Liberalização da conta de capitais e inflação: a experiência brasileira no período pós-real
DOI:
https://doi.org/10.1590/S0101-41612006000100007Palavras-chave:
inflação, liberalização financeira, credibilidadeResumo
Nos anos 1990 desenvolveu-se a idéia de que a liberalização da conta de capitais seria capaz de disciplinar a condução da política monetária para a busca da estabilidade de preços. Com base neste argumento é feito um desenvolvimento para o modelo Gruben e McLeod (2001) por meio da inclusão da dinâmica da dívida pública como uma restrição à função utilidade da autoridade monetária. Ademais, é feita uma análise empírica para o caso brasileiro no período posterior à introdução do Plano Real (por meio da aplicação de VAR) com o objetivo de avaliar se o aumento da liberalização da conta de capitais contribuiu para a estabilidade de preços. Os resultados encontrados sugerem que uma redução na liberalização da conta de capitais é capaz de atenuar a pressão inflacionária e que a duração deste efeito depende do regime de câmbio em vigor.Downloads
Referências
Agénor, P.; Montiel, P. Development macroeconomics. New Jersey: Princeton University
Press, 1996.
Barro, R. J.; Gordon, D. Rules, discretion and reputation in a model of monetary
policy. Journal of Monetary Economics, 12, North-Holland, p. 101-121, 1983.
Bartolini, L.; Drazen, A. Capital account liberalization as a signal. The American
Economic Review, v. 87, n. 1, p. 138-154, March 1997.
Berger, H.; Haan, J. de; Eijffinger, S. C. W. Central bank independence: an update
of theory and evidence. Journal of Economic Surveys, v. 15, n. 1, p. 3-40, 2001.
Boyd, J. H.; Smith, B. D. Capital market imperfections, international credit markets
and nonconvergence. Journal of Economic Theory, v. 73, n. 2, p. 335-364, 1997.
Calvo, G. A.; Reinhart, C. Fear of floating. The Quarterly Journal of Economics, v. 117, n. 2, p. 379-408, 2002.
Cardoso, E.; Goldfajn, I. Capital flows to Brazil: the endogeneity of capital controls. IMF working paper nº 115, September 1997.
Chinn, M.; Ito, H. Capital account liberalization, institutions and financial development: cross country evidence. NBER, n. 8967, June 2002.
Cukierman, A. Central bank independence and monetary control. The Economic Journal, v. 104, n. 1, p. 437-448, November 1994.
Dornbusch, R. Capital controls: an idea whose time is past. In: Kenen, P. (ed.), Should
the IMF pursue capital account convertibility? Princeton Essays in International Finance, n. 207. Princeton University Press, 1998.
Drazen, A. Political economy in macroeconomics. Princeton University Press, 2000.
Edwards, S. Capital mobility and economic performance: are emerging economies different? NBER, n. 8076, January 2001.
Eichengreen, B. International monetary arrangements for the 21st century. Washington,
D.C.: The Brookings Institution, 1994.
Eichengreen, B; Tobin, J.; Wyplosz, C. Two cases for sand in the wheels of international
finance. The Economic Journal, v. 105, n. 428, p. 162-172, January 1995.
Enders, W. Applied econometric time series. John Wiley & Sons, 1995.
Fischer, S. Exchange rate regimes: is the bipolar view correct? Journal of Economic Perspective, XV, p. 3-24, 2001.
Frankel, J. No single currency regime is right for all countries or at all times. NBER Working Paper 7338, 1999.
Friedman, M. The role of monetary policy. American Economic Review, p. 1-17, March
Gruben, W.; McLeod, D. Capital account liberalization and inflation. Economics Letters, v. 77, n. 2, p. 221-225, 2002.
Gruben, W.; McLeod, D. Capital account liberalization and disinflation in the 1990s. Federal Reserve Bank of Dallas, Center for Latin American Economics, Working Paper 0101,
Kim, W. Does capital account liberalization discipline budget deficit? Review of International
Economics, v. 11, n. 5, November 2003 (forthcoming).
Kydland, F. E.; Prescott, E. C. Rules rather than discretion: the inconsistency of optimal plans. Journal of Political Economic, v. 85, n. 3, p. 473-492, 1977.
Levy-Yeyati, E.; Sturzenegger, f. Classifying exchange rate regimes: deeds versus words.
Universitá Torcuato Di Tella, 2002.
Lourenço, R. F. Regimes cambiais: panorama geral desde as crises nas economias
de mercado emergente em meados dos anos 90. Boletim Econômico. Banco de Portugal, p. 129-144, setembro 2004.
Maddala, G. S.; Kim, I. M. Unit roots, cointegration and the structural change. Cambridge
University Press, 1998.
Obstfeld, M.; Taylor, A. M. The great depression as a watershed: international capital
mobility over the long run. In: Bordo, M.; Goldin, C.; White, E. (eds), The defining
moment: the great depression and the American economy in the twentieth
century. Chicago: University of Chicago Press, 1998, p. 353-402.
Reinhart, C. M. The mirage of floating exchange rates. The American Economic Review,
v. 90, n. 2, p. 65-70, May 2000.
Rodrik, D. Who needs capital account convertibility? In: Kenen, P. (ed.), Should
the IMF pursue capital account convertibility? Princeton Essays in International Finance, n. 207. Princeton University Press, 1998.
Rogoff, K. The optimal degree of commitment to an intermediate monetary target.
The Quarterly Journal of Economics, p. 1169-1189, November 1985.
Veríssimo, M. P. Fluxos de portfólio para o Brasil no período 1995-2002: uma análise
de vetores auto-regressivos e de causalidade. Instituto de Economia, UFU, Fevereiro 2004.
Vieira, F.; Holland, M. Country risk endogeneity, capital flows and capital controls in
Brazil. Revista de Economica Política, v. 23, n. 1 (89), p. 12-38, jan-mar 2003.
Williamson, J. Exchange rate regimes for emerging markets: reviving the intermediate
option. Policy Analyses in International Economics 60. Washington, DC: Institute for International Economics, September 2000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2006 Helder Ferreira de Mendonça, Manoel Carlos de Castro Pires

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial 4.0 International License.
A submissão de artigo autoriza sua publicação e implica o compromisso de que o mesmo material não esteja sendo submetido a outro periódico.
A revista não paga direitos autorais aos autores dos artigos publicados.