Topografia, personagens marginais e identidade em letras de samba e de tango
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2317-9651.v1i8p40-59Palavras-chave:
Tango, Samba, Identidades Nacionais, Estudos comparados entre o Brasil e a Argentina, Estudos discursivosResumo
Nas letras de samba e de tango compostas entre as décadas de 1910 e 1940, notamos a reiterada presença de personagens marginais: o “malandro” e outros de seu universo, no caso do samba, e o “compadrito” e outros relacionados a ele nos tangos. Essa presença se plasma como uma contradição constitutiva, já que esses gêneros musicais, muitas vezes relacionados à representação do nacional, propagavam um modo de vida fora do apregoado como ideal de cidadão pelos respectivos Estados nacionais. É nosso objetivo neste artigo analisar como, nas composições nas quais aparece esse tipo de personagem, emergem embates entre vozes que identificamos, de um lado, como filiadas com a perspectiva marginal e, de outro, com posicionamentos relacionados às ações disciplinadoras dos Estados nacionais. Observaremos também como nessas letras a topografia representada se relaciona com questões de identidade desses personagens marginais, assim mesmo com questões de identidade nacional.
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