It had all begun like a dream: a escrita como presença em Second Class Citizen, de Buchi Emecheta
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i27p4-22Mots-clés :
Literatura Nigeriana, Literatura Pós-Colonial, Autoria feminina, Buchi EmechetaRésumé
O presente artigo analisa a construção da escrita como instrumento de presença no romance Second class citizen (1975), da escritora nigeriana Buchi Emecheta, sob o ponto de vista da personagem Adah, com o objetivo de investigar como a escrita emula o sentido da presença a partir das suas experiências. A narrativa move-se entre dois espaços divergentes, Nigéria e Inglaterra, reverberando diversas problemáticas acerca da condição feminina no contexto de descolonização. Ao longo da história, Adah luta contra o sistema de dominação masculina e promove sua independência a partir do desejo da escrita. Nesse sentido, a personagem se encontra na escrita de si, tomando consciência de sua existência e marcando sua identidade no território diaspórico. Para compreender os efeitos de linguagem e o papel da escrita como presença, fundamentamos nossas discussões em Fanon (2008), Hall (2013), Anzaldúa (1987; 2000) e Evaristo (2008), entre outras contribuições. Partimos do pressuposto de que a personagem constrói uma escrita-presença no modo como assume sua identidade real, superando a condição opressora imposta ao sujeito feminino.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ANZALDÚA, G. Borderlands: the new mestiza = La frontera. San Francisco: Aunt Lute, 1987.
ANZALDÚA, G. “Falando em línguas: uma carta para as mulheres escritoras do terceiro mundo”. Tradução de Édna de Marco. Revista Estudos Feministas, Florianópolis, v. 8, n. 1, p. 229-236, 2000.
BAROSSI, L. “(Po)éticas da escrevivência”. Estudos de literatura brasileira contemporânea, Brasília, n. 51, p. 22-40, 2017.
BHABHA, H. K. O local da cultura. Tradução de Myriam Ávila, Eliana Lourenço de Lima Reis, Gláucia Renate Gonçalves. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
BONNICI, T. O pós-colonialismo e a literatura: estratégias de leitura. Maringá: Eduem, 2012.
CHAUDHRY, S. Z. African women writers and the politics of gender. 2014. 261 f. Tese Doutorado. University of Glasgow, Glasgow, 2013.
EMECHETA, B. Second class citizen. New York: G. Braziller, 1975.
EVARISTO, C. “Escrevivências da afro-brasilidade: história e memória”. Releitura, Belo Horizonte, n. 23, 2008.
FANON, F. Pele negra, máscaras brancas. Tradução de Renato da Silveira. Salvador: EDUFBA, 2008.
HALL, S. Da diáspora: identidades e mediações culturais. Tradução de Adelaide La Guardia Resende [et al.]. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2013.
MBEMBE, A. Crítica da razão negra. Tradução de Marta Lança. Lisboa: Antígona, 2014.
SPIVAK, G. C. Pode o subalterno falar? Tradução de Sandra Regina Goulart [et al.]. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2010.
SPIVAK, G. C. “In response: looking back, looking forward”. In: OLIVEIRA, M. P. [et al.] (Org.) Cartografias da subalternidade: diálogos no eixo sul-sul. Salvador: EDUFBA, 2014.
WALKER, A. “A writer because of, not in spite of, her children”. In: DAVEY, M. Mother reader: essential writings on motherhood. New York: Seven Stories Press, 2001.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
(c) Copyright Francisco Romário Nunes 2020
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les termes suivants :
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, avec le travail sous la Licence Creative Commons Attribution qui permet le partage du travail avec reconnaissance de l'auteur et de la publication initiale dans cette revue scientifique.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de la contribution publiée dans cette revue (par exemple, publication institutionnelle ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la publication initiale et originale dans cette revue.
- Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple auprès de leurs institutions ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des échanges académiques productifs, ainsi qu'une croissance de l'impact et de la citation de l'article publié (Voir The Effect of Open Access).