De l'origine à la création : l'apparition du sujet comme celui qui chante

Auteurs

DOI :

https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i3p405-421

Mots-clés :

langage, mère-enfant, musique, psychanalyse, pulsion invocante

Résumé

Le sujet se constitue dans le réseau des signifiants, construit face aux affections qui entourent sa relation à l'Autre. Une partie de cette affectation est favorisée par la musicalité qui caractérise le discours de la mère, qui à la fois promeut des symbolisations dans les énoncés du bébé, et emballe également le réel de son corps dans les résonances de sa dimension vocale. Fascination qui intègre jouissance et sens, l'invoquant au langage. Dans cette perspective, le présent article se réfère à une recherche qualitative, cohérente avec une revue de la littérature narrative, dont l'objectif principal est de comprendre comment les vocalisations de l'Autre influencent la manière dont le sujet conduit sa parole, démontrant que l'entrée dans le langage se fait devant le désir de l'Autre et donc, le sujet parlant jouit aussi, d'incorporer ce désir dans sa prosodie.

##plugins.themes.default.displayStats.downloads##

##plugins.themes.default.displayStats.noStats##

Biographies de l'auteur

  • Nayara Dias Mamede, Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais

    Psicóloga. Pós-graduanda em Psicanálise na Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, MG, Brasil.

  • Claudia Aparecida de Oliveira Leite , Universidade do Estado de Minas Gerais

    Pós-doutorado em Clínica Psicanalítica do Sujeito e do Laço Social (Laboratoire Clinique Psychopatologique et Interculturelle, Université Toulouse II – Mirail. Docente do Curso de Psicologia da Universidade do Estado de Minas Gerais / Divinópolis, Belo Horizonte, MG, Brasil.

Références

Aires, S. (2005). Da quase equivalência à necessidade de distinção: significante e letra na obra de Lacan. Revista Do GEL, 2, 215–230. Recuperado de: https://revistas.gel.org.br/rg/article/view/313.

Barros, M. (2013). Uma didática da invenção. In M. Barros O livro das ignorânças. (pp. 9 15). São Paulo: Leya.

Catão, I. (2009). O bebê nasce pela boca: voz, sujeito e clínica do autismo. São Paulo: Instituto Langage.

Didier-Weill, A. (1997). Os três tempos da lei: o mandamento siderante, a injunção do supereu e a invocação musical. Rio de Janeiro: Zahar.

Didier-Weill, A. (1999). Invocações: Dionísio, Moisés, São Paulo e Freud. Rio de Janeiro: Companhia de Freud.

Didier-Weill, A. (2012). Lacan e a clínica psicanalítica. Rio de Janeiro: Contra Capa.

Dor, J. (1989). Introdução à leitura de Lacan: o inconsciente estruturado como linguagem. Porto Alegre: Artes Médicas.

Freud, S. (1996). Os chistes e sua relação com o inconsciente. In S. Freud. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. Rio de Janeiro: Imago, v. 8. (Trabalho original publicado em 1905.)

Freud, S. (1996/1950). Projeto para uma psicologia cientifica. In S. Freud. Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud. (pp. 212–264). Rio de Janeiro: Imago, v. 1. (Trabalho original publicado em 1895.)

Freud, S. (2016). Sobre a concepção das afasias: Um estudo crítico. In S. Freud. Obras Incompletas de Sigmund Freud. Belo Horizonte: Autêntica Editora, 1ª Ed. (Trabalho original publicado em 1891.)

Freud, S. (2020). As pulsões e seus destinos. In S. Freud. Obras incompletas de Sigmund Freud. Belo Horizonte: Autêntica, 1ª Ed. (Trabalho original publicado em 1915.)

Jerusalinsky, A. (2004). Como se constituem as bordas do ponto de vista da Linguagem. In A. Vorcaro, & A. M. Resende (org.). Quem fala na língua?: Sobre as patologias da fala. (pp. 107–119). Salvador: Ágalma.

Jerusalinsky, J. (2004). Prosódia e enunciação na clínica com bebês: quando a entonação diz mais do que se queria dizer. In A. Vorcaro, & A. M. Resende (org.). Quem fala na língua?: Sobre as patologias da fala. (pp. 206–228). Salvador: Ágalma.

