Características e comportamento populacional frente às secas: estatística multivariada dos municípios do Alto Vale da Sub-bacia do rio Piracuruca (CE-PI)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.167227

Palavras-chave:

Bacia hidrográfica, Setores censitários, Análise fatorial, Secas

Resumo

A pesquisa buscou realizar análise de variáveis demográficas, estrutura etária e gênero, educacionais e renda, por meio de análise fatorial e método análise de componentes principais, para conhecimento das características e do comportamento populacional dos municípios do Alto Vale da Sub-bacia do rio Piracuruca, como possibilidade para estudo das secas. O estudo configura-se como descritivo, exibe abordagem quantitativa e utilizou-se de técnicas estatísticas para manuseio das informações adquiridas, particularmente ligadas à estatística multivariada e emprego da análise de componentes principais. Por meio da metodologia foi possível extrair 4 Fatores dentre as 15 variáveis iniciais, onde o Fator 1 (ligado ao rendimento mensal, pessoas alfabetizadas e estrutura etária) e o Fator 2 (associado à renda do domicílio) contribuíram positivamente para redução da Criticidade, enquanto o Fator 3 (pessoas residentes e sem rendimento) e o Fator 4 (densidade populacional) contribuíram para aumentar o nível de Criticidade. Desse modo, quando integrados esses 4 Fatores identificou-se que em 48,0% dos setores do Alto Vale ocorre alta a muito alta Criticidade, evidenciando a necessidade de investimentos em áreas estratégicas, para redução do grau de Criticidade frente à ocorrência de secas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Francílio de Amorim dos Santos, Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí

    Licenciado em Ciências Biológicas pelo Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí (2007); Licenciado em Geografia pela Universidade Estadual do Piauí (2010); Mestre em Geografia pela Universidade Federal do Piauí (2015); Doutor em Geografia pela Universidade Estadual do Ceará (2019). É docente do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Piauí/Campus Piripiri.

  • Maria Lucia Brito da Cruz, Universidade Estadual do Ceará

    Professora da Universidade Estadual do Ceará junto aos cursos de Geografia em nível de Graduação e Pós-Graduação. Mestrado em Desenvolvimento e Meio Ambiente pela Universidade Federal do Ceará (1998), Doutorado em Geografia pela Universidade Federal de Pernambuco-UFPE (2010) e Pós-Doutorado em Geografia pela Universidade Federal do Pará-UFPA (2018). 

Referências

AB’SABER, A.N. Os domínios de natureza do Brasil: potencialidades paisagísticas. São Paulo: Ateliê Editorial. 2003. 151p.

ARAÚJO, G.F. A trajetória da SUDENE, suas (re)invenções, na condução do projeto de desenvolvimento regional. 2015. 161f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal de Sergipe. São Cristóvão, 2015.

ARTICULAÇÃO SEMIÁRIDO BRASILEIRO. História. Disponível em: <http://www.asabrasil.org.br>. Acesso em: 06 fev. 2019.

BORTOLETTO, K.C. Estudo das vulnerabilidades social e ambiental em áreas de riscos de desastres naturais no município de Caraguatatuba SP. 2017. 217 f. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, 2017.

BRASIL. Decreto nº 7.619, de 21 de outubro de 1909. Aprova o regulamento para organização dos serviços contra os efeitos das secas. 1909.

BRASIL. Decreto-Lei nº 8.486, de 28 de dezembro de 1945. Dispõe sobre a reorganização da Inspetoria Federal de Obras Contra as Secas (I.F.O.C.S.), que passa a denominar-se Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (D.N.O.C.S.). 1945.

BRASIL. Lei nº 10.860, de 14 de abril de 2004. Dispõe sobre a criação do Instituto Nacional do Semi-Árido - INSA, unidade de pesquisa integrante da estrutura básica do Ministério da Ciência e Tecnologia, e dá outras providências. 2004a.

BRASIL. Lei nº 3.692, de 15 de dezembro de 1959. Institui a Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste e dá outras providências. 1959.

BRASIL. Ministério da Integração Nacional. Secretaria Nacional de Defesa Civil. Centro de Nacional de Gerenciamento de Riscos e Desastres. Anuário brasileiro de desastres naturais: 2013. Brasília: CENAD, 2014.

BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. Secretaria de Recursos Hídricos. Programa de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca - PAN-Brasil. Brasília: MMA. 2004b.

