A expansão linguística espanhola na China e no Brasil: convergências, deslocamentos e assimetrias
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.i20p322-349Palavras-chave:
Glotopolítica, Política linguística panhispánica, Ideologia linguística, Expansão do espanhol, HispanofoníaResumo
Em 2018 a imprensa dedicou uma atenção bastante significativa à promoção do espanhol na China. Com aproximadamente 1,4 bilhões de habitantes, este país asiático é o mais recente objetivo estratégico da expansão do espanhol como língua estrangeira executada pelo Estado espanhol. Eventos como a criação de um convênio entre a Real Academia de la Lengua española (RAE) e a Universidade de Estudos Internacionais de Shangai (SISU), e a inclusão da língua espanhola no currículo da Educação Básica do país tiveram um entusiasmado destaque na imprensa e também no foro de notícias da própria RAE. Este trabalho tem como objetivo realizar uma análise comparativa – tratando de detectar convergências e divergências – entre a atual promoção do espanhol na China e a promoção do espanhol no Brasil, que teve seu auge nos anos 90 e na primeira década dos anos 2000. Adotando o enfoque glotopolítico (ARNOUX, 2000) como pressuposto teórico, tratamos de detectar ideologemas que surgem na promoção discursiva do espanhol em cada caso, o que consequentemente revela aspectos importantes destes processos de planificação linguística relacionados aos campos político, econômico e ideológico.
Downloads
Referências
Arnoux, Elvira; Nothdtein, Susana. “Glototpolítica, integración regional sudamericana y pan-hispanismo”. In: Arnoux, Elvira; Nothdtein, Susana (Orgs.) Temas de glotopolítica. Integración regional sudamericana y panhispanismo. Buenos Aires: Ed. Biblos, 2013, 9-30.
Del Valle, José. “La lengua, patria común: la hispanofonía y el nacionalismo panhispánico”. In: Del Valle, José (Org.). La lengua, ¿patria común? Ideas e ideologías del español. Madrid: Ed. Vervuert/Iberoamericana, 2007, 31-56.
Del Valle, José; Villa, Laura. “La lengua como recurso económico: Español S.A. y sus operaciones en Brasil”. In: Del Valle, José (Org.) La lengua, ¿patria común? Ideas e ideologías del español. Madrid: Ed. Vervuert/Iberoamericana, 2007, 97 – 128.
Guespin, Louis; Marcellesi, Jean Baptiste. “Pour la glottopolitique”, Glottopolitique, Langages, n.83, p. 5-34, Larousse, reproduit avec l’autorisation de l’éditeur. [1986]. Tradução de José del Valle. In: Glottopol. Revue de sociolinguistique en ligne, n. 32, julho, 2019. Disponível em: <http://glottopol.univ-rouen.fr/numero_32.html>. Acesso em: 10 jul. 2019.
Mendes Pini, André. “A crescente presença chinesa na América Latina: desafios ao Brasil”. In: BEPI – Boletim de Economia e Política internacional, n. 21, set./dez., 2015, p. 21-31.
Moreno, Francisco. “El español en Brasil”. In: Sedycias, João (Org.) O ensino de espanhol no Brasil. Passado, presente, futuro. São Paulo: Ed. Parábola, 2005, 14-34.
Ponte, Andrea. General, globalizada, neutra, panhispánica e transnacional: la lengua, muitos nomes, um produto. Tese de Doutorado. FFLCH/USP, São Paulo: 2013. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8145/tde-14032014-101129/es.php>.
Ponte, Andrea. “La política lingüística panhispánica y sus nuevos instrimentos de difusión ideológica”. In: Revista Digital de Políticas Lingüísticas, v. 11, 2019, 88 – 104.
Ponte, Andrea. El español y lo español: una relación estrecha. In: Bein, Roberto et al. (Orgs.). Homenaje a Elvira Arnoux. Estudios de análisis del discurso, glotopolítica y pedagogia de la lectura y la escritura. Tomo II: Glotopolítica. Buenos Aires: Editorial de la Facultad de Filosofía y Letras de la Universidad de Buenos Aires, 2017, 203-218.
