Literatura engajada
DOI :
https://doi.org/10.11606/issn.1984-1124.i35p370-383Mots-clés :
Literatura universal, Identidade, Literatura engajada, identitarismo, lugar de fala, apropriação textual, cânone, cancelamentoRésumé
O presente artigo coloca em questão a “literatura engajada”, que voltou a dominar parte da literatura contemporânea. Examina o percurso histórico e os pressupostos teóricos dessa tendência, que agora se apoia na discussão sobre identidade e lugar de fala, conceitos discutíveis quando se fala de literatura. Desse modo, através de diversos críticos e escritores, como Jean-Paul Sartre, Albert Camus, Theodor W. Adorno, Joseph Conrad, Clarice Lispector e Kasereka Kavwahirehi, entre outros, serão reconstituídas as diferenças entre o engajamento e uma visão que valoriza e encontra a força da literatura não apenas por sua temática, mas pelo seu trabalho com (e na) linguagem. Sendo capaz de expressar sentimentos, motivações e ações que são comuns à humanidade, a literatura é uma forma poderosa de pôr em contato pessoas de diversas etnias e culturas.
##plugins.themes.default.displayStats.downloads##
Références
ADORNO, Theodor W. Engagement. In: Notes sur la littérature. Paris: Flammarion, 1986.
BARTHES, Roland. A preparação do romance, Vol. II. Tradução: Ivone C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
BARTHES, Roland. Existe, sim, uma literatura de esquerda. In: Roland Barthes, Inéditos – vol.4 – política. Tradução: Ivone C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2005
BEAH, Ishmael. Muito longe de casa: Memórias de um menino soldado. Rio de Janeiro: Ediouro, 2007. Reedição: São Paulo: Companhia de Bolso, 2015.
CALVINO, Italo. Por que ler os clássicos. Tradução: Nilson Moulin. São Paulo: Companhia das Letras, 1991.
CAMUS, Albert. Carta de Albert Camus a Roland Barthes. In: Roland Barthes, Inéditos – vol.4 – política. Tradução: Ivone C. Benedetti. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
CONRAD, Joseph. Coração das trevas. Tradução: Sergio Flaksman. São Paulo: Companhia de Bolso, 2008.
DERRIDA, Jacques. Essa estranha instituição chamada literatura. Tradução: Marileide Dias Esqueda. Belo Horizonte: Editora UFMG, 1914.
HOBSBAWN, Eric. Tempos interessantes. Tradução: S. Duarte. São Paulo: Companhia das Letras, 2002.
KAVWAHIREHI, Kasereka. Y’en a marre! Philosophie & espoir social en Afrique. Paris: Karthala, 2018.
LAPAQUE, Sébastien. Mia Couto, o canto magnético de Moçambique. Le monde diplomatique Brasil, 2015. Disponível em: <https://diplomatique.org.br/mia-couto-o-canto-magnetico-de-mocambique/>. Acesso em: 23 de ago. de 2023.
LÉVI-STRAUSS, Claude. Race et histoire. In: Le Racisme devant la science, p. 9-49. Paris: Unesco, 1952. Reedição: Paris: Denoël, 1987.
LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. Rio de Janeiro: Rocco, 1999.
LISPECTOR, Clarice. Para não esquecer. Rio de Janeiro: Rocco, 2015.
MARX, Karl; ENGELS, Friedrich. Sobre literatura e arte. Tradução: Albano Lima. Lisboa: Editorial Estampa, 1974.
MBEMBE, Achille. La communauté terrestre. Paris: La Découverte, 2023.
PERRONE-MOISÉS, Leyla. Mutações da literatura no século XXI. São Paulo: Companhia das Letras, 2016.
SARTRE, Jean-Paul. Situations II. Paris: Gallimard, 18ª ed., s/d.
SHAKESPEARE, William. A comédia dos erros e O mercador de Veneza. Tradução: Bárbara Heliodora. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1990.
Téléchargements
Publiée
Numéro
Rubrique
Licence
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.
Les auteurs qui publient dans cette revue acceptent les termes suivants :
- Les auteurs conservent le droit d'auteur et accordent à la revue le droit de première publication, avec le travail sous la Licence Creative Commons Attribution qui permet le partage du travail avec reconnaissance de l'auteur et de la publication initiale dans cette revue scientifique.
- Les auteurs sont autorisés à assumer des contrats supplémentaires séparément, pour une distribution non exclusive de la version de la contribution publiée dans cette revue (par exemple, publication institutionnelle ou en tant que chapitre de livre), avec reconnaissance de la publication initiale et originale dans cette revue.
- Les auteurs sont autorisés et encouragés à publier et distribuer leur travail en ligne (par exemple auprès de leurs institutions ou sur leur page personnelle) à tout moment avant ou pendant le processus éditorial, car cela peut générer des échanges académiques productifs, ainsi qu'une croissance de l'impact et de la citation de l'article publié (Voir The Effect of Open Access).