Padrões de inovação na indústria de transformação brasileira: uma análise exploratória a partir de dados da PINTEC Semestral 2021
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-53575525mrjjmPalavras-chave:
Padrões de inovação, Indústria de transformação, Pesquisa de inovação, Aprendizado de máquina não supervisionadoResumo
Este artigo analisa os padrões de esforço e desempenho inovativo na indústria de transformação brasileira a partir dos dados da Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC) semestral de 2021. A análise, de caráter exploratório, propõe uma metodologia para clusterização de setores mediante o uso de técnicas de aprendizado de máquina não supervisionado. O exercício resultou na identificação de quatro agrupamentos de setores da indústria de transformação que apresentam padrões diferenciados de esforço e desempenho inovativo, particularmente no tocante à sua aderência com as taxonomias de intensidade tecnológica e padrões setoriais já consagradas na literatura internacional.
Downloads
Referências
Alpaydin, Ethem. 2010. Introduction to Machine Learning. 3rd ed. Massachusetts: MIT Press.
Archibugi, Daniele. 2001. “Pavitt’s Taxonomy Sixteen Years On: A Review Article.” Economics of Innovation and New Technology 10: 415–425.
Arocena, Rodrigo, e Judith Sutz. 2000. “Looking at National Systems of Innovation from the South.” Industry and Innovation 7: 55–75.
Campos, B., e Ana Urraca-Ruiz. 2009. “Padrões Setoriais de Inovação na Indústria Brasileira. ” Revista Brasileira de Inovação 8 (1): 167–210.
Castellaci, Fulvio. 2008. “Technological Paradigms, Regimes and Trajectories: Manufacturing and Service Industries in a New Taxonomy of Sectoral Patterns of Innovation.” Research Policy 37 (6–7): 978–994.
Castellaci, Fulvio. 2009. “The Interactions between National Systems and Sectoral Patterns of Innovation: A
Cross-Country Analysis of Pavitt’s Taxonomy.” Journal of Evolutionary Economics 19: 321–347. https://doi.org/10.1007/s00191-008-0113-9.
Castro, Daniela Fernandes de. 2010. Padrões Setoriais da Inovação Tecnológica na Indústria Brasileira: Uma Análise de Cluster a Partir da PINTEC. Tese de Doutorado, Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, São Paulo.
Cavalcante, L. R. 2014. Classificações Tecnológicas: Uma Sistematização. Brasília: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Nota Técnica Diset, n. 17.
Cimoli, Mario, e Gabriel Porcile. 2011. “Learning, Technological Capabilities, and Structural Dynamics.” In The Oxford Handbook of Latin American Economics. New York: Oxford University Press.
Dangeti, Pratap. 2017. Statistics for Machine Learning. Birmingham, UK: Packt Publishing.
Edquist, Charles. 1997. Systems of Innovation: Technologies, Institutions and Organisations. London: Pinter.
European Commission. 2008. Sectoral Innovation Watch: Synthesis Report. Europe INNOVA Paper N° 8.
Fávero, Luiz Paulo. 2022. Análise de Dados: Estatística e Modelagem Multivariada com Excel, Stata, SPSS e Python. Rio de Janeiro: LTC.
Ferraz, João Carlos, e Jorge Nogueira Britto. 2020. Projeto Indicadores de Inovação e Digitalização (PIID): Avaliações e Sugestões para Medições Efetivas e Eficazes. Relatório Final. Confederação Nacional da Indústria (CNI), setembro.
Ferraz, João Carlos, Jorge Nogueira Britto, Mariana Szapiro, F. V. Silva, A. O. M. Pinheiro, F. J. M. Peixoto,
A. V. Rodrigues, e M. F. Ribeiro. 2022. “Short Period Innovation Survey: General Guidelines and the Brazilian Experience.” 26th International Conference on Science, Technology, and Innovation Indicators (STI), 7–9 September, Granada, Spain.
Furtado, André Tosi e Ruy de Quadros Carvalho. 2005. “Padrões de Intensidade Tecnológica da Indústria Brasileira: Um Estudo Comparativo com os Países Centrais. ” São Paulo em Perspectiva 19 (1): 70–84.
Gault, Fred. 2018. “Defining and Measuring Innovation in All Sectors of the Economy.” Research Policy 47 (3): 617–622.
Guido, Sarah, e Andreas Muller. 2016. Introduction to Machine Learning with Python. [S.l.]: O’Reilly Media.
Hartigan, J. A., e M. A. Wong. 1979. “Algorithm AS 136: A K-means Clustering Algorithm.” Journal of the Royal Statistical Society. Series C (Applied Statistics) 28 (1): 100–108. https://doi.org/10.2307/2346830. Acesso em 21 mar. 2023.
Hermida, Camila, e Célio Lourenço Xavier. 2012. “Competitividade da Indústria Brasileira no Período Recente de Acordo com a Taxonomia de Pavitt. ” Revista Brasileira de Inovação 11 (2): 365–396.
Hatzichronoglou, Thomas. 1997. “Revision of the High-Technology Sector and Product Classification.” Working Paper nº. 1997/2. Paris: OECD Publishing.
