Cartas para Nelson
resistência e memória da ditadura militar brasileira
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2318-8855.v7i7p109-130Palavras-chave:
Cartas, Ditadura Militar Brasileira, Memória, ResistênciaResumo
Joel Rufino dos Santos escreveu uma série de cartas destinadas ao seu filho Nelson enquanto esteve encarcerado pelo regime militar brasileiro entre 1972 e 1974. Foi de dentro do presídio do Hipódromo que Joel - pai, carioca, historiador, negro e militante - buscou através das correspondências, repletas de sentimentos, cores, lembranças, sonhos e histórias, manter contato com seu filho e estar presente na vida da criança, numa tentativa de superar a distância e a ausência impostas. Esta pesquisa teve como objetivo analisar as correspondências enquanto importantes registros de uma memória acerca da ditadura militar e mecanismos de resistência ao regime. Pôde-se então concluir a consolidação tanto de uma memória individual quanto coletiva, bem como da resistência através de mecanismos que garantiram a sobrevivência do preso político e da rede de sociabilidade criada dentro do cárcere. Possibilitou também a apreensão acerca do sistema repressivo consolidado pelo regime militar brasileiro, pensando especificamente na repressão à intelectualidade e aos movimentos negros. Para a compreensão das correspondências, publicadas no livro Quando eu voltei, tive uma surpresa (SANTOS, 2000), foi fundamental a leitura e análise de documentos auxiliares, tais como: entrevista concedia ao Instituto de Estudos Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas (SANTOS, 2010), livros da coleção de livros didáticos História Nova do Brasil, volume 1 (SANTOS, 1965) e volume 4 (SANTOS, 1964), os processos de prisão e soltura de Joel Rufino dos Santos – disponíveis para acesso no Arquivo do Estado de São Paulo, e o livro Zumbi (SANTOS, 1987).
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