Ensino de Geociências na universidade

Autores/as

  • Umberto G Cordani Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências
  • Marcia Ernesto Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
  • Maria Assunção F. da Silva Dias Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
  • Elisabete de Santis B. G. Saraiva Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico
  • Fernando F. de Alkmim Universidade Federal de Ouro Preto. Instituto de Geociências
  • Carlos Alberto Mendonça Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas
  • Rachel Albrecht Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

DOI:

https://doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0020

Palabras clave:

Geologia, Meteorologia, Geofísica, Oceanografia, Ensino de Graduação, Pesquisa em Geociências

Resumen

No Brasil colonial, apesar de intensa atividade mineira na busca de ouro e diamantes, não houve práticas geocientíficas relevantes. No século XIX ocorreram diversas explorações geológicas, das quais resultou uma vasta contribuição escrita. Além disso foram criadas importantes instituições, como o Observatório Nacional, o Serviço Meteorológico, o Observatório Magnético de Vassouras e a Escola de Minas de Ouro Preto em 1876. O ensino formal de Geociências no Brasil foi iniciado apenas em 1957, com a Campanha de Formação de Geólogos (CAGE), que criou e forneceu recursos materiais e humanos para quatro cursos de graduação em Geologia. Na Meteorologia a graduação se iniciou em 1963, na Oceanografia em 1971, e na Geofísica em 1983. Atualmente, 47 universidades brasileiras oferecem 71 cursos de graduação nas Geociências. Há 33 cursos de Geologia, três de Engenharia Geológica, 14 de Meteorologia, 13 de Oceanografia e 8 de Geofísica. Há no Brasil 57 programas de pós-graduação em Geociências, 13 dos quais considerados de excelência, indicando que a situação atual da área é de consolidação e maturidade. Geólogos e geofísicos foram absorvidos, em sua maioria, pelas atividades de mapeamento geológico, exploração mineral e de petróleo. Meteorologistas dedicaram-se ao monitoramento meteorológico e climático, e também a projetos de energia hidroelétrica, eólica e solar. Na Oceanografia, os formados atuaram em órgãos relacionados com ambiente, agricultura e no Ministério da Marinha. Quanto à pesquisa, as ciências atmosféricas e oceanográficas são de grande relevância global, no estudo das mudanças climáticas e o aquecimento global. Por sua vez, o maior desafio de geólogos e geofísicos é o de melhorar do conhecimento do território brasileiro, na escala local ou regional.

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Biografía del autor/a

  • Umberto G Cordani, Universidade de São Paulo. Instituto de Geociências

    é professor do Instituto de Geociências da USP. Foi diretor do Instituto de Estudos Avançados da USP

  • Marcia Ernesto, Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

    é professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

  • Maria Assunção F. da Silva Dias, Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

    é professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

  • Elisabete de Santis B. G. Saraiva, Universidade de São Paulo. Instituto Oceanográfico

    é professora do Instituto Oceanográfico da USP.

  • Fernando F. de Alkmim, Universidade Federal de Ouro Preto. Instituto de Geociências

    é professor do Instituto de Geociências da Universidade Federal de Ouro Preto.

  • Carlos Alberto Mendonça, Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

    é professor do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

  • Rachel Albrecht, Universidade de São Paulo. Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas

    é professora do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da USP.

Publicado

2018-12-13

Número

Sección

Ensino de ciências

Cómo citar

Cordani, U. G., Ernesto, M., Dias, M. A. F. da S., Saraiva, E. de S. B. G., Alkmim, F. F. de, Mendonça, C. A., & Albrecht, R. (2018). Ensino de Geociências na universidade. Estudos Avançados, 32(94), 309-330. https://doi.org/10.1590/s0103-40142018.3294.0020