Uma análise dos aspectos religiosos e das simbologias presentes na Leyenda “A rosa da paixão”, de Gustavo Adolfo Bécquer
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2447-9748.v3i1p112-119Palabras clave:
Gustavo Adolfo Bécquer, Leyendas, Religiosidade, Século XIXResumen
A presente pesquisa tem como foco a realização de um estudo sobre uma Leyenda do escritor espanhol Gustavo Adolfo Bécquer, intitulada “A rosa da paixão” (1864). Para além dos aspectos sobrenaturais e místicos tão presentes no autor será possível ainda perceber nesta investigação as acepções do universo religioso em um enredo em que a simbologia da rosa deflagra diferentes oposições entre os signos de vida e morte. A fortuna crítica aplicada neste levantamento visa salientar pontos importantes sobre o autor em relação ao período artístico e literário observado na Espanha do século XIX, sendo utilizada a leitura e análise crítica de autores como Jean Canavaggio, Maria Alcalá, Pascual Izquierdo e Manuel Montecinos Caro. A Leyenda “A rosa da paixão” foi publicada primeiramente em Madrid no periódico “El contemporáneo” durante o ano de 1864. Este período é emblemático para muitas das transformações ocorridas na carreira do escritor. Quando chega à capital espanhola em 1854, Gustavo Adolfo Bécquer conta com apenas dezoito anos de idade, muda-se de sua cidade natal (Sevilha) tendo a intenção de desenvolver, trabalhar e publicar os seus escritos, algo que de fato consegue consumar. Entretanto, a ação da narrativa se passa na cidade de Toledo, local que recebe um foco especial em suas composições, sendo que o autor havia realizado anteriormente o projeto intitulado “História de los templos de España (1857-1858)”, obra onde fez um estudo das principais cidades, construções e espaços religiosos de seu país. Outro aspecto relevante para esta análise é o profícuo jogo de narradores que ocorre nesta e em outras Leyendas becquerianas. De maneira geral há sempre a figura da personagem que abre as histórias e pretende contar algo que lhe foi previamente transmitido, reforçando assim tanto o caráter da oralidade quanto o da verossimilhança dentro das narrativas. Desse modo, nota-se um ponto que atualiza e conduz para certos traços da modernidade introduzida por Bécquer, muitas vezes considerado um “romântico tardio” justamente por salientar características anteriores do período em que viveu ao mesmo tempo em que incorporava e utilizava-se de novos preceitos.
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Referencias
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