O ato cardinal entre psicanálise e democracia
Lacan e a política
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.1981-1624.v23i1p15-32Palavras-chave:
democracia, Lacan, políticaResumo
Gostaria de ler esta espécie de regressão da democracia que parece ter se abatido no Ocidente a partir de uma crítica psicanalítica da economia de gozo envolvida nessa espécie de hiato democrático e que deve entender três processos de modo concomitante. Primeiro: a tensão agressiva produzida pela assimilação de indivíduos ao processo democrático depende de antropologia não só como discurso sobre a diferença, mas também como presença encarnada e experiência real do estrangeiro. Segundo: o processo formal no qual democracia é sucedida por tirania, processo que remonta à filosofia da história em Platão. Terceiro: a operação de regressão da democracia em tirania no âmbito do neoliberalismo depende da redução de indivíduos a números ordinais, seguido de atos cardinais de adição de novos indivíduos e depois de atos segregativos, baseados na subtração, multiplicação e divisão de subjetividades excedentes e sexualidades abjetas. Se nos dois primeiros casos está em jogo a constituição dos sujeitos da democracia e sua regra de repetição e transformação ao longo do tempo, no terceiro caso trata-se de avaliar sua potência de universalização no quadro do que Lacan chamou de lógica do não-todo.
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Eu, Rinaldo Voltolini, concedo à revista o direito de primeira publicação e declaro que o artigo intitulado Sobre uma política de acolhimento de professores em situação de inclusão, apresentado para publicação na revista Estilos da Clínica, não foi publicado ou apresentado para avaliação e publicação em nenhuma outra revista ou livro, sendo, portanto, original.