Espaço, debate e (in)visibilidade: estudos sobre terreiros de candomblé em revistas brasileiras de Geografia (2000-2019)

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.173361

Palavras-chave:

Geografia e candomblé, Religião afro-brasileira, Revistas brasileiras de Geografia

Resumo

Este artigo põe em evidência estudos sobre as dinâmicas socioespaciais inerentes aos processos de formação, organização e gestão dos terreiros de candomblé publicados em revistas brasileiras de Geografia entre 2000 e 2019 e, com isso, mostra a pouca visibilidade desse debate no âmbito da ciência Geográfica. Essa crítica foi elaborada a partir de referenciais metodológicos quantitativos e qualitativos empregados no levantamento bibliográfico realizado no acervo on-line de 88 periódicos de Geografia, classificados pelo sistema de avaliação Qualis Capes (quadriênio 2013-2016/2019) em: A1 e A2, periódicos de excelência internacional; B1 e B2, de excelência nacional; B3, B4 e B5, de média relevância, e C, de baixa relevância científica, compondo uma base de dados de 2.341 exemplares de revistas analisadas.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Emerson Melo, Universidade do Estado de Minas Gerais

    Doutor em Geografia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Mestre em Geografia pela Universidade Federal de Minas Gerais. Professor Colaborador do Núcleo de Estudos Africanos e Afro-brasileiros da Universidade do Estado de Minas Gerais. 

  • Aline da Fonseca Sá e Silveira, Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca

    Doutora e Mestre em Geografia (UERJ), Pós-Graduada em Educação e Relações Étnico-Raciais (CEFET/RJ), Bacharel e Licenciada em Geografia (UFF). Atualmente é Professora de Geografia EBTT no Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca - CEFET/RJ. 

Referências

ANJOS, R. S. A. A África brasileira: espaços geográficos da diáspora & do candomblé. Revista Eletrônica: Tempo – Técnica – Território, v. 3, n. 2, p. 33-48, 2012. doi: https://doi.org/10.26512/ciga.v3i2.15441.

ANJOS, R. S. A.; DENIS, R.; PARIZOTTO, R.; ALMEIDA, E.; FERREIRA, C.; TOLENTINO, G. Cartografia preliminar dos fluxos e deslocamentos dos terreiros de religiões de matriz africana e afro-brasileira do distrito federal para outras unidades políticas do Brasil. Tempo – Técnica – Território, v. 9, n. 3, p. 31-37, 2018a. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/ciga/article/view/17189/21296. Acesso em: 3 jun. 2019.

ANJOS, R. S. A.; DENIS, R.; PARIZOTTO, R.; ALMEIDA, E.; FERREIRA, C.; TOLENTINO, G. Cartografia preliminar dos registros oficiais de mapeamentos de terreiros de matrizes africanas no Brasil. Tempo – Técnica – Território, v. 9, n. 3, p. 38-47, 2018b. Disponível em: https://periodicos.unb.br/index.php/ciga/article/view/17191/21297. Acesso em: 3 jun. 2019.

AZORLI, D. F. R. Os axés na cidade. Geografia e Pesquisa, Ourinhos, v. 8, n. 2, p. 70-85, 2014. Disponível em: http://vampira.ourinhos.unesp.br/openjournalsystem/index.php/geografiaepesquisa/article/view/193. Acesso em: 4 jun. 2019.

AZORLI, D. F. R.; CUNHA, F. L. Àwọn Omi Òṣàlá: o mito do rei recontado na mitologia dos orixás. Geografia e Pesquisa (UNESP) Ourinhos, v. 10, n. 2, p. 9-16, 2016. doi: http://dx.doi.org/10.22491/1806-8553.v10n2a002.

BRAGA, L. R. O.; MACHADO, M. M. M.; RUCHKYS, U. A. Modelagem de recursos da geodiversidade como suporte às práticas ritualísticas de comunidades de matriz africana. Caderno de Geografia, Belo Horizonte, v. 24, n. 42, p. 233-248, 2014. doi: https://doi.org/10.5752/P.2318-2962.2014v24n42p233.

CARNEIRO, L. O. Geograficidades sagradas na Vila Mimosa: um mercado de corpo e de alma. Geograficidade, v. 3, n. 1, p. 17-38, 2013. Disponível em: https://periodicos.uff.br/geograficidade/article/view/12827/pdf. Acesso em: 3 jun. 2019.

CARVALHO, C. G. Experiências religiosas e dimensão espacial. Mercator, Fortaleza, v. 17, p. 1-15, 2018. doi: https://doi.org/10.4215/rm2018.e17006.

CORRÊA, A. M. Agenciamentos territoriais: as semiografias/territorialidades da prática cultural/religiosa afro-brasileira. Geografia, Rio Claro, v. 44, n.1, jan./jun. 2019. Disponível em: http://www.periodicos.rc.biblioteca.unesp.br/index.php/ageteo/article/view/14957/11566. Acesso em: 6 jun. 2019.

