Perspectiva de uma nova geografia portuária brasileira: avanços, recuos e permanências do setor portuário nacional depois dos anos 2000

Autores

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.190291

Palavras-chave:

Brasil, Portos, Navegação, Desenvolvimento econômico

Resumo

Os portos são fenômenos geográficos que materializam as inter-relações de espaços produtores e consumidores. No atual estágio do capitalismo, tornam-se elementos centrais, respondendo por mais de 90% do comércio internacional. No Brasil, o setor se caracteriza por um processo cíclico de maior/menor investimento. Entretanto, o período marcado pelas modificações radicais do setor em nível mundial é concomitante a mudanças na política de financiamento internacional e no endividamento do Estado. Novas lideranças passam a comandar o país, impondo políticas de contenção de gastos. Os portos se transformam em nós de estrangulamento que só passaram a ser enfrentados depois dos anos 2000, com financiamento estatal, parcerias público-privadas e nova legislação. Embora precisem amadurecer, os resultados iniciais lançam a perspectiva de um novo mapa portuário nacional. Objetivamos investigar essa nova dinâmica espacial, sua gênese, processo e perspectiva. Levamos em conta referências bibliográficas sobre o tema nas conjunturas internacional e nacional, além de dados de órgãos oficiais.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Biografia do Autor

  • Edson de Morais Machado, Universidade Estadual de Maringá

    Doutor em Geografia Humana pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Professor Colaborador do Curso de Geografia da Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Referências

ARAÚJO FILHO, José Ribeiro de Araújo. Santos: O Porto do Café. IBGE. Série A, Biblioteca Geográfica Brasileira, Publicação N°.24. Rio de Janeiro, 1969.

ARAÚJO FILHO, José Ribeiro de Araújo. O Porto de Vitória. IGEOG – Teses e Monografias nº 9. USP: Instituto de Geografia. São Paulo: Editora Gráfica Cairu, 1974.

ANTAQ. Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Ministério dos Transportes. Anuário Estatístico Aquaviário: Período 2010 a 2018. Disponível em: http://portal.antaq.gov.br/index.php/estatisticas/. Acesso em 18 de maio de 2019.

ANTAQ. Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Ministério dos Transportes. Meio ambiente: a riqueza que transita pelos portos. 2014. Disponível em: http://web.antaq.gov.br/portalv3MeioAmbiente_A%20riqueza_que_transita_pelos_portos.asp . Acesso em 10 de agosto de 2020.

ANTAQ. Agência Nacional de Transportes Aquaviários. Ministério da Infraestrutura. Escoamento de soja e milho para exportação pelo arco. 2020. Disponível em: http://portal.antaq.gov.br/index.php/2020/08/21/escoamento-de-soja-e-milho-para-exportacao-pelo-arco-norte-cresceu-108-no-primeiro-semestre-diz-antaq/. Acesso em 20 de fevereiro de 2021.

BRASIL. Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil. Secretaria Nacional de Portos (SNP). Projeção de demanda e alocação de cargas. PNLP: 2016. Elaboração: Labtrans, 2017. Disponível em: http://antigo.infraestrutura.gov.br/images/SNP/planejamento_portuario/arquivos_pnlp/ProjecaoDemanda_2017VF.pdf. Acesso em 14 de novembro de 2020.

BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários. Movimentação de cargas e ranking nacional. Disponível em: https://webportos.labtrans.ufsc.br/Brasil/Movimentacao. Acesso em 20 de janeiro de 2021.

BRASIL. Ministério da Infraestrutura. Secretaria Nacional de Portos e Transportes Aquaviários. Planos Mestres Portuários. Disponível em: https://webportos.labtrans.ufsc.br/Brasil/Documentos. Acesso em 10 de nov. de 2021.

BNDES. Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social. O crescimento da economia brasileira 2018-2023. DPE. Brasília: Abril de 2018. Disponível em: https://web.bndes.gov.br/bib/jspui/bitstream/1408/14760/1/Perspectivas%202018-2023_P.pdf. Acesso em 01 de janeiro de 2021.

CNI. Confederação Nacional da Indústria. O financiamento do investimento em infraestrutura no Brasil. Brasília: CNI, 2016. Disponível em: http://arquivos.portaldaindustria.com.br/app/conteudo_18/2016/07/18/11404/1807-EstudoFinanciamentodoInvestimentoemInfraestrutura.pdf. Acesso em 20 de dezembro de 2020.

CODERN. CIA Docas do Rio Grande do Norte. Porto de Natal. Disponível em: http://codern.com.br/porto-de-natal/. Acesso em 04 de fev. de 2021.

DUTRA, Joísa Campanher; SAMPAIO, Patrícia Regina Pinheiro (Orgs.). 20 anos de concessões em infraestrutura no Brasil. Rio de Janeiro: FGV DIREITO RIO, 2017.

ESPÍNDOLA, Carlos José. Desempenho exportador brasileiro e o Transporte de Cargas e Terminais de Uso Privativo. Cadernos Geográficos. UFSC: GCN, Florianópolis, nº32, 2014.

