Metodologia para classificação de hidrossítios: rio Selho, no Concelho de Guimarães, distrito de Braga, Portugal
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2021.172586Palavras-chave:
Geopatrimônio, Locais de interesse hidrológico, Valor ecológicoResumo
Com o objetivo de criar uma metodologia especifica para classificação de hidrossítios, propõe-se que, na avaliação dos locais interesse hidrológico (LIH), o valor patrimonial seja definido pelos critérios ecológico, estético, sociocultural e complementar, seus respectivos indicadores e classes. Para facilitar o mecanismo da avaliação, criou-se a Ficha de Levantamento Hidrológico, validada em dois LIH do rio Selho no Concelho de Guimarães, Distrito de Braga, Portugal. Como resultado, a proposta para a classificação de hidrossítios demonstra coerência teórico-metodológica com a condição hídrica verificada em campo, o que valida os critérios, indicadores, classes com os respectivos índices percentuais. Após a ponderação dos valores atribuídos às classes, a metodologia demonstra que os LIH do rio Selho não têm valoração suficiente para ser considerados hidrossítios, por apresentarem alguns problemas ambientais; mas, embora não tenham atrativos monumentais, merecem medidas de proteção e o reconhecimento de seu valor hídrico.
Downloads
Referências
AVILÉS H. R. M.; ROMERO, T. R. El agua como patrimonio: educación y museos del agua. In: GÓMEZ E., HERVÁS, J. Mª. AVILÉS, R. Mª. Patrimonio hidráulico y cultura del agua en el Mediterráneo. Murcia: Fundación Séneca y AECID, p. 13-32, 2012.
BRASIL. Ministério da Saúde. Fundação Nacional de Saúde. Manual de controle da qualidade da água para técnicos que trabalham em ETAS / Ministério da Saúde, Fundação Nacional de Saúde. – Brasília: Funasa, 112 p. 2014.
BRIGANTE, J.; ESPÍNDOLA, E. L. G. Limnologia fluvial: um estudo no Rio Mogi-Guaçu São Carlos: RiMa Artes e Textos, 255 p. 2003.
BRILHA, J. Património Geológico e Geoconservação: a Conservação da Natureza na sua Vertente Geológica. Braga: Palimage, 190p. 2005.
CECCHIN, D. N.. Integração do Patrimônio Cultural ao Natural como Recurso Geoturístico na Implantação do Projeto do Geoparque Quarta Colônia, RS, BR. Tese (Doutorado em Geografia) - Programa de Pós-Graduação em Geografia, Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria, 2019.
COSTA, F. da S. PRIOS - Projecto de Reabilitação do Rio Selho: um exemplo de intervenção na zona urbana de Guimarães. In: II Congreso Internacional de Ingeniería Civil y Territorio "Agua, Cultura e Sociedad. Vigo: Espanha, 20 - 21 Maio 2013. p. 495-506.
DQA (2000). Diretiva 2000/60/CE do Parlamento Europeu e do Concelho, de 23 de outubro de 2000, estabelece um Quadro de Ação Comunitária no Domínio da Política da Água, Jornal Oficial das comunidades Europeias, L 327. https://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/PDF/?uri=OJ:L:2000:327:FULL&from=PT. Acesso em 26 de maio de 2020.
FERREIRA, M. T; AGUIAR, F. Riparian and aquatic vegetation in Mediterraneantype streams (western Iberia). Limnetica, n 25, 411-424, 2006.
ESPANHA. Ministerio de Obras Públicas y Transporte. Secretaria de Estado para las Políticas del Agua y el Medio Ambiente, Guía para la elaboración de estudios del medio físico Contenido y metodología. Madrid: 2004.
ESTEVES, F. de A. Fundamentos de Limnologia. 3ºed., Rio de Janeiro: Interciência, 1998.
GWP (Editor) Catalyzing Change: A handbook for developing IWRM and water efficiency strategies Stockholm: Global Water Partnership (GWP), 2004.
HERVÁS, F. N.; SERRANO, M. T. Factores de localización del patrimonio asociado al agua en el territorio de la Región de Murcia. IN: GÓMEZ ESPÍN, J. Mª. y HERVÁS AVILÉS, R.Mª.: Patrimonio hidráulico y cultura del agua en el Mediterráneo. Murcia: Fundación Séneca y AECID, 2012, p. 33-50.
MEDEIROS, C. F. R. A Utilização do River Habitat Survey como Ferramenta de Apoio à Decisão na Gestão dos Recursos Hídricos nos Açores. Mestrado em Engenharia do Ambiente – Edição Ponta Delgada 2008/2010. Departamento de Geociências da Universidade dos Açores, Ponta Delgada, 2011.
MENDES, A. R. C.. Avaliação da qualidade Cênica da Paisagem: aplicação da metodologia de Steinitz ao Litoral Alentejano. Dissertação de Mestrado em Arquictetura Paisagista. Instituto superior de Agronomia, Universidade Técnica de Lisboa, Lisboa: 2010.
MERCHANTE, A. R.; PRENDA J. Herramientas para la determinación del estado ecológico de las masas de agua superficiales. Editors: CENTA. December 2015.