CORRÊA, A. M. O terreiro de candomblé: uma análise sob a perspectiva da geografia cultural. Textos Escolhidos de Cultura e Artes Populares, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 51-62, 2006. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/tecap/article/view/12620/9798. Acesso em: 6 jun. 2019.

CORRÊA, A. M. A paisagem conivente: a semiografia do território através do geossímbolo. In: ENCONTRO NACIONAL DA ANPEGE, 6., 2005, Fortaleza. Anais... Fortaleza, 2005a.

CORRÊA, A. M. Não acredito em deuses que não saibam dançar: a festa do candomblé, território encarnador da cultura. In: ROSENDAHL, Z.; CORRÊA, R. L. (Org.). Geografia – Temas sobre Cultura e Espaço. Rio de Janeiro: Ed. Uerj, 2005b. p. 141-172.

CORRÊA, A. M. Irmandade da Boa Morte como manifestação cultural afro-brasileira: de cultura alternativa a inserção global. Tese (Doutorado em Geografia) – Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2004.

CORRÊA, A. M. Território, cultura e identidade: o terreiro de candomblé como imaginação geográfica. In: ENCONTRO NACIONAL DE GEÓGRAFOS, 13., 2002, João Pessoa. Anais... João Pessoa, 2002.

CORRÊA, A. M.; BARBOSA, J. L. A paisagem e o trágico em “O amuleto de Ogum”. In: ROSENDAHL, Z.; CORRÊA, R. L. (Org.). Paisagem, imaginário, espaço. Rio de Janeiro: Ed. Uerj, 2001. p. 71-102.

FARIA, A. H.; SANTOS, R. J. Territórios de direitos culturais e étnicos das religiões de matriz africana em Uberlândia, MG. Mercator, Fortaleza, v. 7, n. 13, p. 19-27, 2008. Disponível em: http://www.mercator.ufc.br/mercator/article/view/173. Acesso em: 4 jun. 2019.

GUIMARÃES, R. L.; TRAVASSOS, L. E. P.; GÓIS, A. J.; VARELLA, I. D. Cavernas e religião: os rituais de matriz africana na Gruta da Macumba e na Gruta do Feitiço, Lagoa Santa, Minas Gerais. Ra’ega – O Espaço Geográfico em Análise, Curitiba, v. 23, p. 263-288, 2011. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/24840/16649. Acesso em: 3 jun. 2019.

HALLEY, B. M. Onde mora o Xangô? Fatores de localização de terreiros afro-religiosos às margens do Riacho Água Fria, Recife (séculos XIX-XX). Tempo – Técnica – Território, v. 5, p. 29-54, 2014. doi: https://doi.org/10.26512/ciga.v5i1.22148.

KATAOKA, C. S.; ALVES, T. T.; SAHR, C. L. L. Articulação entre terreiros e quilombos no município de Ponta Grossa-PR. Acta Geográfica, Boa Vista, v. 8, p. 130-134, 2014. Disponível em: https://revista.ufrr.br/actageo/article/view/1692/1528. Acesso em: 5 jun. 2019.

MELO, E. C. A compreensão das dinâmicas territoriais afrorreligiosas a partir da perspectiva da afro-territorialidade: um estudo sobre o processo de constituição, organização e difusão do Candomblé Kétu. 2019. 228 fl. Tese (Doutorado em Geografia) – Instituto de Geografia, Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2019.

NASCIMENTO, T. F. Códigos culturais nas religiões afro-brasileiras e de origem africana: percepções geográficas. GeoSaberes, Fortaleza, v. 8, n. 15, p. 41-50, 2017. Disponível em: http://www.geosaberes.ufc.br/geosaberes/article/view/568/561. Acesso em: 7 jun. 2019.

NASCIMENTO, T. F.; COSTA, B. P. Os terreiros de cultos afro-brasileiros e de origem africana como espaços possíveis as vivências travestis e transexuais. Caderno Prudentino de Geografia, Presidente Prudente, v. 3, n. 41, p. 25-36, 2019. Disponível em: https://revista.fct.unesp.br/index.php/cpg/article/view/6431/4991. Acesso em: 7 jun. 2019.

NASCIMENTO, T. F.; COSTA, B. P. As vivências travestis e transexuais no espaço dos terreiros de cultos afro-brasileiros e de matriz africana. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 38, p. 181-204, 2015. doi: https://doi.org/10.12957/espacoecultura.2015.29075.

OLIVEIRA, D. C.; GONÇALVES, F. S. Comida e o processo de transterritorialização no candomblé, umbanda e quimbanda em Bocaiúva, Minas Gerais, Brasil. Revista GeoNordeste, São Cristovão, SE, v. 29, n. 2, p. 107-126, 2018. Disponível em: https://seer.ufs.br/index.php/geonordeste/article/view/9563. Acesso em: 5 jun. 2019.

OLIVEIRA, M. F. S.; OLIVEIRA, O. J. R. ; BARTHOLO JR., R. S. Cultura, natureza e religião na constituição de territorialidade no candomblé da Bahia. Revista de Geografia, Recife, v. 27, n. 2, p. 26-39, 2010. Disponível em: https://periodicos.ufpe.br/revistas/revistageografia/article/view/228800/23212. Acesso em: 4 jun. 2019.

