Liberalização da conta de capitais e inflação: a experiência brasileira no período pós-real

Autores

  • Helder Ferreira de Mendonça Universidade Federal Fluminense Autor
  • Manoel Carlos de Castro Pires Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada. Coordenacao de Financas Publicas Autor

DOI:

https://doi.org/10.1590/S0101-41612006000100007

Palavras-chave:

inflação, liberalização financeira, credibilidade

Resumo

Nos anos 1990 desenvolveu-se a idéia de que a liberalização da conta de capitais seria capaz de disciplinar a condução da política monetária para a busca da estabilidade de preços. Com base neste argumento é feito um desenvolvimento para o modelo Gruben e McLeod (2001) por meio da inclusão da dinâmica da dívida pública como uma restrição à função utilidade da autoridade monetária. Ademais, é feita uma análise empírica para o caso brasileiro no período posterior à introdução do Plano Real (por meio da aplicação de VAR) com o objetivo de avaliar se o aumento da liberalização da conta de capitais contribuiu para a estabilidade de preços. Os resultados encontrados sugerem que uma redução na liberalização da conta de capitais é capaz de atenuar a pressão inflacionária e que a duração deste efeito depende do regime de câmbio em vigor.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

Agénor, P.; Montiel, P. Development macroeconomics. New Jersey: Princeton University

Press, 1996.

Barro, R. J.; Gordon, D. Rules, discretion and reputation in a model of monetary

policy. Journal of Monetary Economics, 12, North-Holland, p. 101-121, 1983.

Bartolini, L.; Drazen, A. Capital account liberalization as a signal. The American

Economic Review, v. 87, n. 1, p. 138-154, March 1997.

Berger, H.; Haan, J. de; Eijffinger, S. C. W. Central bank independence: an update

of theory and evidence. Journal of Economic Surveys, v. 15, n. 1, p. 3-40, 2001.

Boyd, J. H.; Smith, B. D. Capital market imperfections, international credit markets

and nonconvergence. Journal of Economic Theory, v. 73, n. 2, p. 335-364, 1997.

Calvo, G. A.; Reinhart, C. Fear of floating. The Quarterly Journal of Economics, v. 117, n. 2, p. 379-408, 2002.

Cardoso, E.; Goldfajn, I. Capital flows to Brazil: the endogeneity of capital controls. IMF working paper nº 115, September 1997.

Chinn, M.; Ito, H. Capital account liberalization, institutions and financial development: cross country evidence. NBER, n. 8967, June 2002.

Cukierman, A. Central bank independence and monetary control. The Economic Journal, v. 104, n. 1, p. 437-448, November 1994.

Dornbusch, R. Capital controls: an idea whose time is past. In: Kenen, P. (ed.), Should

the IMF pursue capital account convertibility? Princeton Essays in International Finance, n. 207. Princeton University Press, 1998.

Drazen, A. Political economy in macroeconomics. Princeton University Press, 2000.

Edwards, S. Capital mobility and economic performance: are emerging economies different? NBER, n. 8076, January 2001.

Eichengreen, B. International monetary arrangements for the 21st century. Washington,

D.C.: The Brookings Institution, 1994.

Eichengreen, B; Tobin, J.; Wyplosz, C. Two cases for sand in the wheels of international

finance. The Economic Journal, v. 105, n. 428, p. 162-172, January 1995.

Enders, W. Applied econometric time series. John Wiley & Sons, 1995.

Fischer, S. Exchange rate regimes: is the bipolar view correct? Journal of Economic Perspective, XV, p. 3-24, 2001.

Frankel, J. No single currency regime is right for all countries or at all times. NBER Working Paper 7338, 1999.

Friedman, M. The role of monetary policy. American Economic Review, p. 1-17, March

Gruben, W.; McLeod, D. Capital account liberalization and inflation. Economics Letters, v. 77, n. 2, p. 221-225, 2002.

Gruben, W.; McLeod, D. Capital account liberalization and disinflation in the 1990s. Federal Reserve Bank of Dallas, Center for Latin American Economics, Working Paper 0101,

Kim, W. Does capital account liberalization discipline budget deficit? Review of International

Economics, v. 11, n. 5, November 2003 (forthcoming).

Kydland, F. E.; Prescott, E. C. Rules rather than discretion: the inconsistency of optimal plans. Journal of Political Economic, v. 85, n. 3, p. 473-492, 1977.

Levy-Yeyati, E.; Sturzenegger, f. Classifying exchange rate regimes: deeds versus words.

Universitá Torcuato Di Tella, 2002.

Lourenço, R. F. Regimes cambiais: panorama geral desde as crises nas economias

de mercado emergente em meados dos anos 90. Boletim Econômico. Banco de Portugal, p. 129-144, setembro 2004.

Maddala, G. S.; Kim, I. M. Unit roots, cointegration and the structural change. Cambridge

University Press, 1998.

Obstfeld, M.; Taylor, A. M. The great depression as a watershed: international capital

mobility over the long run. In: Bordo, M.; Goldin, C.; White, E. (eds), The defining

moment: the great depression and the American economy in the twentieth

century. Chicago: University of Chicago Press, 1998, p. 353-402.

Reinhart, C. M. The mirage of floating exchange rates. The American Economic Review,

v. 90, n. 2, p. 65-70, May 2000.

Rodrik, D. Who needs capital account convertibility? In: Kenen, P. (ed.), Should

the IMF pursue capital account convertibility? Princeton Essays in International Finance, n. 207. Princeton University Press, 1998.

Rogoff, K. The optimal degree of commitment to an intermediate monetary target.

The Quarterly Journal of Economics, p. 1169-1189, November 1985.

Veríssimo, M. P. Fluxos de portfólio para o Brasil no período 1995-2002: uma análise

de vetores auto-regressivos e de causalidade. Instituto de Economia, UFU, Fevereiro 2004.

Vieira, F.; Holland, M. Country risk endogeneity, capital flows and capital controls in

Brazil. Revista de Economica Política, v. 23, n. 1 (89), p. 12-38, jan-mar 2003.

Williamson, J. Exchange rate regimes for emerging markets: reviving the intermediate

option. Policy Analyses in International Economics 60. Washington, DC: Institute for International Economics, September 2000.

Downloads

Publicado

01-03-2006

Edição

Seção

Não definida

Como Citar

Mendonça, H. F. de, & Pires, M. C. de C. (2006). Liberalização da conta de capitais e inflação: a experiência brasileira no período pós-real . Estudos Econômicos (São Paulo), 36(1), 149-179. https://doi.org/10.1590/S0101-41612006000100007