MONTEIRO, J. P. Da qualidade ecológica de zonas ripícolas e habitats fluviais no Rio Paiva. Mestrado em Ecologia, Ambiente e Território Departamento de Biologia. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, 2013.
OLIVEIRA, K. A.; PESSOA, G. E.; STEINKE V. A. A Estação Ecológica de Águas Emendadas do Distrito Federal: Patrimônio Hidrogeomorfológico do Planalto Central do Brasil. In: III Encontro Luso-Brasileiro de Património Geomorfológico e Geoconservação: “A Geoconservação no Contexto do Antropoceno: Desafios e Oportunidades”. Guimarães, CEGOT- UMinho, 2019, 28-45 P.
OLMO, R. M.; MUÑOZ, S. F.. Patrimonios Culturales Del Agua. La Salvaguarda del Valor Patrimonial de los Regadíos Tradicionales. Scripta Nova- Revista Electrónica de Geografía y Ciencias Sociales - Universidad de Barcelona. V. XIV, n. 337, 2010.
PEYRET, P. Vias de água, paisagens: a noção de património fluvial In: PEIXOTO, P.;CARDIELOS, J. P.. A água como património experiências de requalificação das cidades com água e das paisagens fluviais. Coimbra University Press, Coimbra: 2016.
PEREIRA, L. S.; CUNHA L. S.; VIEIRA, R. de S. Inventariação de Potenciais Locais de Interesse Geoturístico em João Pessoa (PB) e Litoral Sul do Estado. Caminhos de Geografia Uberlândia v. 17, n. 60 p. 211–223, 2016.
PEREIRA, L.; CUNHA, L.; THEODORO, J.. Um olhar sobre o patrimônio hidrológico do município de João Pessoa, Paraíba, nordeste do Brasil. In: NUNES, A.. et. al. (Orgs.) Territórios de água - Water Territories. Coimbra: CEGOT, 2016, 293-304.
PIO, S.; HENRIQUES, A. G.. O Estado Ecológico como Critério para a Gestão Sustentável das Águas de Superfície. Lisboa: Associação Portuguesa dos Recursos Hídricos. 5 º Congresso da Água: A Água e o Desenvolvimento Sustentável: Desafios para o Novo Século, 25 -29 setembro 2000.
PORTUGAL. Ministério do ambiente do ordenamento do território e do desenvolvimento regional. Instituto da água IP. Lisboa: Critérios para a Classificação do Estado das Massas de Água Superficiais - Rios e Albufeiras, 2009. 71 p.
RIBEIRO, Andrea C. C; CORREIA, António J. M; COSTA, Francisco S. O rio Selho – contributo para uma proposta de requalificação ambiental. Actas: V Congresso Nacional da Geografia Portuguesa: Territórios e Protagonistas, Portugal: Guimarães, 14 -16, 2004.
RODRIGUES, M. L.. Património Geomorfológico e Geoturismo em Áreas Cársicas. In: III Encontro Luso-brasileiro de Património Geomorfológico e Geoconservação, A geoconservação no contexto do antropoceno: desafios e oportunidades, Guimarães: CEGOT/UMinho, 2019.
RODRIGUES, M. L.; FONSECA, A.. Valorização do geopatrimônio no desenvolvimento sustentável de áreas rurais. In: Colóquio Ibérico de studos Rurais - Cultura, Inovação e Território. Coimbra, Portugal, 2008. http://www.sper.pt/oldsite/actas7cier/PFD/Tema%20II/2_14.pdf. Acesso 28 março 2020.
SCIFONI, S. Os Diferentes Significados do Patrimônio Natural. Diálogos, DHI/PPH/UEM, v. 10, nº. 3, p. 55-78, 2006.
SIMIĆ, S; MILOVANOVIĆ, B.; GLAVONJIĆ, T. J. Theoretical model for the identification of hydrological heritage sites. Carpathian J Earth Environ Sci, v. 9, n. 4, 2014, p.19–30.
SIMIĆ, S.; GAVRILOVIĆ, LJ. J.; BELIJ, S.. Hydrological heritage: New direction in hydrology and geoheritage. Bulletin of the Serbian Geographical Society, v. 90, n. 4, 2010 p. 83–102.
SELBORNE, L, A Ética do Uso da Água Doce: um levantamento. Brasília: UNESCO, 2001.
STEVAUX, J. C.; LATRUBESSE, E. M.. Geomorfologia Fluvial. São Paulo: Oficina de Textos – Coleção Geografia v 3, 2017. 336 p.
ESTEVES, F.A. Fundamentos de Limnologia. Rio de Janeiro: Editora Interciência, 2ª Ed. 1998.
VIEIRA, A.; FIGUEIRÓ, A. S.; CUNHA, L.. Metodologia de avaliação do património geomorfológico: aplicação à Serra de Montemuro (Portugal). In: I Encontro Luso-Brasileiro de Património Geomorfológico e Geoconservação. Livro de Actas do Encontro Luso-Brasileiro de Património Geomorfológico e Geoconservação. Coimbra: Universidade de Coimbra, 2014. v. 1. p. 181-187.
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2021 Eliane Maria Foleto, Francisco Silva Costa
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).
Dados de financiamento
-
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior
Números do Financiamento 001