PEREIRA, R. A. Entre imagens e devoções: a pesquisa geográfica nas festas em homenagem a Xangô. Geografar, Curitiba, v. 9, n. 1, p. 45-62, 2014a. doi: http://dx.doi.org/10.5380/geografar.v9i1.35377.

PEREIRA, R. A. Tributo a Iemanjá: festa(s) religiosa(s) na Praia do Cassino, Rio Grande, RS, Brasil. Geografar, Curitiba, v. 9, n. 2, p. 84-103, 2014b. doi: http://dx.doi.org/10.5380/geografar.v9i2.35671.

PESSOA DE BARROS, J. F. Mito, memória e história: a música sacra. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, n. 9-10, 2000. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/7228/5224. Acesso em: 7 jun. 2019.

PLATAFORMA SUCUPIRA. Disponível em: http://qualis.capes.gov.br/. Acesso em: 4 mar. 2019.

RANGEL, M. C.; GOMBERG, E. A água no candomblé: a relação homem-natureza e a geograficidade do espaço mítico. Geoingá – Revista do Programa de Pós-Graduação em Geografia, Maringá, v. 8, n. 1, p. 23-47, 2016. Disponível em: http://periodicos.uem.br/ojs/index.php/Geoinga/article/view/49327/751375140433. Acesso em: 5 jun. 2019.

RATTS, A. J. P.; TEIXEIRA, J. P. Afoxé Axé Omo Odé: o “candomblé de rua” em Goiânia. Geotextos, Salvador, v. 10, n. 1, p. 127-147, 2014. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/view/9268/8408. Acesso em: 3 jun. 2019.

RÊGO, J. C. V. Territórios do candomblé: a desterritorialização dos terreiros na Região Metropolitana de Salvador, Bahia. GeoTextos, Salvador, v. 2, n . 2, p. 31-85, 2006. Disponível em: https://portalseer.ufba.br/index.php/geotextos/article/view/3038/2186. Acesso em: 7 jun. 2019.

RÊGO, J. C. V. Territórios do candomblé: a desterritorialização dos terreiros na região metropolitana de Salvador, BA. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2003.

ROSENDAHL, Z. Construindo a Geografia da Religião. Espaço e Cultura, Rio de Janeiro, v. 15, p. 61-71, 2003. Disponível em: https://www.e-publicacoes.uerj.br/index.php/espacoecultura/article/view/7734/5589. Acesso em: 4 jun. 2019.

SAMPAIO, Y. E.; CHAGAS JUNIOR, E. M. “Xirê Orixá”: a produção do espaço sagrado nas formas musicais e sons de atabaques em um terreiro de Candomblé em Belém do Pará. Geograficidade, v. 8, p. 204-216, 2019. doi: https://doi.org/10.22409/geograficidade2018.83.a13161.

SANTANA-FILHO, D. M.; GERMANI, G. I.; GIUDICE, D. S. O Estado nacional e a população negra: relação espaço e tempo para os territórios étnicos. Espaço Aberto, Rio de Janeiro, v. 3, n. 1, p. 155-171, 2013. Disponível em: https://revistas.ufrj.br/index.php/EspacoAberto/article/view/2104/1871. Acesso em: 4 jun. 2019.

SANTOS, B. S. Um discurso sobre as ciências. 10a ed. Porto: Afrontamento, 1993.

SERPA, A. Ponto convergente de utopias e culturas: o Parque de São Bartolomeu. Tempo Social, São Paulo, v. 8, n. 2, p. 177-190, 1996. doi: https://doi.org/10.1590/ts.v8i2.86431.

SILVA, M. A. V.; PENA, R. F. A. Cidade, cultura e a disputa pelo direito ao espaço: segregação urbana das comunidades de terreiro na Região Metropolitana de Goiânia. Ra’ega – O Espaço Geográfico em Análise, Curitiba, v. 24, p. 38-51, 2012. Disponível em: https://revistas.ufpr.br/raega/article/view/26207/17477. Acesso em: 3 jun. 2019.

SPOSITO, E. S. Geografia e filosofia: contribuição para o ensino do pensamento geográfico. São Paulo: Ed. Unesp, 2004.

WILLEMAN, E. M.; Candomblé no Brasil: traçando uma nova geografia social de gênero, raça e classe a partir de uma proposta de sociabilidade outra. Revista Latino-americana de Geografia e Gênero, Ponta Grossa, v. 2, n. 2, p. 108-120, 2011. Disponível em: https://revistas2.uepg.br/index.php/rlagg/article/view/1711/2192. Acesso em: 7 jun. 2019.

Downloads

Publicado

2020-12-16 — Atualizado em 2021-09-17

Edição

Seção

Artigos

Como Citar

MELO, Emerson; SILVEIRA, Aline da Fonseca Sá e. Espaço, debate e (in)visibilidade: estudos sobre terreiros de candomblé em revistas brasileiras de Geografia (2000-2019). GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 24, n. 3, p. 581–599, 2021. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2020.173361. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/173361.. Acesso em: 25 nov. 2024.