Dimensões demográficas das disparidades salariais: uma abordagem de fronteira estocástica para o mercado de trabalho na cidade de São Paulo (Brasil)
DOI:
https://doi.org/10.1590/1980-53575511lpadPalavras-chave:
Sub-remuneração, Fronteira estocástica, DemografiaResumo
Este estudo investiga disparidades salariais para 6,34 milhões de trabalhadores da cidade de São Paulo (Brasil) durante os anos de 2018 a 2020, utilizando métodos de Fronteira Estocástica para estimar mudanças nos níveis de sub-remuneração em diferentes dimensões demográficas. Os resultados indicam que reduzir a lacuna de sub remuneração tem o potencial de resultar em um aumento salarial médio de 1,12 vezes, com uma variação de 1,02 a 5,65 vezes dentro da amostra. Além disso, os resultados destacam níveis mais baixos de sub-remuneração entre trabalhadores brancos e do sexo masculino, enquanto trabalhadores migrantes e aqueles com deficiências relatadas tendem a vivenciar níveis mais altos de sub-remuneração. Além disso, o estudo revela uma tendência de diminuição dos salários potenciais ao longo do tempo, marcada por uma redução acentuada de -19,34% em 2020, principalmente atribuída ao impacto do surto de COVID-19. Simultaneamente, há uma redução notável na média de sub-remuneração, com uma diminuição substancial ocorrendo em 2019. Em conclusão, esta pesquisa avança a literatura existente ao utilizar modelos de Fronteira Estocástica para avaliar a sub-remuneração e fornece insights valiosos sobre as dinâmicas intricadas das disparidades salariais - uma questão crítica que desempenha um papel fundamental no desenvolvimento socioeconômico.
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Atualizado em 02/08/2024