Uma nova linguagem para a telenovela (Entrevista com Lauro César Muniz)
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2316-9125.v0i17p78-90Palavras-chave:
Lauro César Muniz, telenovela, estética, globalização, Rede Globo, teledramaturgia, teatroResumo
Lauro César Muniz fala sobre o início de sua carreira, os tempos de teatro amador, seu começo no teatro profissional. Conta sobre sua tentativa de participar do grupo do Teatro de Arena e de sua atuação na Escola de Arte Dramática (EAD) da USP. Relata como a censura do regime militar impossibilitou o seu trabalho no teatro, levando ele e outros dramaturgos a buscarem a alternativa da televisão. Falando dessa experiência, mostra a trajetória da telenovela no Brasil, particularmente na Rede Globo, o nascimento dos novos autores, o boom dos anos 70, quando a modalidade atinge o auge, permitindo-se ser crítica em plena ditadura, e do surgimento da farsa e do pastelão na década de 80. Na década de 90, segundo ele, depois da queda do muro de Berlim e da globalização, o mundo virou um hipermercado, e isso inclui a novela, que se transformou em um produto, o que indica a necessidade de recuperar a dignidade e a qualidade artística da telenovela. Finaliza contando como, diante das mudanças de expectativa do público, o núcleo de dramaturgia da Globo pretende enfrentar a concorrência das novas vertentes abertas por outros canais, recuperando a importância da obra de autor, fazendo novelas com menos capítulos.
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