Intertextualidade e interdiscursividade em “Na arca: três contos inéditos do Gênesis”, de Machado de Assis

Autores

  • Paulo Sérgio de Proença Universidade de São Paulo; Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas; Departamento de Linguística

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2009.49245

Palavras-chave:

Bíblia, mito, intertextualidade, interdiscursividade, Machado de Assis

Resumo

A intertextualidade, vertente atual dos estudos machadianos, é significativa para ampliar os vínculos que existem entre Machado e o patrimônio literário a que o autor teve acesso. Há inúmeras recorrências à Bíblia que, por se multiplicarem, não podem ser ignoradas. O prestígio dessa fonte pode ser medido pelo recurso formal empregado em “Na arca”: a estilização. Pretende-se avaliar a função que o uso da Bíblia exerce no conto indicado e, então, hipóteses poderão se aplicar ao conjunto dos escritos de Machado, a partir da percepção de que a Bíblia parece ser uma fonte importante para o seu projeto literário. A Bíblia sugere, também, oportunidade para o aparecimento de mitos, do duplo e de ambiguidades, que Machado enriquece. Serão mencionadas as obras “O espelho” e Esaú e Jacó, além de outras evocadas pelas relações intertextuais. O amparo teórico principal será fornecido pelos conceitos de dialogismo e de polifonia, legado de Bakhtin, interpretados por discípulos do teórico russo, que adotaram os termos intertextualidade e interdiscursividade. Machado de Assis, com inesperados desdobramentos intertextuais e interdiscursivos, mantém instigante diálogo não somente com o legado cultural do Ocidente, mas também com os desafios sociais e políticos de seu tempo.

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Publicado

2009-12-07

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

Intertextualidade e interdiscursividade em “Na arca: três contos inéditos do Gênesis”, de Machado de Assis. (2009). Estudos Semióticos, 5(2), 37-44. https://doi.org/10.11606/issn.1980-4016.esse.2009.49245