ENTRE A NOVIDADE E A INSTITUCIONALIZAÇÃO DOS MOVIMENTOS SOCIAIS DE MORADIA
DOI:
https://doi.org/10.11606/issn.2179-0892.geousp.2013.75440Palavras-chave:
Programa Minha Casa Minha Vida, Movimentos Sociais de Moradia, InstitucionalizaçãoResumo
A discussão apresentada é parte de investigação sobre uma política de habitação no Brasil, denominada Programa Minha Casa Minha Vida e de suas relações com os movimentos sociais de moradia neste país. Nosso trabalho de campo e a revisão bibliográfica revelaram que os movimentos sociais de moradia fazem parte de diferente momento histórico e consequentemente de diferente concepção do que são e para que servem. Esses movimentos, juntamente com outros, são considerados “novos movimentos sociais”. Atentos à recorrência com que nos deparávamos com essa qualificação nos debruçamos sobre o sentido desta novidade e suas implicações práticas para a mobilização desses agentes. O que nos remeteu forçosamente à buscar compreender as dinâmicas de cooptação e institucionalização dos movimentos sociais. Eis os objetivos deste texto.
Downloads
Referências
CARLOS, A. F. A. O espaço urbano e os movimentos sociais. Boletim de Geografia Teorética, Rio Claro, v. 22, p. 147-153, 1992.
EVERS, T. Identidade: a face oculta dos novos movimentos sociais. Novos Estudos, São Paulo: Cebrap, v. 2, n. 4, p. 11-23, abr. 1984.
GOHN, M. G. Novas teorias dos movimentos sociais. São Paulo: Loyola, 2008.
GOMES, F. G. A Central de Movimentos Populares e os desafios da articulação dos movimentos sociais. Dissertação (Mestrado) – Pontifícia Universidade Católica, São Paulo, 2010.
GURZA LAVALLE, A.; CASTELLO, G.; BICHIR, R. Quando novos atores saem de cena: continuidade e mudanças na centralidade dos movimentos sociais. Revista Política & Sociedade, Florianópolis: UFSC, n. 5, p. 37-55, out. 2004.
JACOBI, P. Atores sociais e Estado. movimentos reivindicatórios urbanos e Estado: dimensões da ação coletiva e efeitos político-institucionais no Brasil. Espaço & Debates, São Paulo, ano IX, n. 26, p. 10- 21, 1989.
JESUS, P. M. Movimentos sociais de moradia e o segmento de menor renda no Programa Minha Casa Minha Vida. In: Cadernos Metrópole, São Paulo: Educ, n. 31, 2014. No prelo.
LACLAU, E. Os novos movimentos sociais e a pluralidade do social. Revista Brasileira de Ciências Sociais, v. 1, n. 2, p. 41-47, out. 1986.
PEDON, N. R. A pesquisa geográfica sobre os movimentos sociais: balanço e perspectivas. Revista Terra Livre, São Paulo, ano 25, v. 2, n. 33, p. 67-84, jul./dez. 2009.
RODRIGUES, A. M. Movimentos populares urbanos e as lutas contra a segregação socioespacial. In: MARTINS, C. A.; MARTINS, S. F.; SILVA, S. M. V. (Orgs.). Quintas urbanas: conversas sobre a cidade e o urbano. 2. ed. Rio Grande, RS: NAU-FURG, 2010. p. 87-107.
RODRIGUES, A. M. Os movimentos sociais urbanos e a questão da moradia. Boletim de Geografia Teorética, Rio Claro, v. 22, n. 44, p. 173-176, 1993.
SILVA, J. B. Movimentos sociais e Estado: implicações espaciais. Boletim de Geografia Teorética, Rio Claro, v. 22, p, 180-185, 1992.
SOUZA, M. L. Com o Estado, apesar do Estado, contra o Estado: os movimentos urbanos e suas práticas espaciais, entre a luta institucional e a ação direta. Cidades: Revista Científica, Presidente Prudente: Grupo de Estudos Urbanos, v. 7, n. 11, 2010.
SOUZA, M. L. A “nova geração” de movimentos sociais urbanos e a nova onda de interesse acadêmico pelo assunto. Cidades: Revista Científica, Presidente Prudente: Grupo de Estudos Urbanos, v. 6, n. 9, 2009.
Downloads
Publicado
Edição
Seção
Licença
Copyright (c) 2013 Patricia Maria de Jesus
Este trabalho está licenciado sob uma licença Creative Commons Attribution 4.0 International License.
Autores que publicam nesta revista concordam com os seguintes termos:
- Autores mantêm os direitos autorais e concedem à revista o direito de primeira publicação, com o trabalho com licença de uso da atribuição CC-BY, que permite distribuir, remixar, adaptar e criar com base no seu trabalho desde que se confira o devido crédito autoral, da maneira especificada por CS.
- Autores têm autorização para assumir contratos adicionais separadamente, para distribuição não exclusiva da versão do trabalho publicada nesta revista (ex.: publicar em repositório institucional ou como capítulo de livro), com reconhecimento de autoria e publicação inicial nesta revista.
- Autores têm permissão e são estimulados a publicar e distribuir seu trabalho on-line (ex.: em repositórios institucionais ou em sua página pessoal) a qualquer altura antes ou durante o processo editorial, já que isso pode gerar alterações produtivas, bem como aumentar o impacto e a citação do trabalho publicado (Veja O Efeito do Acesso Livre).