FIESP. Federação da Indústria do estado de São Paulo. Panorama da Indústria de Transformação Brasileira. DEPECON. 14ª ed. 30 de junho de 2017.

FISCHER, André. Les ports maritimes: Essai de classification. Information Geographique, 1963, n.3, p. 105 – 114.

GEORGE, Pierre. Geografia Econômica. Rio de Janeiro: Fundo de Cultura, 1961.

HOYLE, Brian. The port-city interface: trends, problems, and examples. Geoforum, Amsterdã, n.4, pp. 429-435, 1989.

FMI. Fundo Monetário Internacional. Departamento de Finanças Públicas (Brasil). Avaliação da Gestão do Investimento Público. Relatório de Assistência Técnica; 2018. Disponível em: https://www.gov.br/fazenda/pt-br/centrais-de-conteudos/apresentacoes/arquivos/2018/relatorio-do-fundo-monetario-internacional-sobre-gestao-de-investimento-publico-no-brasil-pima.pdf. Acesso em 20 de fevereiro de 2021.

IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Contas Nacionais. Disponível em: https://www.ibge.gov.br/estatisticas/economicas/contas-nacionais.html. Acesso em 23 de dezembro de 2020.

IMF. International Monetary Fund. 2016. World Economic Outlook. Cap. 2, IMF, Out. Disponível em: https://www.imf.org/en/Publications/WEO/Issues/2016/12/31/Subdued-Demand-Symptoms-and-Remedies. Acesso em 20 de dezembro de 2020.

LACERDA, Sander Magalhães. Navegação e portos no transporte de contêineres. Revista do BNDES, Rio de Janeiro, v.11, n.22 , p. 215-243, dez. 2004.

LEVINSON, Marc. The Box: how the shipping container made the world smaller and the world economy bigger. Princeton/USA: Princeton University Press, 2006.

LUEDEMANN, Marta da Silveira. Transformações na Indústria Automobilística Mundial: o caso do complexo automotivo no Brasil (1990-2002). São Paulo, 2003. Tese de Doutoramento. Universidade de São Paulo.

MAMIGONIAN, Armen. Navegações e Portos no Brasil e no Mundo. Cadernos Geográficos. UFSC: GCN, Florianópolis, nº37, 2017.

MDIC. Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e Comércio Exterior. Portal de estatística do comércio exterior (Comex Stat). Disponível em: http://comexstat.mdic.gov.br/pt/home. Acesso em 16 de novembro de 2021.

MONIÉ, Frédéric; SILVA, Gerardo (Orgs.). A mobilização produtiva dos territórios. Instituições e logística do desenvolvimento local. Rio de Janeiro, DP&A, 2003.

MONIÉ, Frédéric (Org.). Dossiê Portos, cidades e regiões. Confins – Revista FrancoBrasileira de Geografia. Núm. 15. 2012. Disponível em: https://journals.openedition.org/confins/7560. Acesso em 10 de janeiro de 2021.

OLIVEIRA, Carlos Tavares. Modernização dos portos. São Paulo: Aduaneiras, 2011.

SANTOS, Milton. Espaço e sociedade. Petrópolis: Vozes, 1982.

SANTOS, Milton. Espaço e método. São Paulo: Nobel, 1985.

SANTOS, Milton. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1993.

SCHUMPETER, Josehp Alois. Business cycles: a theoretical, historical, and statistical analysis of the capitalist process. London: McGraw-Hill Book Company, 1939.

SMITH, Adam. A riqueza das nações: investigação sobre sua natureza e suas causas. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

SILVA, Gerardo; COCCO, Giuseppe (orgs.). Cidades e portos: os espaços da globalização. Rio de Janeiro: DP&A, 1999.

SNA. Sociedade Nacional de Agricultura. As incomparáveis frutas do Vale do Submédio São Francisco. A Lavoura, Edição Nº 703/2014. Disponível em: https://alavoura.com.br/colunas/indicacao-geografica/as-incomparaveis-frutas-do-vale-do- submedio-sao-francisco/. Acesso em 20 de novembro de 2020.

STOPFORD, Martin. Maritime economics. Routledge, 1997.

RANGEL, Ignácio Mourão. Obras reunidas. Rio de Janeiro: Contraponto, 2005. v1.

RANGEL. Ignácio Mourão. Características e perspectivas da integração das economias regionais. Revista do BNDE, quadro XV, 1968.

SOBEET. Sociedade Brasileira de Estudos de Empresas Transnacionais e da Globalização Econômica. Mudanças no perfil de Investimento Direto Estrangeiro no Brasil. Boletim 108: Outubro de 2019. Disponível em: www.sobeet.org.br/boletim/boletim_108.pdf. Acesso em 22 de novembro de 2020.

VIGARIÉ, André. Ports de commerce et vie littorale. Paris: Hachette, 492 p., 1979.

Publicado

2023-05-22

Edição

Seção

Artigos

Dados de financiamento

Como Citar

MACHADO, Edson de Morais. Perspectiva de uma nova geografia portuária brasileira: avanços, recuos e permanências do setor portuário nacional depois dos anos 2000. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 27, n. 1, p. e-190291, 2023. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2023.190291. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/190291.. Acesso em: 30 dez. 2024.