Morte súbita por ruptura da aorta em cavalos, literatura,estudos de casos relatados e fatores de risco
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1678-4456.v52i4p298-309Palavras-chave:
Aorta, Equino, Cavalo, Morte súbita, ThoroughbredsResumo
As mortes súbitas de cavalos em várias provas equestres têm sido atribuídas a doenças respiratórias e cardiovasculares agudas e crônicas. O objetivo deste estudo foi efetuar uma revisão de literatura da ruptura da aorta em cavalos analisando estudos de caso e estabelecendo os possíveis fatores de risco. Na revisão da literatura no período de 28 anos (1986-2014) foram localizados 137 casos de ruptura da aorta em cavalos com aproximadamente cinco cavalos morrendo por essa causa por ano. Histologicamente, são observadas alterações macroscópicas discretas degenerativas na camada íntima da aorta. A avaliação histológica na porção inicial da aorta do coração evidencia alterações degenerativas com perda de continuidade e distribuição das fibras elásticas. Fatores de risco para a ruptura da aorta dos cavalos são: ruptura espontânea associada com hipertensão, lesão vascular pré-existente (aneurisma), cardiomiopatia dilatada ou hipertrófica, níveis de cobre no endotélio, fatores genéticos, tais como a consanguinidade na criação, toxicologia e aspectos farmacológicos. A ruptura aórtica mostra semelhança com hemorragia pulmonar induzida pelo exercício. Em conclusão, alterações degenerativas discretas das fibras elásticas da íntima da aorta parecem predispor a ruptura da parede da aorta, no momento da pressão máxima de sangue durante o exercício determinando o consequente colapso e morte do cavalo atleta.
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