José e a cidade: uma incursão geográfica na poesia política de Carlos Drummond de Andrade
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2021.172545Palavras-chave:
Drummond, José, Modernidade, Cidade, Geografia e LiteraturaResumo
Este artigo se insere nos estudos que relacionam geografia e literatura e tem como objetivo analisar a obra “José” (1942), de Carlos Drummond de Andrade, que é parte da fase mais politizada do autor (a primeira metade da década de 1940), que inclui ainda os livros Sentimento do mundo (1940) e A rosa do povo (1945). Para tanto, fizemos uma leitura crítica dos poemas, com enfoque geográfico, articulando a questão da política à vivência urbana na modernidade. Do ponto de vista teórico-metodológico, procuramos estabelecer um genuíno diálogo entre os versos e o pensamento geográfico, em que não há hierarquia entre os dois saberes e o discurso do poeta e do geógrafo se imiscuem. Por isso, também produzimos material cartográfico dialogando com o conteúdo literário.
Downloads
Referências
ADORNO, T. W. Notas de literatura I. São Paulo: Duas Cidades; Ed. 34, 2003.
ANDRADE, C.D. Confissões de Minas. Rio de Janeiro: Americ-Edit, 1944.
ANDRADE, C.D. Nova Reunião: 19 livros de poesia. Rio de Janeiro: José Olympio, 1983.
ANDRADE, C.D. Alguma Poesia. Rio de Janeiro: Record, 2002.
ANDRADE, C.D. Sentimento do mundo. 23ª ed. Rio de Janeiro: Record, 2007.
BAUDELAIRE, C. O esplim de Paris: pequenos poemas em prosa. São Paulo: Martin Claret, 2010.
BOSI, A. O ser e o tempo da poesia. São Paulo: Companhia das Letras, 2000.
BROSSEAU, M. Des romans géographes. Paris: L’harmattan, 1996.
CÂNDIDO, A. Formação da literatura brasileira. 3 ed. São Paulo: Martins, 1969.
CÂNDIDO, A. Inquietudes na poesia de Drummond. In: CANDIDO, A. Vários Escritos. 5ed. Rio de Janeiro: Ouro Sobre Azul, 2011, p. 69-99.
CALVINO, I. As cidades invisíveis. São Paulo: Companhia das Letras, 1990.
CORRÊA, R. L. Da Nova Geografia à Geografia Nova. In: CORREA, R.L. Geografia e sociedade: os novos rumos do pensamento geográfico. Revista de Cultura Vozes, Petrópolis, Ano 74, v. LXXIV, 1980, p. 5-12.
DARDEL, E. O Homem e a Terra: natureza da realidade geográfica. São Paulo: Perspectiva, 2015.
GLEDSON, J. Poesia e poética de Carlos Drummond de Andrade. São Paulo: Duas Cidades, 1981.
LAFAILLE, R. Départ: Géographie et poésie, The Canadian Geographer 33, n. 2, p. 118-130, 1989.
LEFEBVRE, H. A revolução urbana. Belo Horizonte: EDUFMG, 2002.
LUKÁCS, G. El asalto a la razón: la trayectoria del irracionalismo desde Schelling hasta Hitler. Mexico: Fondo de Cultura Economica, 1959.
MARTON, S. Nietzsche e Hegel, leitores de Heráclito. In: Extravagâncias: ensaios sobre a filosofia de Nietzsche. São Paulo: Discurso Editorial e Editora Barcarolla, 2009, pp. 119-142.
NIETZSCHE, F. Além do bem e do mal: prelúdio a uma filosofia do futuro. São Paulo: Companhia das Letras, 2005.
NIETZSCHE, F. Genealogia da Moral. São Paulo: Companhia das Letras, 1998.
SANT’ANNA, A. R. Drummond: o gauche no tempo. Rio de Janeiro: Lia/Editor, 1972.
SIMON, I. M. Drummond: uma poética do risco. São Paulo: Ática, 1978.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Felipe Cabañas da Silva
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).