TERRITÓRIO, MÚSICA E DIFUSÃO DE INFORMAÇÕES: O CIRCUITO SONORO EM CAMPINAS-SP

Autores

  • Cristiano Nunes Alves Universidade de São Paulo

DOI:

https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2013.74950

Palavras-chave:

Uso do Território, Comunicação, Informação, Música, Urbanização.

Resumo

A problemática em torno da espessura do circuito de rádio FM e produção fonográfica em Campinas é o objetivo desta pesquisa. O circuito FM em Campinas entra decisivamente no campo da indústria cultural a partir da década de 1970, tendo se expandido concomitantemente ao circuito de produção fonográfica, num contexto de urbanização e metropolização crescentes no Brasil. Observamos que em contrapartida ao circuito FM, certa componente musical residual nos lugares movimenta, entre outros, a produção fonográfica alternativa e as rádios livres. Envolvidos por uma divisão técnica e territorial do trabalho dinamizada por círculos ascendentes de informação, esses circuitos residuais mais territorializados sobrevivem e por vezes se contrapõem à cisão e fragmentação urbanas. Trata-se, pois, de um estudo de Campinas enquanto um lugar que abriga em seu cotidiano densidades técnica, informacional e comunicacional. Interessa-nos apreender as condições geográficas contemporâneas de vida nesta cidade, indagando sobre seu componente comunicacional.

Downloads

Os dados de download ainda não estão disponíveis.

Referências

ALVES, C. N. O circuito hip hop na Região Metropolitana de Campinas: para que o território e a arte digam algo sobre nossas vidas. Monografia (Conclusão de Curso de Geografia) – Instituto de Geografia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2005.

ALVES, C. N. O circuito sonoro: radiodifusão FM e produção fonográfica em Campinas-SP. Dissertação (Mestrado em Geografia) – Instituto de Geografia, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 2008.

AMAYO, G. C. Rádio público na cidade de São Paulo. Tese (Doutorado em Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo. São Paulo, 1992.

BECKER, H. Uma teoria da ação coletiva. Rio de Janeiro: Zahar, 1977.

BRENNETOT, A. Des festival pour animer les territoires. Annales de Géographie, n. 635, 2004, p. 29-50.

CALDAS, W. Luz néon: canção e cultura na cidade. São Paulo: SESC, 1995.

CARNEY. G. O. Geography of Music: Inventory and Prospect. Journal of Cultural Geography, n. 10, 1990, p. 35-48.

CHAUDOIR, P. Spectacles, fêtes et sons urbains. Géocarrefour, n. 78, 2003, p. 167-172.

CLAIRE, G. Géographie et musique: état des lieux. Une proposition de synthèse. Geógraphie et Cultures, n. 59, 2006, p. 7-26).

FRIEDMANN, G. Sete estudos sobre o homem e a técnica. São Paulo: Difel, 1968.

FRITH, S. Art vs Technology: the Strange Case of Popular Music. In: FRITH, S. (Org,). Critical concepts in media and cultural studies, v. II: The rock era. London: Routledge, 2004. p. 107-122.

GEIGER, P. P. Evolução da rede urbana brasileira. Rio de Janeiro: Inep, 1963.

GORZ, A. O imaterial: conhecimento, valor e capital. São Paulo: Annablume, 2005.

HÄGERSTRAND, T. Innovation diffusion as a spatial process. Chicago/London: The University of Chicago Press, 1967.

HARVEY, D. Condição pós-moderna. São Paulo: Loyola, 1992.

HARVEY, D. A arte de lucrar. In: MORAES, D. (Org.). Por uma outra comunicação: mídia, mundialização cultural e poder. Rio de Janeiro: Record, 2003. p. 139-171.

HARVEY, D. Espaços de esperança. São Paulo: Loyola, 2006.

LEFEBVRE, H. O direito à cidade. São Paulo: Documentos, 1969.

