Socialização de habitus: gênero e geração nas elites paulistanas
DOI:
https://doi.org/10.1590/S1678-4634202248254257porPalavras-chave:
Pierre Bourdieu, Socialização, Habitus, Elites, Gênero, GeraçãoResumo
O objetivo do artigo é trazer informações acerca da socialização de gênero em quatro gerações da elite paulistana do século XX e XXI. Trata-se da análise de dados recolhidos na pesquisa Pensamento e práticas de cultura da elite paulistana. A intenção é problematizar experiências socializadoras de homens e mulheres — hetero e homossexuais — indagando sobre as possíveis transformações das formas de hierarquia de poder nestes grupos a partir dos habitus de gênero. Os dados foram recolhidos em entrevistas e questionários, com um olhar qualitativo, aplicados em um grupo de 48 pessoas. A hipótese principal apoia-se na teoria dos capitais de Pierre Bourdieu, entre outras, e suas formas subjetivas de construção de disposições de habitus. Destaca-se, por um lado, que as gerações e o sexo das pessoas passaram por mudanças expressivas, indicando rupturas individuais e sociais com alguns padrões estabelecidos para seu sexo ou geração. Por outro lado, indica-se também a permanência de um sentido prático que continua garantindo em todas as gerações as posições de status em função de suas expertises, subjetividades e berço familiar.
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