Ríos, Xulio. “El estado de las relaciones China-América Latina”. In: Documentos de trabajo, n. 1 (2ª época), 2019, Madrid, Fundación Carolina.
Villa, Laura. La oficialización del español en el siglo XIX. La autoridad de la Academia. In: Del Valle, José (Org.). Historia política del español. La creación de una lengua. España: Ed. Aluvión, 2015.
Notícias sobre a China
Barnés, Héctor. El ‘boom’ de los profesores españoles en China: “Aquí sí valoram lo que hacemos”. In: El Confidencial, Madrid, 13 out. 2018. Disponível em: <https://www.elconfidencial.com/alma-corazon-vida/2018-10-13/espanol-china-boom-aprendizaje-idioma-ele_1628401/>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Basallo, Alfonso. El español va a ser obligatoria en China como segunda lengua... y ¡faltan professores! In: Fundación UNIR, La Rioja, 27 abr. 2018. Disponível em: <https://www.unir.net/educacion/revista/noticias/el-espanol-va-a-ser-obligatorio-en-china-como-segunda-lengua-y-faltan-profesores/549203612818/>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Díez, Pablo. Auge del español en China por el tirón de Latinoamérica. In: ABC, Madrid, 28 nov. 2018. Disponível em: <https://www.abc.es/espana/abci-auge-espanol-china-tiron-latinoamerica-201811280408_noticia.html>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Escalada, Paula. El español da sus primeros pasos en China para salir de las aulas a la calle. In: El Diario, Madrid, 23 set. 2018. Disponível em: < https://www.eldiario.es/cultura/espanol-primeros-pasos-China-salir_0_817518280.html>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Latorre, Juan David. El español triunfa en China. In: Revista Mía, Madrid, 2018. Disponível em: <https://www.miarevista.es/actualidad/articulo/el-espanol-triunfa-en-china-541458544663>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Morales, Manuel. La RAE abre en China su primer centro de estudio del español. In: El País, Madrid, 11 set. 2018. Disponível em: <https://elpais.com/cultura/2018/09/11/actualidad/1536684218_699716.html>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Pajares, G. China quiere hablar español. In: La Razón, Madrid, 11 set. 2018. Disponível em: <https://www.larazon.es/cultura/china-quiere-hablar-espanol-NA19805228>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Pardo, B. La RAE viaja a China para impulsar la enseñanza del español. In: ABC, Madrid, 11 set. 2018. Disponível em: <https://www.abc.es/cultura/abci-viaja-china-para-impulsar-ensenanza-espanol-201809111853_noticia.html>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Redacción. El español aterriza en China para abrir puertas de la cultura hispánica, dice director de la Real Academia Española. In: Spanish Xinhuanet, Madrid, 16 set. 2018. Disponível em: <http://spanish.xinhuanet.com/2018-09/16/c_137471801.htm>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Vidal, Macarena. Los duros comienzos del español, “un francés mal hablado” en China. In: El País, Madrid, 19 set. 2018. Disponível em: <https://elpais.com/cultura/2018/09/18/actualidad/1537294866_533527.html>. Acesso em: 10 jan. 2019.
Sites consultados
Colégio Miguel de Cervantes. https://www.cmc.com.br/
Consejería de Educación de la Embajada de España en Brasil. http://www.exteriores.gob.es/Embajadas/BRASILIA/es/Embajada/Paginas/Consejer%C3%ADas/Consejer%C3%ADa-de-Educaci%C3%B3n.aspx
Itamaraty. http://www.itamaraty.gov.br/pt-BR/ficha-pais/5117-reino-da-espanha
Real Academia de la Lengua Española
https://www.rae.es/noticias/la-rae-inicia-su-plan-estrategico-para-impulsar-en-china-su-plataforma-linguistica-enclave
Real Academia de la Lengua Española
https://www.rae.es/noticias/la-rae-visita-china-para-fortalecer-el-espanol-en-el-pais-asiatico
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2020 Andrea Silva Ponte

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).