Esforço inovativo e desempenho exportador: evidências para Brasil, Índia e China

Autores

  • Ana Paula Macedo Avellar Universidade Federal de Uberlândia Autor
  • Luciana Carvalho Universidade Federal de Uberlândia Autor

Palavras-chave:

Inovação, Exportação, Brasil, Índia e China

Resumo

O objetivo do artigo é realizar uma investigação empírica acerca da relação entre esforço inovativo e desempenho exportador para uma amostra de empresas industriais do Brasil, Índia e China. Foram utilizados dados por empresa organizados pelo World Bank Investment Climate Survey de 2002 e 2003 e estimados modelos probabilísticos. Os resultados encontrados para os três países sugerem que o esforço inovativo, medido por novos produtos, gastos em P&D, índice de tecnologia e cooperação, aumenta a probabilidade das empresas exportarem. Ademais, para as amostras de empresas de todos os países a participação de capital estrangeiro e os gastos com máquinas e equipamentos aumentam a probabilidade de exportarem. Contudo, nota-se que para as empresas do Brasil, Índia e China, a relação entre esforço inovativo e desempenho exportador é mais tênue do que a observada para empresas de países desenvolvidos.

 

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ARBIX, G., SALERNO, M., DE NEGRI, J. A. O impacto da Internacionalização com foco na inovação tecnológica sobre as exportações das firmas brasileiras. DADOS – Revista de Ciências Sociais, Rio de Janeiro, Vol. 48, n. 1, pp. 395-442, 2005.

BANCO MUNDIAL. Enterprise Survey – China. Banco Mundial, 2002.

BANCO MUNDIAL. Enterprise Survey – Brasil. Banco Mundial, 2003a.

BANCO MUNDIAL. Enterprise Survey – Índia. Banco Mundial, 2003b.

BASILE, R. Export behavior of Italian manufacturing firms over the nineties: the role of innovation. Research Policy, 30, pp. 1185-1201, 2001.

BAUM, C. F. An Introduction to Modern Econometrics Using Stata. Stata Press Publication, 2006.

BLEANEY, M.; WAKELIN, K. Efficiency, innovation and exports. Oxford Bulletin of Economics and Statistics, 64, 3, 2002.

CAMERON, A. C.; TRIVEDI, P. K. Microeconomics Using Stata. Stata Press Publication, 2009.

CASSIMAN, B.; GOLOVKO, E. Innovation and internationalization through exports. Journal of

International Business Studies, 42, pp. 56-75, 2011.

COUTINHO, L; HIRATUKA, C.; SABBATINI, R. O desafio da construção de uma inserção externa

dinamizadora. Texto produzido para o Seminário Brasil em desenvolvimento, 2003.

DAMIJAN, J. P.; KOSTEVC, C.; POLANEC, S. From Innovation to Exporting or Vice Versa? The

World Economy, pp. 374-398, 2010.

DE NEGRI, F. Inovação Tecnológica e Exportações das Firmas Brasileiras. Anais do XXXIII Encontro Nacional de Economia – Anpec. Natal, 2005.

DE NEGRI, J. A.; ACIOLY, L. Novas evidências sobre os determinantes do investimento externo na indústria de transformação brasileira. Brasília. Texto para discussãon.1019. Brasília: IPEA, 2004.

DE NEGRI, J. A.; FREITAS, F. Inovação tecnológica, eficiência de escala e exportações brasileiras. Texto para Discussão. 1044. Brasília: IPEA, 2004.

DOSI, G.; PAVITT, K, e SOETE, L. G. The Economics of Technical Change and international Trade, London: Harvester Wheatsheaf, 1990.

GANOTAKIS, P.; LOVE, J. H. R&D, product innovation, and exporting: evidence from UK new technology based firms. Oxford Economic Papers, 2010.

GREENE, W. H. Econometric analysis. New Jersey: Prentice Hall, 5. ed., 2003.

GROSSMAN, G. M.; HELPMAN, E. Technology and Trade. In: GROSSMAN, C.; ROGOFF, K. The

Handbook of International Economics, vol. iii, Elsevier Science, 1995.