CABRAL, R. 1959. Das ideias à ação, a SUDENE de Celso Furtado: oportunidade histórica e resistência conservadora. Caderno do Desenvolvimento, v.6, n.8, p.17-34, maio 2011.

CUNHA, L.; MENDES, J.M.; TAVARES, A.; FREIRIA, S. Construção de modelos de avaliação de vulnerabilidade social a riscos naturais e tecnológicos: o desafio das escalas. O processo de Bolonha e as reformas curriculares da geografia em Portugal. Presented at the. Coimbra, Portugal, 2011.

CUTTER, S.L. The vulnerability of science and the science of vulnerability. Annals of the Association of American Geographer, n. 93, p.1-12, 2003.

DEPARTAMENTO NACIONAL DE OBRAS CONTRAS AS SECAS. História. Disponível em: <https://www2.dnocs.gov.br/historia>. Acesso em: 06 fev. 2019.

FERREIRA, A.G.; MELLO, N.G.S. Principais sistemas atmosféricos atuantes sobre a região Nordeste do Brasil e a influência dos Oceanos Pacífico e Atlântico no clima da região. Revista Brasileira de Climatologia, Curitiba, v.1, n.1, p.15-28, dez. 2005.

FIELD, A. Descobrindo a estatística usando SPSS. Tradução: Lorí Viali. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 688p.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Agregados por setores censitários dos resultados de universo. Censo 2010a. Disponível em: <https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/9662-censo-demografico-2010.html?edicao=10410&t=resultados>. Acesso em: 25 jun. 2018.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Índice de recortes para fins estatísticos: malha de setores censitários, censo 2010, base de faces de logradouros para o CE. Censo 2010b. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/recortes_para_fins_estatisticos/malha_de_setores_censitarios/censo_2010/base_de_faces_de_logradouros/CE>. Acesso em: 25 jun. 2018.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Índice de recortes para fins estatísticos: malha de setores censitários, censo 2010, base de faces de logradouros para o PI. Censo 2010c. Disponível em: <ftp://geoftp.ibge.gov.br/recortes_para_fins_estatisticos/malha_de_setores_censitarios/censo_2010/base_de_faces_de_logradouros/PI>. Acesso em: 25 jun. 2018.

INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTATÍSTICA. Malha municipal digital do Brasil: situação em 2018. Rio de Janeiro: IBGE, 2018. Disponível em: <http://downloads.ibge.gov.br/downloads_geociencias.htm>. Acesso em: 10 jun. 2019.

MENDES, J.; TAVARES, A.O.; CUNHA, L.; FREIRIA, S. A vulnerabilidade social aos perigos naturais e tecnológicos em Portugal. Revista Crítica de Ciências Sociais, n.93, p.95-128, jun. 2011.

MINGOTI, S.A. Análise de dados através de métodos de estatística multivariada: uma abordagem aplicada. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2005. 297p.

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE DOS RECURSOS HÍDRICOS E DA AMAZÔNIA LEGAL. Download de dados geográficos. 2004. Disponível em <http://mapas.mma.gov.br/i3geo/datadownload.htm>. Acesso em: 27 jan. 2020.

MOLION, L.C.B.; BERNARDO, S.O. Dinâmica das Chuvas no Nordeste Brasileiro. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE METEOROLOGIA, 11., 2000, Rio de Janeiro. Anais... Rio de Janeiro: 2000, p.1.334-1.342.

REBOUÇAS, A.D. Água na região Nordeste: desperdício e escassez. Estudos avançados, v.11, n.29, p.127-154, 1997.

ROGERSON, P.A. Métodos estatísticos para geografia: um guia para o estudante. Tradução técnica: Paulo Fernando Braga Carvalho, José Irineu Rangel Rigotti. 3. ed. Porto Alegre: Bookman, 2012. 348p.

VAREJÃO-SILVA, M.A. Meteorologia e Climatologia. Versão Digital 2. Recife, 2006. 449p.

Publicado

2020-06-03

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

SANTOS, Francílio de Amorim dos; CRUZ, Maria Lucia Brito da. Características e comportamento populacional frente às secas: estatística multivariada dos municípios do Alto Vale da Sub-bacia do rio Piracuruca (CE-PI). GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 24, n. 2, p. 361–380, 2020. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.167227. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/167227.. Acesso em: 21 nov. 2024.