Globalização, competitividade e regionalização: a cafeicultura científica globalizada no território brasileiro.
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2014.81077Palavras-chave:
Cafeicultura, Globalização, Regiões competitivas, Produtividade espacial, Território brasileiroResumo
O artigo tem como objetivo analisar como as regiões produtoras de café no território brasileiro têm se adaptado aos imperativos da globalização. Sob o signo da competitividade, difundido pela ideologia e pelas políticas neoliberais, desde a década de 1980, as regiões cafeeiras têm se inserido de formas distintas no mercado mundializado. Diferentes condições de ordem natural, técnica e organizacional tem conferido uma produtividade espacial específica a cada região. Para tanto, propomos a análise de quatro regiões: Oeste da Bahia, Cerrado Mineiro, Sul de Minas e Montanhas Capixabas. Enquanto as duas primeiras caracterizam-se como áreas de cerrado, com relevo plano, intensa mecanização e predomínio de médias e grandes propriedades, as duas últimas são áreas de montanha, com o predomínio da pequena produção de base familiar.Downloads
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