GUAN, J.; MA, N. Innovative capability and export performance of Chinese firms. Technovation, 23, pp.737-747, 2003.

HIRSCH, S.; BIJAOUI, E.I. R&D Intensity and Export Performance: A Micro View. Weltwirtschaftliches Archiv 121 (2), pp. 238-251, 1985.

KONGMANILA, X; TAKAHASHI, Y. Inter-Firm Cooperation and Firm Performance: An Empirical Study of the Lao Garment Industry Cluster. International Journal of Business and Management, 2005.

KRUGMAN, P. “Industrial organization and international trade”. In:SCHMALENSEE, R.; WILLIG, R. (orgs.), Handbook of Industrial Organization, v.ii, North-Holland: Elsevier Science Publishers, 1989.

KUMAR, N.; SIDDARTHAN, N. S. Technology, Firm Size and Export Behavior in Developing Countries: the case of Indian Enterprises. The Journal of Development Studies, 31, 2, pp. 289-309, 1994.

KUPFER, D.; ROCHA, F. Determinantes Setoriais do Desempenho das Empresas Industrias Brasileiras. In: DE NEGRI, J.; SALERNO, M. (Orgs.) Inovações, Padrões Tecnológicos e Desempenho das Firmas Industriais Brasileiras. Brasília: IPEA, 2005.

LACHENMAIER, S.; WOβMANN, L. Does innovation cause exports? Evidence from exogenous

innovation impulses and obstacles using German micro data. Oxford Economic papers, 58, pp.

-350, 2006.

LALL, S. Learning to industrialize. Basingstoke (UK): MacmillanPress, 1987.

LALL, S. Technological capabilities and industrialization. World Development, 20, 165–186, 1992.

LALL, S. The technological structure and performance of developing country manufactured exports, 1985-1998. QEH Working Paper Series, n. 44, 2000.

PAVITT, K. Sectoral patterns of technical change: towards a taxonomy and a theory. Research Policy, v. 13, 1984.

POSNER, M. International trade and technical change. Oxford Economic Papers 30, 1961.

STERLACCHINI, A. Do innovative activities matter to small firms in non-R&D intensive industries? An application to export performance. Research Policy, 28, pp. 819-832, 1999.

TEECE, D.J. Firm organization, industrial structure, and technological innovation. Journal of Economic Behavior & Organization, Vol. 31, 193-224. 1996.

TOMIURA, E. Effects of R&D and networking on the export decision of Japanese firms. Research Policy 26, pp.758-767, 2007.

VERNON, R. International investment and international trade in the product cycle. Quarterly Journal of Economics, n. 83, 1966.

WAKELIN, K. Innovation and export behavior at the firm level. Research Policy, 26, pp. 829-841, 1998.

WIGNARAJA, G. FDI and Innovation as Drivers of Export Behavior: Firm-level Evidence from East Asia. Working Paper Series, United Nations University – MERIT, 2008-061, pp.01-27, 2008.

WIGNARAJA, G. Innovation, learning, and exporting in China: Does R&D or a technology index

matter? Journal of Asian Economics, 2011.

WOOLDRIDGE, J. M. Econometric Analysis of Cross Section and Panel Data. The MIT Press, 2010.

XAVIER. C. L.; AVELLAR, A. P.; CUNHA, S. F. Desempenho das Exportações da Indústria Intensiva em P&D: comparação entre o Brasil e países selecionados no período 1994-2005. Revista Brasileira

de Inovação, Rio de Janeiro. pp.409-443, 2008.

ZUCOLOTO, G. F.; TONETO JUNIOR, R. Esforço tecnológico da indústria de transformação brasileira uma comparação com países selecionados. Revista de Economia Contemporânea, Rio de Janeiro, 9(2): 337-365, mai./ago. 2005.

Downloads

Publicado

30-09-2013

Edição

Seção

Artigo

Como Citar

Avellar, A. P. M., & Carvalho, L. (2013). Esforço inovativo e desempenho exportador: evidências para Brasil, Índia e China. Estudos Econômicos (São Paulo), 43(3), 499-524. https://revistas.usp.br/ee/article/view/40277