As múltiplas vozes de Davi Kopenawa: por uma escrita em multidão
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i28p150-168Palabras clave:
Escrita em multidão, Saber-do-corpo, Perspectivismo ameríndio, Davi Kopenawa, Texto-movimentoResumen
A proposição do presente texto é abordar a produção da escrita, a constituição do texto como ato coletivo, como expressão de múltiplas vozes. Uma escrita em multidão, cujos sentidos e significados são desenvolvidos a partir de transfigurações de outras vozes, outros ensinamentos, intuídos pela perspectiva ameríndia. Texto-gira, cujas palavras são incorporadas pelos autores-outros que integram a escritura comum desse movimento. Um texto que não se faz sozinho, assim como o xamã, conforme desenhado por Davi Kopenawa, que se desenvolve em-relação-a, tornando-se outro, e que se abre para o saber-do-corpo, dando forma, assim, à carne da vida na escritura do texto.
Descargas
Referencias
ALBERT, B. Postscriptum: quando eu é um outro (e vice-versa). In: KOPENAWA, D; ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
CURY, M. Z. F. “Intertextualidade”. In: Glossário Ceale: termos de alfabetização, leitura e escrita para educadores, 2014. Disponível em: http://ceale.fae.ufmg.br/app/webroot/glossarioceale/verbetes/intertextualidade. Acesso em: 19 dez. 2020.
DANOWSKI, D.; VIVEIROS DE CASTRO, E. Há mundo por vir? Ensaio sobre os medos e os fins. Florianópolis: Desterro, 2014.
DELEUZE, G. Crítica e clínica. Trad. Peter Pal Pelbart. São Paulo: Editora 34, 1997.
______. O ato de criação. Folha de S. Paulo, São Paulo, 27 jun. 1999. Caderno Mais!
______. Conversações. 3ª ed. São Paulo: Editora 34, 2013.
DELEUZE, G.; GUATTARI, F. Mil platôs: capitalismo e esquizofrenia. Vol. 4. São Paulo: Editora 34, 1997.
______. Kafka. Por uma literatura menor. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 2014.
KOPENAWA, D; ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
LEMINSKI, P. Toda poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2013.
MUNHOZ, A. V. “Imagens de um pensamento-dança”. Caderno Pedagógico, Lajeado, v. 8, n. 1, p. 23-30, 2011.
NEGRI, A. “Para uma definição ontológica da multidão”. Lugar Comum, n. 19-20, 2004.
NUNES, R. “Multidão e organização: plano ou sujeito”. In: HOMERO, S; TIBLE, J; TELLES, V. [org.]. Negri no trópico 23º 26’ 14’’, São Paulo: n-1, 2017.
PELBART, P. P. O avesso do niilismo: cartografias do esgotamento. São Paulo: n-1 edições, 2013.
PRADO, R. L. “Transescrever, sonhar uma imagem”. Revista Em Tese, v. 23, n. 2, maio-ago. 2017.
ROLNIK, S. “Pensamento, corpo e devir: uma perspectiva ético/estético/política no trabalho acadêmico”. Cadernos de Subjetividade, v. 1, n. 2, set./fev. 1993.
______. A hora da micropolítica. Entrevista realizada por Fernandéz Polanco & Antônio Pradel, 2016. Disponível em: https://www.goethe.de/ins/br/pt/kul/fok/rul/20790860.html. Acesso em: 19 dez. 2020.
______. “Esferas da insurreição: sugestões para o combate à cafetinagem da vida”. In: HOMERO, S; TIBLE, J; TELLES, V. [org.]. Negri no trópico 23º 26’ 14’’, São Paulo: n-1 edições, 2017.
______. Subjetividade contemporânea: crise da identidade moderna. Entrevista realizada no projeto Narciso no Espelho do Século XXI: Diálogos entre a Psicanálise, as Ciências Sociais e a Comunicação, 2017a. Disponível em: https://www.narciso21.com/suely-rolnik. Acesso em: 19 dez. 2020.
______. Esferas da insurreição: notas para uma vida não cafetinada. São Paulo: n-1 edições, 2018.
______. É preciso fazer um trabalho de descolonização do desejo. Entrevista realizada por Sarah Babiker, 2019. Disponível em: http://www.ihu.unisinos.br/78-noticias/591109-e-preciso-fazer-um-trabalho-de-descolonizacao-do-desejo-entrevista-com-suely-rolnik. Acesso em: 19 dez. 2020.
SAMOYAULT, T. A intertextualidade. São Paulo: Aderaldo & Rothschild, 2008.
VALENTIM, M. A. “Talvez eu não seja um homem”: Antropomorfia e monstruosidade no pensamento ameríndio. Campos, v. 15, n. 2, 2014.
VIVEIROS DE CASTRO, E. “Perspectivismo e multinaturalismo na América indígena”. O que nos faz pensar, n. 18, setembro, 2004.
______. Encontros. Org. Renato Sztutman. Rio de Janeiro: Beco do Azougue, 2008.
______. Metafísicas canibais: elementos para uma antropologia pós-estrutural. São Paulo: Cosac Naify, 2015.
______. “O recado da mata”. In: KOPENAWA, D; ALBERT, B. A queda do céu: palavras de um xamã yanomami. São Paulo: Companhia das Letras, 2015.
Descargas
Publicado
Número
Sección
Licencia
Derechos de autor 2020 Fernanda Rocha da Silva
Esta obra está bajo una licencia internacional Creative Commons Atribución-NoComercial-CompartirIgual 4.0.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
a. Autores mantém os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho simultaneamente licenciado sob a Licença Creative Commons Attribution que permite o compartilhamento do trabalho com reconhecimento da autoria e publicação inicial nesta revista.
b. Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não-exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
c. Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho online (ex.: em repositórios institucionais ou na sua página pessoal) a qualquer ponto antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).