Os impostos sobre consumo no Brasil são regressivos?

Autores

  • Rozane Bezerra de Siqueira Universidade Federal de Pernambuco. Departamento de Economia. Grupo de Economia do Setor Público
  • Jose Ricardo Nogueira Universidade Federal de Pernambuco. Departamento de Economia. Grupo de Economia do Setor Público
  • Evaldo Santana de Souza Universidade Federal de Pernambuco. Departamento de Economia. Grupo de Economia do Setor Público

DOI:

https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea145208

Palavras-chave:

imposto sobre consumo, despesa, carga tributária

Resumo

Seguindo sugestão da teoria economica e da prática da mensuração de bem-estar de famílias, este trabalho adota a despesa total com consumo como a base mais apropriada para avaliar a equidade dos impostos sobre consumo no Brasil. Os resultados mostram que, apesar da estrutura das alíquotas efetivas desses impostos ser altamente diferenciada, a carga tributária é distribuída quase que proporcionalmente entre as famílias. Isso significa que a substituição da estrutura atual de alíquotas por um sistema com alíquota uniforme sobre todos os bens e serviços seria aproximadamente neutra do ponto de vista distributivo.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Blundell, R. e Preston, I. Income or consumption in the measurement of inequality and poverty? Working Papers Series W94/12, Londres: Institute for Fiscal Studies, 1994.

Blundell, R. e Preston, I. Income expenditure and the living standards of UK households. Fiscal Studies, v. 16, n. 3,1995.

Greedy, J. Are consumption taxes regressive? Australian Economic Review, v. 31, n. 2, 1998.

Deaton, A. The analysis of household surveys: microeconometric analysis for development policy. Baltimore: The Johns Hopkins University Press, 1997.

Eris, I. et al. A distribuição de renda e o sistema tributário no Brasil. In: Eris, C. et al, Finanças públicas. São Paulo: Pioneira, 1983.

Feenberg, D. et al. Distributional effects of adopting a national retail sales tax. NBER Working Paper n.5885, Cambridge, Massachusetts: NBER, 1998.

Goodman, A. e Webb, S. The distribution of household expenditure in the UK 1979-1992. Fiscal Studies, v.16, n. 3, 1995.

Henstschel, J. e Lanjouw, P. Constructing an indicator of consumption for the analysis of poverty. LSMS Working Paper, n. 124, The World Bank, 1996.

IBGE. Matriz de insumo-produto - Brasil 1995. Rio de Janeiro, 1997a.

IBGE. Pesquisa de orçamentos familiares 1995-1996. Rio de Janeiro, 1997b.

Poterba, J. Lifetime incidence and the distributional burden of excise taxes. American Economic Review, v. 79, 1989.

Siqueira, R. Redistributive effects of alternative indirect tax reforms for Brazil. Revista de Economia Aplicada, v. 1, n. 3, p. 349-371, jul./set. 1997.

Siqueira, R. e Nogueira, J. R. Avaliando programas altemativos de garantia de renda mínima para o Brasil: uma abordagem de microssimulação, Anais do XXVIII Encontro Nacional de Economia - ANPEC, 2000 (a sair). Disponível em http://www.decon.ufpe.br/anpec2000.zip.

Siqueira, R. et alii. Analise da incidência final dos impostos indiretos no Brasil. Anais da Anpec, v. 3, Vitória, 1998.

Siqueira, R. et alii. A incidência final dos impostos indiretos no Brasil; efeitos da tributação de insumos. Revista Brasileira de Economia, 2001 (a sair).

Downloads

Publicado

2023-10-20

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Os impostos sobre consumo no Brasil são regressivos?. (2023). Economia Aplicada, 4(4), 705-722. https://doi.org/10.11606/1980-5330/ea145208