Análise empírica do endividamento externo brasileiro em moeda
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-53571923jsdPalavras-chave:
Dívida externa, Política monetária, Empréstimos externos, Capitais externosResumo
O objetivo deste trabalho é analisar os determinantes do endividamento externo do Brasil. Adicionalmente, procura-se avaliar as relações existentes entre a política monetária e a dívida externa. As estimativas são feitas para o período
de 1974 a 1982, de forma global e também desagregadas entre os setores privado e público. O modelo utilizado é do tipo portfolio e consiste na adaptação do modelo de Kouri e Porter &s particularidades da economia brasileira. Constato-se que a mobilidade de capitals entre o Brasil e o exterior foi menos do que perfeita. Os fluxos de capitals neutralizaram apenas parcialmente a política monetária, dando margem & formulação de uma política monetária relativamente independente. Verificou-se que o endividamento externo total em moeda mantém uma relação estatisticamente significativa com a taxa de juros interna e com o custo esperado das operações de crédito externo. Relações semelhantes se verificam para o endividamento extemo do setor privado e do setor público. Assim, podemos conduir que estímulos de mercado são relevantes nas decisões dos dois setores quanto à escolha entre empréstimos internos ou externos para o fi nanciamento de suas atividades.
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