Os desafios e limites da inserção dos bolsistas do PIBIC – Ensino Médio no campo acadêmico
DOI:
https://doi.org/10.1590/s1678-4634201844168239Palavras-chave:
PIBIC-EM, Orientação, Campo acadêmico, Relação educação básica e superiorResumo
Neste artigo, derivado de uma pesquisa de doutorado, analisamos o processo de concretização e recontextualização do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica para o Ensino Médio (PIBIC-EM) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), por meio de entrevistas com bolsistas, orientadores e coorientadores. Para a compreensão da praxis dos orientadores, dos grupos de pesquisa e dos bolsistas, foram decisivos os conceitos de habitus, intelectual coletivo e campo acadêmico oriundos das reflexões de Bourdieu. Além disso, utilizamos o conceito de zona de desenvolvimento proximal, de Vygotsky, salientando a importância da interação de sujeitos em fases distintas de aprendizagem no campo acadêmico. No decorrer da análise, apontamos os limites e as possibilidades desse processo de inserção dos bolsistas no PIBIC-EM. A praxis dos orientadores e grupos de pesquisa foi decisiva para a formação inicial do pesquisador no Ensino Médio, a partir de questões como: escrita de projetos; escolha do tema de pesquisa; coleta de dados e análise do objeto de pesquisa; preparação para apresentação em seminários de iniciação científica; despertar dos bolsistas para a carreira acadêmica. Porém, evidenciaram-se limitadores: a terceirização da orientação para grupos de pesquisa e/ou graduandos e pós- -graduandos; o predomínio de orientações virtuais; a inexperiência e a reduzida formação dos (co)orientadores para essa função; o excesso de atividades a que estão submetidos os orientadores na universidade. Esse contexto aponta a necessidade de programas de formação de orientadores para atuar na especificidade da Educação Básica.
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