As indicações dos organismos internacionais para as políticas nacionais de educação infantil: do direito à focalização

Autores

  • Rosânia Campos Universidade da Região de Joinville

DOI:

https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000100013

Palavras-chave:

Política pública para educação, Educação infantil, Políticas sociais, Pobreza, Organismos internacionais

Resumo

O objetivo deste artigo é analisar os discursos presentes em documentos elaborados por organismos internacionais e governos locais que orientam as políticas voltadas para a educação infantil, com base na concepção de educação como política pública, projeto de governo sob responsabilidade do Estado e direito de todos. A partir do referencial analítico de políticas desenvolvido por Roger Dale, concentramos nossas análises nos textos de diferentes documentos produzidos, sobretudo, pela UNESCO e pela UNICEF. O objetivo foi identificar as indicações desses organismos para a educação infantil e suas implicações na efetivação da política local. As análises demonstram que o deslocamento interpretativo da questão social no contexto latino-americano embasa a orientação, recorrente nos documentos, de adoção da educação infantil como estratégia de combate à pobreza e, desse modo, como uma via para promover a equidade social. A repercussão de tal indicação nas políticas locais para a educação infantil, especialmente no que concerne à universalização desse direito, é alarmante, visto que as análises apontam um movimento de ampliação de perspectivas conservadoras e excludentes que acabam reforçando a segmentação da educação das crianças menores de 6 anos.

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Publicado

2013-03-01

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

As indicações dos organismos internacionais para as políticas nacionais de educação infantil: do direito à focalização . (2013). Educação E Pesquisa, 39(1), 195-209. https://doi.org/10.1590/S1517-97022013000100013