CARACTERIZAÇÃO DOS AREAIS DA BACIA DO RIBEIRÃO SUJO, MUNICÍPIO DE SERRANÓPOLIS/GO
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2009.74130Palavras-chave:
Cerrado, Fragilidade ambiental, Uso e manejo do solo, Areais.Resumo
A microbacia do Ribeirão Sujo, bacia do Paranaíba, abrange uma área de 164 km2 no município de Serranópolis, na microrregião Sudoeste de Goiás, apresentando extensas manchas de solos arenosos degradados e sem cobertura vegetal, chamados de “areais”. Nesta microbacia foram analisados os condicionantes naturais e as transformações da paisagem pelos processos sociais para compreender a formação dos areais. O objetivo deste trabalho é apresentar os principais aspectos dos areais, com ênfase na compreensão do nível de degradação do solo. O processo de formação de areais envolve uma dinâmica que se desencadeou a partir da carência de nutrientes e do manejo inadequado do solo numa área de forte fragilidade potencial, originando pequenas manchas de areia exposta, desencadeando processos erosivos e degradação do solo, associados à excessiva pressão de pastejo, o que, por sua vez, facilitou a expansão dos areais. A dimensão dos areais já perfaz 1,4% da área da microbacia, tendo o maior deles cerca de 79 ha. Sugere-se, de imediato, a implantação de medidas mitigadoras para conter o avanço dos areais e, com tempo, a sua possível recuperação.
Downloads
Referências
A. DA SILVA, R. A. Arenização/desertificação no setor sul da alta Bacia do Rio Araguaia (GO/MT): distribuição e fatores condicionantes de formação dos areais. 2006. 136 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Estudos Sócio-ambientais. Universidade Federal de Goiás, 2006.
BERTONI; J.; LOMBARDI NETO, F. Conservação do solo. 4. ed. São Paulo: Ícone, 1999, 355 p.
CBERS. Imagem de satélite. São José dos Campos: Instituo Nacional de Pesquisas Espaciais, 2006. Resolução 20 metros. Canais 2, 3, 4.
DIAS, L . E; GRIFFITH , J . J . Conceituação e caracterização de áreas degradadas. In: DIAS, L. E; MELLO, J. W. V. de (Eds.) Recuperação de áreas degradadas. 20. ed. Viçosa: UFV, Departamento de solos; Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas, 1998. p. 1-7.
DOORENBOS, J. KASSAN, A. H. Efeito da água no rendimento das culturas. Tradução de HR. Gheyi et al. Campina Grande: UFPB, 1994. 306 p.
EMBRAPA/CNPS. Manual de Métodos de Análise de Solo. Rio de Janeiro: CNPS, 1997.
FERRI, M. Ecologia dos cerrados. In: SIMPÓSIO SOBRE O CERRADO, 4, 1976 . Brasília. Belo Horizonte: Itatiaia; São Paulo: USP, 1977. P. 15-36.
IBGE, Carta Topográfica SE 22 Y B IV, Folha Ribeirão da Pedra. Rio de Janeiro, 1977. Escala 1:100000.
LEPSCH, I. F. Formação e conservação dos solos. São Paulo: Oficina de Textos, 2002.
MENDES, J. C. Elementos de estratigrafia. São Paulo: T.A. Queiroz, 1984.
OLIVEIRA, M. A. T. de. Processos erosivos e preservação de áreas de risco de erosão por voçorocas. In: GUERRA, A. J. T; SILVA, A. S. da; BOTELHO, R. G. M. (Orgs.) Erosão e conservação dos solos: conceitos, temas e aplicações. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1999.
PASQUALETTO, A . ; ZITO, R . K . Impac tos ambientais da monocultura da cana-de-açúcar. 1 ed. Goiânia: EDUFG, 2002.
PETRI, S.; FÚLFARO, V. J. Geologia do Brasil. Ed. São Paulo: EDUSP, 1983.
REINERT, D. J. Recuperação de solos em sistemas agropastoris. In: DIAS, L. E; MELLO, J. W. V. de (Editores) Recuperação de áreas degradadas. 20. ed. Viçosa: UFV, Departamento de solos; Sociedade Brasileira de Recuperação de Áreas Degradadas, 1998. P. 163-176.
RESENDE, M. et al . Pedologia: base para distinção de ambientes. 3a ed. Viçosa: UFV/NEPUT, 2002.
ROSCOE, R. Dinâmica da Matéria Orgânica em solos de Cerrado. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIA DO SOLO, 30., 2005. Recife. Palestra..., Recife: UFPE/SBCS, 2005. CD-ROM.
ROSS, J. L. S. Análise empírica da fragilidade dos ambientes naturais e antropizados. Revista do Departamento de Geografia, São Paulo, USP, n.8, p.63-74, 1994.
SCOPEL, I.; PEIXINHO, D. M.; SOUSA, M. S. A formação de areais e seu controle na região de Jataí e Serranópolis/GO. Relatório final do Projeto. Jataí/GO: PROINPE/SECTEC-GO, 2005. 155 f.
SOUSA, M. M. As transformações da paisagem: contribuição ao estudo da formação de areais na bacia do R ibeirão Su jo, município de Serranópolis/GO. 2007 . 205 f. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Estudos Sócio-ambientais. Universidade Federal de Goiás, 2007.
SPERA, S. T., et al. Solos areno-quartzosos no Cerrado: problemas, características e limitações ao uso. Planaltina/DF: Embrapa Cerrados, 1999. 48p. (Documentos n.7).
SUERTEGARAY, D . M. A. D eser tificação: recuperação e desenvolvimento sustentável. In: GUERRA, A . J . T.; CUNHA, S. B (org.) Geomorfologia e Meio Ambiente. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1996, p. 249-289.
USAF/UNITED STATES AIR FORCE. Fotografias aéreas nºs. 34754, 34755, 34756, 34757, 34801, 34802, 34803, 34804, 35723, 35724, 35725 e 35726. 1965. Escala: 1:60000.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2009 Marluce Silva Sousa
![Creative Commons License](http://i.creativecommons.org/l/by/4.0/88x31.png)
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).