O trabalho na história de vida de mulheres egressas de um projeto em Economia Solidária

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.cpst.2023.195283

Palavras-chave:

Mulheres trabalhadoras, Economia solidária, Gênero, Raça e classe

Resumo

Este artigo tem como objetivo compreender os sentidos atribuídos ao processo de incubação realizado por mulheres egressas de um projeto em economia solidária em uma Incubadora de Empreendimentos Solidários, a partir de suas trajetórias de vida e de trabalho delas. Trata-se de pesquisa qualitativa exploratória, realizada através das ferramentas de história de vida e grupo de discussão, utilizando-se da análise de núcleos de significação. São mulheres diversas, que lutam pelo seu sustento e não conseguem se definir dissociadas do trabalho, sendo a maioria delas as responsáveis por atividades dentro e fora da esfera do lar. As histórias contadas revelaram que, mesmo que essas mulheres trabalhadoras não tenham alcançado um entendimento total da economia solidária enquanto modelo produtivo, as experiências vivenciadas no processo de incubação foram formativas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Aguiar, W. M. J. D., Soares, J. R., & Machado, V. C. (2015). Núcleos de significação: Uma proposta histórico-dialética de apreensão das significações. Cadernos de Pesquisa, 45(155), 56-75.

Amparo-Alves, J. (2011). Necropolítica Racial: A produção espacial da morte na cidade de São Paulo. Revista da ABPN, 1(3), 89-114.

Andrade, P. M. (2008) A Economia Solidária é Feminina? A Política Nacional de Economia Solidária sob o olhar de gênero. Ser Social, 10(23), 139-169.

Antunes, R (1999). Os sentidos do trabalho: Ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. Boitempo.

Biroli, F. (2016). Divisão sexual do trabalho e democracia. Dados: Revista de Ciências Sociais, 59(3), 719-754. https://doi.org/10.1590/00115258201690.

Bonumá, H. (2015). As mulheres e a economia solidária: A resistência no cotidiano tecendo uma vida melhor [Dissertação de mestrado, Universidade Federal do Rio Grande do Sul]. Repositório Institucional UFRGS. https://lume.ufrgs.br/handle/10183/132849.

Carneiro, S. (2003). Mulheres em movimento. Estudos Avançados, 17(49), 117-133. https://doi.org/10.1590/S0103-40142003000300008.

Cisne, M. (2018). Feminismo e marxismo: Apontamentos teórico-políticos para o enfrentamento das desigualdades sociais. Serviço Social & Sociedade, (132), 211-230. http://dx.doi.org/10.1590/0101-6628.138.

Cruz, T. (2006). Ocupação no mundo do trabalho e o enfoque de gênero: Qual o perfil do sujeito trabalhador que constrói a economia solidária no Brasil? Sociedade e Cultura, 9(2), 311-325. https://doi.org/10.5216/sec.v9i2.479.

Dallago, C. S. T. (2010). Mundo do trabalho e reestruturação produtiva: Relações de trabalho e modo de produção capitalista. Sem. de Saúde do Trabalhador de Franca. http://www.proceedings.scielo.br/scielo.php?pid=MSC0000000112010000100001&script=sci_arttext&tlng=pt.

Falquet, J (2008). Repensar as relações sociais de sexo, classe e “raça” na globalização neoliberal. Mediações, 13(1-2), 121-142. https://doi.org/10.5433/2176-6665.2008v13n1/2p121.

Godoi, C. K. (2015). Grupo de discussão como prática de pesquisa em estudos organizacionais. Revista de Administração de Empresas, 55(6), 632-644. https://doi.org/10.1590/S0034-759020150603.

Gonzalez, L. (1979). Cultura, etnicidade e trabalho: Efeitos linguísticos e políticos da exploração da mulher. Annual Meeting of the Latin American Studies Association. https://coletivomariasbaderna.files.wordpress.com/2012/09/cultura_etnicidade_e_trabalho.pdf.

Hirata, H. (2005). Globalização, trabalho e gênero. Revista Políticas Públicas, 9(1), 111-128. http://periodicoseletronicos.ufma.br/index.php/rppublica/article/view/3770/1848.

Hirata, H., & Kergoat, D. (2007). Novas configurações da divisão sexual do trabalho. Cadernos de Pesquisa, 37(132), 595-609. https://doi.org/10.1590/S0100-15742007000300005.

Hirata, H., & Zarifian, P. (2009). Trabalho (conceito de). In H. Hirata et al., Dicionário crítico do feminismo (pp. 251-255). Editora Unesp.

Hirata, H. (2018). Gênero, patriarcado, trabalho e classe. Trabalho Necessário, 16(29), 14-27. https://doi.org/10.22409/tn.16i29.p4552.

Kergoat, D. (2010). Dinâmicas e consubstancialidade das relações sociais. Novos Estudos Cebrap, (86), 93-103.https://doi.org/10.1590/S0101-33002010000100005.

Lechat, N. M. P. (2002). As raízes históricas da economia solidária e seu aparecimento no Brasil. anais [Apresentação de trabalho]. 2º Seminário das Incubadoras Tecnológicas de Cooperativas Populares, Campinas, SP, Brasil. https://base.socioeco.org/docs/raizes_histor.pdf.

Marx, K., & Engels, F. (1986). Manifesto do Partido Comunista. Novos Rumos.

Nobre, M. (2003). Mulheres na economia solidária. In A. D. Cattani (Org.), A outra economia. Veraz.

Nogueira, M. L. M., Barros, V. A., Araujo, A. D. G., & Pimenta, D. A. O. (2017). O método de história de vida: A exigência de um encontro em tempos de aceleração. Pesquisas e Práticas Psicossociais, 12(2), 466-485. http://seer.ufsj.edu.br/revista_ppp/article/view/2454/1698.

Ribeiro, D. (2017). O que é lugar de fala? Letramento.

Singer, P. (2000). Globalização e desemprego: Diagnóstico e alternativas. Contexto.

Downloads

Publicado

2023-12-18

Edição

Seção

Dossiê - Precarização do trabalho e fragilização da vida

Como Citar

O trabalho na história de vida de mulheres egressas de um projeto em Economia Solidária. (2023). Cadernos De Psicologia Social Do Trabalho, 26, e-195283. https://doi.org/10.11606/issn.1981-0490.cpst.2023.195283