Transcrição, notação e análise da palavra cantada
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2021.186364Palavras-chave:
Semiótica, Quantificação, Plano da expressão, Palavra cantada, MelodiaResumo
Este texto aborda o problema da metalinguagem empregada na análise do plano da expressão da palavra cantada. O ponto de vista greimasiano sobre o texto cria um objeto – o percurso gerativo de sentido –, do qual não faz parte o plano da expressão. Consequentemente, a semiótica pouco se preocupou com o desenvolvimento de uma linguagem técnica dedicada à análise do plano da expressão. Porém, assim como o plano do conteúdo pode e deve ser analisado independentemente do plano da expressão, também este pode e deve ser analisado independentemente do plano do conteúdo. Para atingir este objetivo é necessário construir uma metalinguagem cujo objeto seja o plano da expressão. Esta metalinguagem deve estar ancorada nos princípios epistemológicos do estruturalismo e, ao mesmo tempo, deve ser capaz de espelhar as coerções que a substância da expressão apresenta. Tendo como foco o plano da expressão musical, discutimos quais as características desejáveis dessa metalinguagem e mostramos porque ela deve ser fundada na matemática.
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