencial para serem, futuramente, utilizadas como fármacos, no tratamento e/ou na prevenção de doenças cardíacas, diabetes e outras.

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Publicado

2001-01-01

Edição

Seção

ZOOTECNIA

Como Citar

1.
Lima LRP, Oliveira TT de, Nagem TJ, Pinto A da S, Stringheta PC, Tinoco ALA, et al. Bixina, Norbixina e Quercetina e seus efeitos no metabolismo lipídico de coelhos. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 1º de janeiro de 2001 [citado 20º de maio de 2024];38(4):196-200. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/5890