Da estatística educacional para a estatística: das práticas profissionais a um campo disciplinar acadêmico
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1517-97022015041876Resumo
Este artigo analisa o movimento de transformação das práticas estatísticas colocadas a serviço da educação rumo à institucionalização da estatística como disciplina científica, no período entre 1930 e 1960. Para tanto, consideram-se sobretudo os documentos contidos no arquivo da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo. A análise leva em conta os estudos de Ivor Goodson relativos aos padrões e processos de consolidação de uma rubrica acadêmica. O resultado do estudo aponta para as ações do professor Milton Rodrigues com vistas à promoção e ao deslocamento dos saberes estatísticos como método para o trabalho nas áreas da educação, da psicologia e da sociologia, em direção à estatística como campo de pesquisa, com seus próprios métodos, objetos de investigação e referências teóricas. As ações do referido professor em favor da instituição de um espaço para a formação do estatístico constituíram-se em um deslocamento significativo e concederam status de cientificidade às diversas produções nas quais a estatística era demandada. Salienta-se que, à época, a estatística, apesar de ser um conhecimento amplamente utilizado, padecia da ausência de um importante aspecto na configuração de uma disciplina acadêmica: a existência dos cursos de formação especializados, que compõem uma comunidade disciplinar.Downloads
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Publicado
2015-06-01
Edição
Seção
Artigos
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Como Citar
Da estatística educacional para a estatística: das práticas profissionais a um campo disciplinar acadêmico . (2015). Educação E Pesquisa, 41(2), 443-459. https://doi.org/10.1590/S1517-97022015041876