Hinloopen, Jeroen. 2003. “Innovation Performance across Europe.” Economics of Innovation & New Technology 12 (2): 145–161.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 2022. Pesquisa de Inovação Semestral: 2021: Indicadores Básicos / IBGE, Coordenação de Estatísticas Estruturais e Temáticas em Empresas. Rio de Janeiro: IBGE.
Jain, Anil K. 2010. “Data Clustering: 50 Years beyond K-means.” Pattern Recognition Letters 31 (8): 651–666.
https://doi.org/10.1016/j.patrec.2009.09.011. Acesso em 21 mar. 2023.
Kannebley, Sergio, Geciane Porto, e Elaine Toldo Pazello. 2005. “Characteristics of Brazilian Innovative Firms: An Empirical Analysis Based on PINTEC—Industrial Research on Technological Innovation.” Research Policy 34 (6).
Laplane, M. F., F. Sarti, R. Sabbatini, e C. Hiratuka. 2001. “El Caso Brasileño.” In El Boom de Inversión Extranjera Directa en el Mercosur, editado por Daniel Chudnovsky, 123–208. Buenos Aires: Sigloveintiuno.
Lucena, Rodrigo Milano de. 2022. “Especificidades no Padrão Setorial de Inovação em Países em Desenvolvimento: Uma Investigação para a Indústria Brasileira. ” Textos de Economia 25 (2): 1–22.
Malerba, Franco. 1992. “Learning by Firms and Incremental Technical Change.” The Economic Journal 102:
–859.
Malerba, Franco. 2002. “Sectoral Systems of Innovation and Production.” Research Policy 31: 247–264.
Malerba, Franco. 2007. “Innovation and the Dynamics and Evolution of Industries: Progress and Challenges.” International Journal of Industrial Organization 25: 675–699.
Malerba, Franco., e Luigi Orsenigo. 1997. “Technological Regimes and Sectoral Patterns of Innovative Activities.” Industrial and Corporate Change 6: 83–117.
Marques, Mabel Diz, José Eduardo Roselino, e Suelene Mascarini. 2019. “Taxonomias Tecnológicas e Setoriais da Indústria de Transformação Brasileira.” Revista Brasileira de Inovação 18 (2): 417–448.
Moura, F., Carina Nakatani-Macedo, M. Camara, e K. Maia. 2015. “Comportamento da Indústria Nacional por Segmentos de Intensidade Tecnológica em 2011: Uma Proposta Metodológica de Análise. ” Revista Brasileira de Economia de Empresas 15: 25–48.
Morettin, Pedro Alberto, e Júlio da Motta Singer. 2023. Estatística e Ciência de Dados. Rio de Janeiro: LTC. OECD/Eurostat. 2018. Oslo Manual 2018: Guidelines for Collecting, Reporting and Using Data on Innovation. 4th ed. The Measurement of Scientific, Technological and Innovation Activities. Paris: OECD Publishing. https://doi.org/10.1787/9789264304604-en.
OECD. 2011. ISIC Rev. 3 Technology Intensity Definition. OECD Directorate for Science, Technology and Industry, julho.
OECD. 2007. OECD Science, Technology and Industry Scoreboard 2007. Annex 1: “Classification of Manufacturing Industries Based on Technology,” 219–221. Paris: OECD.
Pavitt, Keith 1984. “Sectoral Patterns of Technical Change: Towards a Taxonomy and a Theory.” Research Policy 13: 343–373.
Peneder, Michael 2007. “A Sectoral Taxonomy of Educational Intensity.” Empirica 34 (3): 189–212.
Rezende, Solange Oliveira. 2005. Sistemas Inteligentes: Fundamentos e Aplicações. [S.l.]: Manole.
Robson, M., J. Townsend, e K. Pavitt. 1988. “Sectoral Patterns of Production and Use of Innovations in the UK: 1945–1983.” Research Policy 17 (1): 1–14.
Silva, C. F., e W. Suzigan. 2014. “Padrões Setoriais de Inovação da Indústria de Transformação Brasileira. ” Estudos Econômicos 44 (2): 277–321.
Tan, Pang-Ning, Michael Steinbach e Vipin Kumar. 2014. Introduction to Data Mining. [S.l.]: Pearson.
Townsend, J., F. Henwood, G. Thomas, K. Pavitt, e S. Wyatt. 1981. Innovations in Britain since 1945. Occasional Paper n. 16. Science Policy Research Unit, University of Sussex.
Yonamini, Fernanda Marie. 2011. Nova Taxonomia de Regimes Tecnológicos para o Caso de um País em Desenvolvimento como o Brasil. Tese (Doutorado em Desenvolvimento Econômico), Universidade Federal do Paraná, Curitiba.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2025 Marco Antonio Vargas, Rafael Ribeiro Macharete, Jorge Nogueira de Paiva Britto, João Carlos Ferraz, Marina Honório de Souza Szapiro

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
A submissão de artigo autoriza sua publicação e implica o compromisso de que o mesmo material não esteja sendo submetido a outro periódico.
A revista não paga direitos autorais aos autores dos artigos publicados.
Atualizado em 14/08/2025