O fluxo de capital para as economias emergentes e o grau de desenvolvimento do sistema financeiro
DOI:
https://doi.org/10.1590/0101-416147212kamPalavras-chave:
economias emergentes, fluxo de capital, parada súbita, desenvolvimento do sistema financeiro domésticoResumo
O presente artigo tem como objetivo analisar o papel do sistema financeiro doméstico como mitigador de eventos de paradas súbitas e condicionante de fluxos de capital de um grupo de 14 economias emergentes no período de 1999-2013 em especial em face de cenários externos desfavoráveis como aumento dos juros internacionais e aversão ao risco global. Os países analisados – Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Indonésia, Malásia, México, Peru, Filipinas, Rússia, África do Sul, Tailândia, Turquia e Ucrânia, representavam em agosto de 2014 aproximadamente 80% do índice EMBIPLUS e 60% do índice EMBIGLOBAL. Procurou-se distinguir o efeito sobre diversos tipos de fluxos de capital: Fluxo de entrada de Investimento Estrangeiro Direto, Fluxo de entrada de Investimento em Carteira e Fluxo Líquido, com análise de robustez para período desde 1990 e aumento do número de países emergentes. O resultado suporta evidências que o fortalecimento do sistema financeiro doméstico propicia aumento dos fluxos de entrada de capital diminuindo a probabilidade de ocorrência de parada súbita. Estimativas também destacam o papel dos fundamentos domésticos, tão importantes quanto os fatores globais nos condicionantes de fluxo de capital e na ocorrência paradas súbitas. Este fato motiva políticas públicas que incentivem o fortalecimento e desenvolvimento do sistema financeiro doméstico nos países emergentes, e ressalta o papel dos governos na captação de recursos externos.
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