Jerusalinsky, J. (2014). A criação da criança: Brincar, gozo e fala entre a mãe e o bebê. Salvador: Ágalma.

Kaufmann, P. (1996). Dicionário enciclopédico de psicanálise: o legado de Freud e Lacan. Rio de Janeiro: Zahar.

Lacan, J. (1967/1968). Seminário XV – O ato psicanalítico. (Inédito.)

Lacan, J. (1998). A instância da letra no inconsciente ou a razão desde Freud. In J. Lacan, Escritos (V. Ribeiro, trad., pp. 496–533). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1957.)

Lacan, J. (1998). De uma questão preliminar a todo tratamento possível da psicose In J. Lacan. Escritos (V. Ribeiro, trad., pp. 531–590). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1959.)

Lacan, J. (1998). Subversão do sujeito e dialética do desejo no inconsciente freudiano. In J. Lacan. Escritos (V. Ribeiro, trad., pp. 807–842). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1960.)

Lacan, J. (1999). O Seminário, livro 5: as formações do inconsciente (V. Ribeiro, trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar (Apresentação oral em 1957/1958.)

Lacan, J. (2003). Lituraterra In J. Lacan. Outros escritos (V. Ribeiro, trad., pp. 15–25). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Trabalho original publicado em 1971.)

Lacan, J. (2003). A identificação. Recife: Centro de Estudos Freudianos do Recife. (Trabalho original publicado em 1961/1962.)

Lacan, J. (2005). O Seminário, livro 10: a angústia (V. Ribeiro, trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Apresentação oral em 1962/1963.)

Lacan, J. (2007). O Seminário, livro 23: O sinthoma (S. Laia, trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Apresentação oral em 1975/1976.)

Lacan, J. (2008). O Seminário, livro 11: os quatro conceitos fundamentais da psicanálise (M. D. Magno, trad.). Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Apresentação oral em 1964.)

Lacan, J. (2008). O Seminário, livro 20: mais, ainda. (M. D. Magno, trad.) Rio de Janeiro: Jorge Zahar. (Apresentação oral em 1972/1973.)

Lucero, A., & Vorcaro, A. M. R. (2018). Do outro simbólico ao outro real. In A. O. Martins, L. C. Santos, & A. M. R. Vorcaro. O bebê e o laço social: uma leitura psicanalítica (pp. 21–24). Belo Horizonte: Ed. Artesã.

Masagão, A. M. (2008). A rasura da letra e a explosão do semblante. Ágora: Estudos em Teoria Psicanalítica. v. 11, 313–331. doi: https://doi.org/10.1590/S1516-14982008000200010

Maurano, D. (2001). A face oculta do amor: A tragédia à luz da psicanálise. Rio de Janeiro: Editora UFJF.

Monteiro, C. P. (2012). A noção de lalíngua: uma contribuição da psicanálise lacaniana à concepção de língua. Tese (Doutorado em Letras) – Universidade Federal da Paraíba, Centro de Ciências Humanas, letras e artes. Recuperado de: https://repositorio.ufpb.br/jspui/handle/tede/6204.

Rezende, A. O., & Vorcaro, A. M. R. (2018). Os (des)encontros do infans com a linguagem. In A. O. Martins, L. C. Santos, & A. M. R. Vorcaro. O bebê e o laço social: uma leitura psicanalítica (pp. 45–68). Belo Horizonte: Ed. Artesã.

Vivès. J-M. (2018). Variações psicanalíticas sobre a voz e a pulsão invocante. Rio de Janeiro: Ed. Contra Capa, Corpo Freudiano.

Vivès. J-M. (2020). A voz no divã. São Paulo: Aller.

Vorcaro, A. (2005). Incorporação do organismo na música do outro desejante. In N. V. A. Leite (Org.). Corpolinguagem: a est-ética do desejo (pp. 115–125). São Paulo: Mercado de Letras.

Wisnik. J. M. (2017). O som e o sentido: Uma outra história das músicas. São Paulo: Companhia das Letras.

Téléchargements

Publiée

2022-12-18

Comment citer

Mamede, N. D., & Leite , C. A. de O. . (2022). De l’origine à la création : l’apparition du sujet comme celui qui chante. Styles De La Clinique. Revue Sur Les Vicissitudes De l’enfance, 27(3), 405-421. https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v27i3p405-421