Ocorrência de carrapatos em animais silvestres recebidos e atendidos pelo Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, Sorocaba, São Paulo, Brasil

Autores

  • Thiago Fernandes Martins Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
  • Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
  • Marcelo Bahia Labruna Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.v52i4p319-324

Palavras-chave:

Carrapatos, Animais Silvestres, Zoológico, São Paulo, Brasil

Resumo

Os carrapatos são ectoparasitas da classe Arachnida que parasitam vertebrados terrestres, anfíbios, repteis, aves e mamíferos. O presente trabalho relata a ocorrência de carrapatos ixodídeos em animais silvestres recebidos e atendidos pelo Hospital Veterinário do Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, localizado no município de Sorocaba, estado de São Paulo, Brasil. De setembro de 1999 a maio de 2015, foram coletados carrapatos em animais silvestres da região de Sorocaba e de outros 20 municípios do interior do estado de São Paulo. Ao todo, foram identificados 43 larvas, 637 ninfas e 1.178 adultos (631 machos e 547 fêmeas), totalizando 1.858 exemplares de 14 espécies distintas de ixodídeos. Durante exames clínicos de rotina, foram inspecionadas duas espécies de repteis, uma espécie de ave e 11 espécies distintas de mamíferos de um total de 103 animais silvestres amostrados. Nos repteis foram identificados Amblyomma rotundatum, nas aves Amblyomma sculptum e nos mamíferos Amblyomma aureolatum, Amblyomma brasiliense, Amblyomma calcaratum, Amblyomma dubitatum, Amblyomma longirostre, Amblyomma nodosum, Amblyomma ovale, A. sculptum, Amblyomma varium, Ixodes aragaoi, Haemaphysalis juxtakochi, Rhipicephalus microplus e Dermacentor nitens. Este estudo relata os primeiros registros de fêmeas de A. rotundatum parasitando Hydromedusa tectifera e Oxyrhopus guibei, assim como ninfas de A. dubitatum e H. juxtakochi em Chrysocyon brachyurus, ninfas de A. brasiliense em Myrmecophaga tridactyla e Tamandua tetradactyla, além de ninfas de A. sculptum em Alouatta guariba e Sphiggurus villosus no país, demonstrando que os zoológicos são uma fonte de informação valiosa para o conhecimento parasitológico da fauna silvestre brasileira.

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Biografia do Autor

  • Thiago Fernandes Martins, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
    Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia
  • Rodrigo Hidalgo Friciello Teixeira, Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros
    Prefeitura Municipal de Sorocaba
  • Marcelo Bahia Labruna, Universidade de São Paulo, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia, Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal
    Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal, Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia

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Publicado

2015-12-10

Edição

Seção

ARTIGOS

Como Citar

1.
Martins TF, Teixeira RHF, Labruna MB. Ocorrência de carrapatos em animais silvestres recebidos e atendidos pelo Parque Zoológico Municipal Quinzinho de Barros, Sorocaba, São Paulo, Brasil. Braz. J. Vet. Res. Anim. Sci. [Internet]. 10º de dezembro de 2015 [citado 4º de junho de 2024];52(4):319-24. Disponível em: https://revistas.usp.br/bjvras/article/view/90022