LUCCA, S. de. O produto musical nas rádios brasileiras e aspectos de sua influência: um panorama atual paulistano. Dissertação (Mestrado em Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2002.

MARIANO, J. História da imprensa em Campinas. Campinas: Massaioli, 1972.

MATTELART, A. As multinacionais da cultura. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1976.

MORELLI, R. L. Arrogantes, anônimos, subversivos: interpretando o acordo e a discórdia na tradição autoral brasileira. Tese (Doutorado em Antropologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1998.

NETO, N. T. Enterrado vivo. São Paulo: Editora Unesp, 2004.

ORTIZ, R. Um outro território: ensaios sobre a mundialização. São Paulo: Olho d’Água, 2001.

ORTRIWANO, G. S. A informação no rádio: os grupos de poder e a determinação dos conteúdos. São Paulo: Summus, 1985.

PAILHÉ, J. Le jazz, mondialisation et territorialité. Mappemonde, n. 51, 1998, p. 38-43.

PRED, A. Sistemas de cidades: economia adiantada, crescimento passado, processos presentes e opções de desenvolvimento futuro. Rio de Janeiro: Zahar, 1979.

RAFFESTIN, C. Por uma geografia do poder. São Paulo: Ática, 1993.

RAIBAUD, Y. Les fêtes musicales: experiénce de la ville et performativité. Geógraphie et Cultures, n. 59, 2006, p. 43-56.

ROMAGNAN, J. La musique: un terrain nouveau pour les géographes. Géographie et Cultures, n. 36, 2000, p. 107-126.

SALGADO, Á. Radiodifusão fator social. Cultura Política, Rio de Janeiro, 1941, p. 79-93.

SANTOS, M. O espaço dividido: os dois circuitos da economia urbana dos países subdesenvolvidos. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1979.

SANTOS, M. Técnica, espaço e tempo. São Paulo: Hucitec, 1994a.

SANTOS, M. A urbanização brasileira. São Paulo: Hucitec, 1994 b.

SANTOS, M. A natureza do espaço: técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec, 1997.

SANTOS, M.; SILVEIRA, M. L. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001.

SCHAFER, R. M. A afinação do mundo - uma exploração pioneira pela história passada e pelo atual estado do mais negligenciado aspecto do nosso ambiente: a paisagem sonora. São Paulo: Unesp, 1997[1977].

SILVEIRA, M. L. Uma situação geográfica: do método à metodologia. Território, ano IV, n. 6, 1999, p. 21-27.

SODRÉ, M. A comunicação do grotesco: um ensaio sobre a cultura de massas no Brasil. Petrópolis: Vozes, 1976.

SODRÉ, M. Reinventando a cultura: a comunicação e seus produtos. Rio de Janeiro: Vozes, 1999.

VICENTE, E. A música popular e as novas tecnologias de produção musicais: uma análise do impacto das tecnologias digitais no campo da produção da canção popular de massas. Dissertação (Mestrado em Sociologia) – Instituto de Filosofia e Ciências Humanas, Universidade Estadual de Campinas, Campinas, 1996.

VICENTE, E. Música e disco no Brasil: a trajetória da indústria nas décadas de 80 e 90. Tese (Doutorado em Comunicação) – Escola de Comunicações e Artes, Universidade de São Paulo. São Paulo, 2000.

Downloads

Publicado

2013-08-30

Edição

Seção

PARTE VI - Território e cultura: a força do mercado, a força do lugar

Como Citar

ALVES, Cristiano Nunes. TERRITÓRIO, MÚSICA E DIFUSÃO DE INFORMAÇÕES: O CIRCUITO SONORO EM CAMPINAS-SP. GEOUSP Espaço e Tempo (Online), São Paulo, Brasil, v. 17, n. 2, p. 294–310, 2013. DOI: 10.11606/issn.2179-0892.geousp.2013.74950. Disponível em: https://revistas.usp.br/geousp/article/view/74950.. Acesso em: 9 dez. 2024.