A despesa familiar e os preços dos alimentos como determinantes do consumo alimentício no nordeste brasileiro
DOI:
https://doi.org/10.11606/1980-53571815pmResumo
Análises anteriores sobre o consumo alimentício brasileiro usando informações do ENDEF, apresentam limitações devido ao uso de dados agregados, visto que podem confundir diferenças regionais de preços com diferenças de hábitos de consumo, por não considerar o tamanho familiar. Funções de consumo estimados somente para o Nordeste, distinguindo áreas metropolitanas das rurais, e baseadas em observações individuais, permitem conclusões mais razoáveis sobre a resposta da família pobre ante mudanças na renda ou nos preços dos alimentos. Tais estimações são essenciais para avaliar o consumo adicional provocado por programas de assistência alimentar, nunca medido diretamente. Os pobres resultam ser mais sensíveis a aumentos de renda ou transferências do que se supunha portanto, mais fáceis de receber ajuda, sempre que esta for concentrada nos mais pobres. A tendência a melhorar a qualidade da dieta, antes mesmo de consumir o suficiente em calorias, é mais forte na área urbana. A sensibilidade aos preços - portanto, o impacto potencial de subsídios - está concentrado nos graos básicos, particularmente no arroz.
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