Ceratoplastia lamelar em cães usando membrana amniótica equina. Estudo clínico e morfológico

Autores

  • Andréa Barbosa Universidade de Santo Amaro, Medicina Veterinária, São Paulo, SP
  • Paulo Sergio de Moraes Barros Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, São Paulo, SP
  • José Luiz Guerra Universidade Anhembi-Morumbi, Medicina Veterinária, São Paulo, SP
  • Denise Aya Otsuki Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária, São Paulo, SP

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.v50i3p211-219

Palavras-chave:

Córnea, Cães, Membrana amniótica, Oftalmologia veterinária

Resumo

A membrana amniótica (MA) consolidou-se no tratamento de afecções na superfície ocular. O objetivo deste estudo foi avaliar a viabilidade do implante de MA equina em ceratoplastia lamelar de cães. As membranas amnióticas foram preservadas em glicerina (98%). A eficácia do implante foi acompanhada por avaliação clínica, tempo de cicatrização, resposta inflamatória e reconstrução da arquitetura da córnea. Foram selecionados 12 cães, que foram divididos em quatro grupos de três animais. Em cada animal, foi realizada ceratotomia lamelar com 5 mm de diâmetro, seguida de aplicação do implante de MA. Após cirurgia, os animais foram avaliados em diferentes tempos: 2, 7, 21 e 40 dias. Durante o período de observação, os exames oftalmológicos foram realizados com intervalo de 48 h e, após a última avaliação, os animais foram submetidos à eutanásia. Os olhos foram enucleados, fixados e corados com hematoxilina-eosina (HE), ácido periódico de Schiff (PAS) e picrossirius. Os implantes foram completamente epitelizados em cerca de 10 dias após a cirurgia. Os neovasos apresentaram involução progressiva a partir de 21 dias e não foram detectados ao final de 40 dias pós-cirurgia, restando apenas uma nébula no local da lesão. À microscopia óptica, observou-se resposta inflamatória moderada, presença de epitélio pavimentoso estratificado aos sete dias e epitelização completa aos 21 dias. Aos 40 dias, a membrana basal do epitélio apresentou-se reconstituída. Assim, concluímos que a membrana amniótica equina é viável como implante em córnea de cão, sendo incorporada ao estroma e resultando em restabelecimento parcial da transparência.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Downloads

Publicado

2013-06-21

Edição

Seção

NÃO DEFINIDA

Como Citar

1.
Barbosa A, Barros PS de M, Guerra JL, Otsuki DA. Ceratoplastia lamelar em cães usando membrana amniótica equina. Estudo clínico e morfológico. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 21º de junho de 2013 [citado 11º de maio de 2024];50(3):211-9. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/64593