A criança surda na educação infantil bilíngue: a importância do social para a construção da linguagem
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248234024Palavras-chave:
Educação infantil, Educação de surdos, Linguagem, LibrasResumo
Fundamentando-se nas perspectivas histórico-cultural do desenvolvimento humano e bilíngue na educação da criança surda, este artigo analisa situações de interação na Língua Brasileira de Sinais (Libras), entre pares coetâneos surdos matriculados em uma turma de educação infantil e com seus professores, para observar como ocorre a apropriação dessa língua nas trocas cotidianas e a participação das crianças na rotina da turma. Como procedimento de coleta de dados, foram observadas situações de atividades dirigidas e livres em uma turma de educação infantil bilíngue para crianças surdas, tendo a Libras como primeira língua, por dois meses em três semestres consecutivos. Ainda como procedimento de coleta, as professoras da turma foram entrevistadas, bem como a coordenadora pedagógica e a diretora da instituição. Os resultados indicaram a importância da organização de ambientes educativos linguísticos de educação infantil, culturalmente preparados para o desenvolvimento de crianças surdas. As situações de interações revelaram que o aprendizado da língua de sinais acontece de modo rápido e em trocas rotineiras no contexto da turma. As interlocuções nessa língua, por sua vez, paulatinamente permitem que as crianças compartilhem conceitos e práticas comuns no cotidiano da turma.
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