A contribuição do pensamento de Pierre Bourdieu para perspectiva socioespacial em geografia: espaço, práticas espaciais e capital espacial
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2024.213809Palavras-chave:
Geografia, espaço social, práticas espaciais, capital espacial, Bourdieu, Agência e estrutura.Resumo
O que se propõe neste trabalho é uma abordagem que vai além da visão limitada que considera as práticas espaciais apenas como ações formais e visíveis. Destaca a importância de uma compreensão mais abrangente, que não se limite aos aspectos econômicos e busca transcender a dicotomia entre agência e estrutura. Inspirado nas ideias de Pierre Bourdieu, o estudo analisa os campos sociais e os diferentes tipos de capital, como o social e o espacial, que são determinantes das práticas espaciais. Além disso, enfatiza a importância de não reduzir o espaço a um simples reflexo da sociedade, reconhecendo sua complexidade e seu papel ativo nas interações sociais. A abordagem bourdieuna oferece uma perspectiva abrangente e profunda sobre os aspectos gerativos das práticas espaciais.
Downloads
Referências
ARBOLEYA, A. Agência e estrutura em Bourdieu e Giddens pela superação da antinomia “Objetivismo-Subjetivismo”. Sociologias Plurais, v. 1, n. 1, p. 6–27, 2013.
ARCHER, Margaret. Realist Social Theory. The Morphogenetic Approac. Cambridge, Cambridge University Press, 1995.
BOURDIEU, P. Desencantamento do mundo: estruturas econômicas e estruturas temporais. São Paulo: Editora Perspectiva, 1979.
BOURDIEU, P. Physical Space, Social Space and Habitus. Vilhelm Aubert Memorial Lecture, University of Oslo, 1996, p. 13. Disponível em: https://bityli.com/ztokP.
BOURDIEU, Pierre. O poder simbólico. Trad. Fernando Tomaz. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2001.
BOURDIEU, P. O senso prático. 3 ed. Petrópolis (RJ): Vozes, 2013.
COHN, G. Weber: sociologia. São Paulo: Ática, 1997
CORRÊA, R. L. Corporação, Práticas Espaciais e Gestão do Território. Revista Brasileira de Geografia, Rio de Janeiro, v. 54, n. 3, p. 115-122, jul/set, 1992.
CORRÊA. R. L. Diferenciação sócio-espacial, escalas e práticas espaciais. Revista Cidades, v.4, n.6, 2007, p. 62-72.
CÔRREA, R.L. Espaço: um conceito-chave da geografia. In.: CASTRO, I.E; GOMES, P.C.C; CÔRREA, R.L. Geografia: conceitos e temas. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, [1995] 2009.
CORRÊA, R.L. Sobre agentes sociais, escala e produção do espaço: um texto para discussão. In: CARLOS, A. F et al., (orgs.). A produção do espaço urbano: agentes e processos, escalas e desafios. 1ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 41-53.
ELIAS, N. Introdução à Sociologia. Braga, Portugal: Editora Pax Limitada, 1980.
GEORGE, P. Sociologia e geografia. Rio de Janeiro, RJ: Forense, 1969.
GIDDENS, A. Sociologia. Trad. Sandra Regina Netz. 4. ed. Porto Alegre: Artmed. 2005.
LACOSTE, Yves. A geografia – isso serve, em primeiro lugar para fazer guerra. Campinas, SP: Papirus, 1988.
LEFEBVRE, H. A vida cotidiana no mundo moderno. São Paulo: Editora Ática, [1968] 1991.
LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Centauro, 2001.
LEFEBVRE, H. La producción del espacio. Trad e Introdução Emilio Martinez Gutiérrez. Madrid: Editora Capitain Swing (Col. Entrelíneas), [1974] 2013.
MARSTON, S. A. The social construction of scale. Progress in Human Geography, n. 2, p. 219–242, 2000.
MASSEY, D. A mente geográfica. Geographia (UFF), v. 19, n. 20, p. 36–40, 2017.
MASSEY, D. Um sentido global de lugar. In: Arantes, Antônio (org). O espaço da diferença. Campinas: Papirus,p. 177-186, 2000.
MOREIRA, R. As categorias espaciais da construção geográfica das sociedades. Geographia (UFF), Ano III, n.5, p. 43–60, 2001.
PETERS, Gabriel. Habitus, reflexividade e o problema do neo-objetivismo na teoria da prática de Pierre Bourdieu. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 28, n. 83, p. 47–71, 2013.
RAMOS, E M.A Construção do Capital Espacial e da visibilidade social pela microcultura juvenil do Low na cidade de Marília/SP. GEOgraphia, 20(44), p. 84-97, 2018.
RODRÍGUEZ, M. C. Compreender a Bourdieu: las estrategias sociales de capitalización. Revista Colombiana de Sociologia, v. 41, n. 2, p. 219–237, 2018.
SAHR, W. D. Linguagem, imagem e o performativo: Um tour d ́horizon na Nova Geografia Cultural. In: l Colóquio Nacional do NEER. Palestra. Curitiba: UFPR, 2006. Disponível em: http://www.invencionweb.com.br/neer/mesas. Acesso 12/04/2015.
SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. 4.a. ed. São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2006.
SCHATZKI, T. Space of Practices and of Large Social Phenomena. EspacesTemps.net, 2015. Disponível em: https://www.espacestemps.net/articles/spaces-of-practices-and-of-large-social-phenomena/. Acesso: 15/07/2019.
SORRE, M. Rencontres de La Geographie et de La Sociologie. Paris: Livrairie Marcel Rivière, 1957.
SOUZA, M.L. Os conceitos fundamentais da pesquisa sócio-espacial. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2013.
STOCK, M. Spatial practices, theoretical implications. EspacesTemps.net, 2015. Disponível em https://www.espacestemps.net/en/articles/spatial-practices-theoretical-implications/. Acesso: 12/03/2019.
STROHMAYER, U. Social spatiality: some rudimentary thoughts on the epistemology of Benno Werlen. Geographica Helvetica, n. 69, 139–143, 2014. Disponível em: www.geogr-helv.net/69/139/2014/
THIRY-CHERQUES, H. R. Pierre Bourdieu: a teoria na prática. Revista de Administração Pública, v. 40, n. 1, p. 27–53, 2006.
VASCONCELOS. P. A. a Utilização dos agentes sociais nos estudos de geografia urbana: avanço ou recuo? In: CARLOS, A. F et al., (orgs.). A produção do espaço urbano: agentes e processos, escalas e desafios. 1ed. São Paulo: Contexto, 2012. p. 41-53.
WERLEN, B. Society, action, and space: An alternative human geography. Trans. G. Walls. London: Routledge, 1993
WACQUANT, L. Esclarecer o Habitus. Educação & Linguagem, v. 10, n. 16, p. 63–71, 2007.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2024 Élvis Ramos

Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).

